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Arrecadação do governo em junho tem melhor resultado desde 2015

Só no mês passado, a Receita recolheu R$ 104 bilhões, impulsionado pelo crescimento na arrecadação de importantes tributos na comparação com 2016

Arrecadação do governo federal (Mario Tama/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 19 de julho de 2017 às 10h51.

Última atualização em 19 de julho de 2017 às 11h24.

Brasília - A arrecadação do governo federal subiu 3 por cento em junho, em termos reais, na comparação com igual mês de 2016, a 104,100 bilhões de reais, divulgou a Receita Federal nesta terça-feira.

Melhor resultado para o mês desde 2015 (+108,846 bilhões de reais), o número de junho foi beneficiado pelo crescimento na arrecadação de importantes tributos na comparação com 2016.

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O destaque foi para o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF)-Rendimentos do Trabalho, com alta de 9,45 por cento, equivalente a um acréscimo de 726 milhões de reais.

Também tiveram desempenho positivo a arrecadação de Cofins/Pis-Pasep (+2,79 por cento, ou mais 598 milhões de reais); de IPI, exceto vinculado (+20,65 por cento, alta de 490 milhões de reais), além de IRRF-Rendimentos de Capital (+4,51 por cento, ou mais 445 milhões de reais).

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na semana passada que a performance da arrecadação no mês, segundo dados preliminares, havia sido positiva.

Imerso em intensa crise política, o governo segue acompanhando esse desenrolar com lupa para calibrar eventual necessidade de elevar impostos para cumprir a meta de déficit primário deste ano, de 139 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social).

No primeiro semestre, a arrecadação cresceu apenas 0,77 por cento, já descontada a inflação, a 648,584 bilhões de reais, fortemente ajudada pela arrecadação de royalties no período, que fez a linha de receitas administradas por outros órgãos que não a Receita avançar 53,34 por cento, a 17,777 bilhões de reais.

Em contrapartida, as receitas administradas pela Receita Federal sofreram uma queda real de 0,20 por cento de janeiro a junho, a 630,807 bilhões de reais.

A fraqueza no desempenho eleva a pressão para o cumprimento da meta, tornando o governo cada vez mais dependente de receitas extraordinárias. Em relação àquelas previstas com concessões, por exemplo, o Tribunal de Contas da União (TCU) enviou um alerta na semana passada apontando para o risco de frustração das operações.

Até o final desta semana, o governo deverá indicar em relatório bimestral de receitas e despesas como vê o comportamento dessas duas variáveis para o ano -- e o que fará para garantir o cumprimento da meta.

Membros da equipe econômica têm repetido diversas vezes que o compromisso é com o alvo fiscal e que tudo que for necessário será feito para assegurá-lo.

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