As 10 maiores taxas de desemprego do mundo
Ranking da OIT mostra Brasil na 12ª posição
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h28.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h38.
São Paulo - Enquanto o governo brasileiro comemora o nível mais baixo de desemprego desde 2002 (6,1% da População Economicamente Ativa), o espanhol perde o sono tentando recuperar o mercado de trabalho de seu país, castigado por um índice de 20%. A situação se repete em outros países da zona do euro, além dos Estados Unidos. Segundo pesquisas realizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), depois da crise mundial, países emergentes e desenvolvidos passaram a trilhar caminhos opostos. Nos primeiros, o que se viu foi uma rápida recuperação econômica, acompanhada de um salto no nível de emprego. Ao mesmo tempo, o segundo grupo patinava para sair da turbulência, atingido por uma severa depressão na economia, que atingiu a força de trabalho. O consultor especialista em empregos Gilberto Guimarães explica que nas economias desenvolvidas , o setor de serviços atualmente oferece o maior número dos postos de trabalho. "Com a crise financeira, este setor foi o mais afetado e o número de empregos foi reduzido dramaticamente", diz. Ao mesmo tempo, a turbulência encareceu a mão-de-obra na indústria. "Ficou mais barato produzir em países periféricos, e houve uma desindustrialização maciça na Europa e nos Estados Unidos". Diante de uma variedade de complicações, dentre as quais a que mais preocupa é o envelhecimento da força, os governos europeus enfrentam uma situação com poucas saídas, a maioria envolvendo medidas altamente impopulares. Os números da OIT mostram que, dos 10 países do mundo com as maiores taxas de desemprego, seis são europeus, um é africano, dois são sul-americanos, e os outros dois são os Estados Unidos e o Canadá. O primeiro do ranking é a África do Sul, seguida pelos Estados Unidos. O Brasil aparece na 12ª posição. Veja nas imagens ao lado quais são as 10 maiores taxas de desemprego do mundo, segundo a OIT. Leia mais: Bolsa Família mascara os números do desemprego no Brasil
São Paulo - A África do Sul possui atualmente a maior taxa de desemprego do mundo, segundo a OIT. Cerca de 25% da população economicamente ativa do país está sem trabalho. Esta pressão no mercado deve-se em grande parte às dispensas de funcionários temporários contratados durante o período da Copa do Mundo.
São Paulo - Com a maior taxa de desemprego da Europa (20%), a Espanha aparece em segundo lugar no ranking da OIT. A contração da economia do país, intensificada pelos problemas graves relacionados ao déficit público, vão promover um avanço de 2,5% no índice de desemprego. Entretanto, o país tem trabalhado para sair desta condição, e tem conseguido sucesso com medidas de flexibilização das leis trabalhistas.
São Paulo - A Turquia tem o terceiro maior nível de desemprego do mundo, com uma taxa de 12,4%. Entretanto, o país caminha na direção de reverter este quadro. Segundo dados da OIT, o país deve crescer quase 8% em 2010, promovendo um recuo de 2% na quantidade de desempregados.
São Paulo - Outro europeu na lista dos índices elevados de desemprego, a França aparece no quarto lugar, com uma taxa de 9,8%. Bastante afetado pela crise, o país perdeu grande parte dos postos de trabalho no setor de serviço. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma situação dramática com o envelhecimento de sua população economicamente ativa, o que pode levar a uma futura crise de produtividade.
São Paulo - Com 9,8% da população economicamente ativa sem trabalho, os Estados Unidos aparecem na quinta posição na lista da OIT com as maiores taxas de desemprego do mundo. O país amarga uma situação severa em seu mercado de trabalho desde o auge da crise, no fim de 2008. O setor mais frágil é o de serviço, e as áreas mais impactadas são as de vendas de automóveis, mercado imobiliário e setor financeiro.
São Paulo - Em sexto lugar no ranking das maiores taxas de desemprego, segundo a OIT, vem a Itália, com 8,4%. Em 2010 o país deve crescer pouco mais de 1%, sofrendo com um avanço de 1% no desemprego. Os problemas do país em muito se assemelham aos das demais economias europeias. A crise deteriorou o setor de serviços da Itália, e colaborou para a redução da oferta de vagas na indústria.
São Paulo - O Canadá atualmente tem uma taxa de desemprego em torno dos 8,3%, segundo a OIT. Este número o coloca como o sétimo país na lista dos que têm os maiores índices. Além de ter que lidar com o envelhecimento de sua população, à semelhança dos EUA o país também enfrenta um processo de desindustrialização que reduz ainda mais a oferta de postos de trabalho.
São Paulo - No oitavo lugar da lista das maiores taxas de desemprego do mundo aparece a Argentina, com um índice de 8,1%. Em 2010 o país deve crescer pouco mais de 7%, e este desempenho já começa a aparecer no mercad0 de trabalho. Neste ano houve recuo de 0,5% no número de desempregados.
São Paulo - A Federação Russa, junto com a Inglaterra, apresenta um índice de desemprego de 7,8%, de acordo com a OIT. A situação é uma das piores que o país já enfrentou. A falta de empregos aumentou as tensões sociais e levou o governo russo a investimentos de emergência para controlar as pressões no mercado de trabalho. Os maiores gastos foram destinados ao aumento de vagas em estatais.
São Paulo - Atualmente, segundo os últimos dados compilados pela OIT, o Reino Unido tem a 10ª maior taxa de desemprego do mundo, que corresponde a 7,8% de sua população economicamente ativa. Embora os números estejam diminuindo, em comparação ao início do ano, segundo a Bloomberg, o país espera uma perda de 3,25 milhões de empregos em 2010. Com o elevado nível desemprego, as despesas do Estado aumentaram, levando a uma maior pressão sobre o déficit orçamental.