Arteris negocia com BNDES novos financiamentos para rodovias
A expectativa é de que alguns dos novos empréstimos possam ser contratados ainda este ano
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2015 às 13h41.
São Paulo - A Arteris está discutindo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) novas linhas de financiamento para as rodovias federais e a expectativa é de que alguns dos novos empréstimos possam ser contratados ainda este ano, mas a conclusão de algumas das negociação deve ocorrer apenas em 2016.
Atualmente, a companhia possui um volume total contratado de R$ 3,694 bilhões, dos quais até o final de março, R$ 3,2 bilhões haviam sido desembolsados, restando, portanto, um saldo a utilizar de R$ 465 milhões.
"Devemos desembolsar a quase totalidade (em 2015) e esperamos obter novos financiamentos ainda este ano, o que vai financiar a diferença do capex que não conseguimos financiar com caixa", disse o diretor de Relações com Investidores da companhia, Alessandro Levy.
Ele comentou que um financiamento, para a concessionária Planalto Sul, já foi contratado em 7 de abril, mas não disse qual foi o montante acertado ou as condições do financiamento.
Ele disse apenas que as condições pretendidas pela companhia já refletem a atual política do BNDES para o financiamento de infraestrutura, que limita o montante de recursos a serem concedidos a TJLP.
"Não estamos mais levantando e nem pensamos em levantar recursos 100% em TJLP, ainda vamos levantar em TJLP, mas essa proporção será menor", disse, acrescentando que a companhia também está avaliando a opção de emissão de debêntures de infraestrutura, em linha com o desejo do governo.
Diante disso, Levy indicou que haverá o encarecimento do custo da dívida. "Mas temos que lembrar que uma parte ainda virá com o subsídio da TJLP, o que faz com que esse financiamento ainda seja competitivo dentro do ponto de vista para poder financiar os projetos que temos", disse.
Paralelamente, o executivo destacou que, de outro lado, a companhia deverá seguir buscando financiamento através das estaduais e da holding, para atender a parcela de equity a ser aplicado pelas concessionárias federais, alternativa que também está encarecendo com o aumento da taxa de juros brasileira.
"Mas, como mais da metade do endividamento é em TJLP, somos menos afetados neste sentido", disse.
Levy comentou que algumas das novas linhas em discussão com o banco de fomento envolvem aditivos em negociação com o governo federal, como o Contorno de Florianópolis e Contorno de Campos.
Ele lembrou que recentemente a controlada Autopista Régis Bittencourt conquistou um aditivo de cerca de R$ 400 milhões que também já é objeto de pleito junto ao banco.
Questionado por analistas se a companhia havia sido procurada pela equipe econômica do governo, tendo em vista a potencial inclusão de aditivos no pacote de investimentos em infraestrutura que o Planalto pretende anunciar em breve, Levy disse não ter a informação de que o pacote pode envolver concessões ou aditivos em concessões da Arteris.
Covenants
O diretor de RI da Arteris admitiu que a necessidade de aumento do endividamento para fazer frente ao forte programa de investimentos do grupo e a retração da atividade econômica vão pressionar os covenants da companhia, mas avaliou que isso não deve levar a empresa a superar as métricas exigidas.
"Acreditamos que os covenants vão ser atendidos plenamente", disse, sinalizando, porém, que em caso de necessidade a companhia irá conversar com os credores para buscar um waiver.
São Paulo - A Arteris está discutindo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) novas linhas de financiamento para as rodovias federais e a expectativa é de que alguns dos novos empréstimos possam ser contratados ainda este ano, mas a conclusão de algumas das negociação deve ocorrer apenas em 2016.
Atualmente, a companhia possui um volume total contratado de R$ 3,694 bilhões, dos quais até o final de março, R$ 3,2 bilhões haviam sido desembolsados, restando, portanto, um saldo a utilizar de R$ 465 milhões.
"Devemos desembolsar a quase totalidade (em 2015) e esperamos obter novos financiamentos ainda este ano, o que vai financiar a diferença do capex que não conseguimos financiar com caixa", disse o diretor de Relações com Investidores da companhia, Alessandro Levy.
Ele comentou que um financiamento, para a concessionária Planalto Sul, já foi contratado em 7 de abril, mas não disse qual foi o montante acertado ou as condições do financiamento.
Ele disse apenas que as condições pretendidas pela companhia já refletem a atual política do BNDES para o financiamento de infraestrutura, que limita o montante de recursos a serem concedidos a TJLP.
"Não estamos mais levantando e nem pensamos em levantar recursos 100% em TJLP, ainda vamos levantar em TJLP, mas essa proporção será menor", disse, acrescentando que a companhia também está avaliando a opção de emissão de debêntures de infraestrutura, em linha com o desejo do governo.
Diante disso, Levy indicou que haverá o encarecimento do custo da dívida. "Mas temos que lembrar que uma parte ainda virá com o subsídio da TJLP, o que faz com que esse financiamento ainda seja competitivo dentro do ponto de vista para poder financiar os projetos que temos", disse.
Paralelamente, o executivo destacou que, de outro lado, a companhia deverá seguir buscando financiamento através das estaduais e da holding, para atender a parcela de equity a ser aplicado pelas concessionárias federais, alternativa que também está encarecendo com o aumento da taxa de juros brasileira.
"Mas, como mais da metade do endividamento é em TJLP, somos menos afetados neste sentido", disse.
Levy comentou que algumas das novas linhas em discussão com o banco de fomento envolvem aditivos em negociação com o governo federal, como o Contorno de Florianópolis e Contorno de Campos.
Ele lembrou que recentemente a controlada Autopista Régis Bittencourt conquistou um aditivo de cerca de R$ 400 milhões que também já é objeto de pleito junto ao banco.
Questionado por analistas se a companhia havia sido procurada pela equipe econômica do governo, tendo em vista a potencial inclusão de aditivos no pacote de investimentos em infraestrutura que o Planalto pretende anunciar em breve, Levy disse não ter a informação de que o pacote pode envolver concessões ou aditivos em concessões da Arteris.
Covenants
O diretor de RI da Arteris admitiu que a necessidade de aumento do endividamento para fazer frente ao forte programa de investimentos do grupo e a retração da atividade econômica vão pressionar os covenants da companhia, mas avaliou que isso não deve levar a empresa a superar as métricas exigidas.
"Acreditamos que os covenants vão ser atendidos plenamente", disse, sinalizando, porém, que em caso de necessidade a companhia irá conversar com os credores para buscar um waiver.