Exame Logo

Arrecadação sobe a R$ 90 bilhões com receita extraordinária

O governo federal arrecadou R$ 89,982 bilhões em fevereiro, puxada pelo ingresso de receita extraordinária de R$ 4,64 bilhões, diz a Receita

Notas de Real: excluindo o ingresso atípico, referente a uma operação de transferência de ativos, a arrecadação teria registrado queda real de 4,70% (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 16h59.

Brasília - O governo federal arrecadou 89,982 bilhões de reais em impostos e contribuições em fevereiro, alta real de 0,49 por cento ante o mesmo mês do ano passado, puxada pelo ingresso de receita extraordinária de 4,64 bilhões de reais, informou a Receita Federal nesta terça-feira.

Excluindo o ingresso atípico, referente a uma operação de transferência de ativos entre empresas, a arrecadação teria registrado queda real de 4,70 por cento.

"Foi uma operação entre empresas coligadas do setor privado", disse o chefe de Estudos Tributários da Receita Federal, Claudemir Malaquias.

"O valor foi bastante relevante." A arrecadação de fevereiro veio em linha com pesquisa Reuters com analistas de mercado, que esperavam, segundo a mediana, arrecadação de 89 bilhões de reais no mês passado.

A arrecadação acumulada nos primeiros dois meses do ano soma 215,3 bilhões de reais, queda real de 3,07 por cento ante o mesmo período de 2014, no pior desempenho para o período desde 2009. Sem a receita extraordinária, a queda acumulada seria de 5,14 por cento.

No mês de fevereiro, o fraco desempenho da economia e as desonerações continuaram pesando sobre a arrecadação. Houve queda real na comparação anual na arrecadação do Imposto de Importação (-10,75%), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Total (-9,20 por cento), na Contribuição Previdenciária (-3,95 por cento), Cofins (-2,24 por cento) e PIS/Pasep (-3,52 por cento).

Se não fosse a receita extraordinária, a arrecadação do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que cresceram 11,2 e 26,3 por cento, respectivamente, teriam também caído, disse Malaquias.

A arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) subiu 7 por cento na comparação anual, por ter voltado a incidir sobre as operações de crédito das pessoas físicas.

No mês passado, a renúncia tributária por desonerações ficou em 9,912 bilhões de reais. No acumulado do ano está em 20,190 bilhões de reais frente a 16,758 bilhões de reais em renúncias em igual período de 2014.

Num quadro de economia fraca e inflação alta, a equipe econômica coloca em prática um duro ajuste fiscal com aumento de impostos, redução de subsídios, revisão de benefícios previdenciários e trabalhistas e diminuição de desonerações.

As medidas visam fazer com que o país volte a registrar superávit primário, mas enfrentam grande resistência no Congresso reforçando incertezas sobre a ação integral do ajuste.

A meta de superávit primário deste ano é equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), mas 12 meses encerrados em janeiro, as contas públicas ainda continuavam no vermelho, com déficit de 0,61 por cento do PIB.

Veja também

Brasília - O governo federal arrecadou 89,982 bilhões de reais em impostos e contribuições em fevereiro, alta real de 0,49 por cento ante o mesmo mês do ano passado, puxada pelo ingresso de receita extraordinária de 4,64 bilhões de reais, informou a Receita Federal nesta terça-feira.

Excluindo o ingresso atípico, referente a uma operação de transferência de ativos entre empresas, a arrecadação teria registrado queda real de 4,70 por cento.

"Foi uma operação entre empresas coligadas do setor privado", disse o chefe de Estudos Tributários da Receita Federal, Claudemir Malaquias.

"O valor foi bastante relevante." A arrecadação de fevereiro veio em linha com pesquisa Reuters com analistas de mercado, que esperavam, segundo a mediana, arrecadação de 89 bilhões de reais no mês passado.

A arrecadação acumulada nos primeiros dois meses do ano soma 215,3 bilhões de reais, queda real de 3,07 por cento ante o mesmo período de 2014, no pior desempenho para o período desde 2009. Sem a receita extraordinária, a queda acumulada seria de 5,14 por cento.

No mês de fevereiro, o fraco desempenho da economia e as desonerações continuaram pesando sobre a arrecadação. Houve queda real na comparação anual na arrecadação do Imposto de Importação (-10,75%), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Total (-9,20 por cento), na Contribuição Previdenciária (-3,95 por cento), Cofins (-2,24 por cento) e PIS/Pasep (-3,52 por cento).

Se não fosse a receita extraordinária, a arrecadação do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que cresceram 11,2 e 26,3 por cento, respectivamente, teriam também caído, disse Malaquias.

A arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) subiu 7 por cento na comparação anual, por ter voltado a incidir sobre as operações de crédito das pessoas físicas.

No mês passado, a renúncia tributária por desonerações ficou em 9,912 bilhões de reais. No acumulado do ano está em 20,190 bilhões de reais frente a 16,758 bilhões de reais em renúncias em igual período de 2014.

Num quadro de economia fraca e inflação alta, a equipe econômica coloca em prática um duro ajuste fiscal com aumento de impostos, redução de subsídios, revisão de benefícios previdenciários e trabalhistas e diminuição de desonerações.

As medidas visam fazer com que o país volte a registrar superávit primário, mas enfrentam grande resistência no Congresso reforçando incertezas sobre a ação integral do ajuste.

A meta de superávit primário deste ano é equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), mas 12 meses encerrados em janeiro, as contas públicas ainda continuavam no vermelho, com déficit de 0,61 por cento do PIB.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGovernoreceita-federal

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame