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Armínio já fala em desaceleração da inflação

Para o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, já é possível visualizar uma desaceleração na expectativa de inflação. Observamos algumas mudanças não nas variáveis, inerciais, que olham para trás, traduzindo do inglês, mas nas que olham para a frente, as que antecipam , disse o presidente do BC. De acordo com Fraga, isso é resultado […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h07.

Para o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, já é possível visualizar uma desaceleração na expectativa de inflação. Observamos algumas mudanças não nas variáveis, inerciais, que olham para trás, traduzindo do inglês, mas nas que olham para a frente, as que antecipam , disse o presidente do BC.

De acordo com Fraga, isso é resultado e, em parte, fruto da atitude do governo eleito, que já sinalizou que não haverá mudanças no regime de política econômica. Fraga disse que o brasileiro tem um gene de sobrevivência à inflação, mas que isso tem também um lado perigoso. Ele facilmente traz de volta a própria inflação a qualquer sinal dela.

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O presidente do BC disse ainda que, para fortalecer o cenário macroeconômico, é necessário fortalecer também a credibilidade e a flexibilidade da economia. Ele defendeu que ainda no governo FHC alguns temas sejam tocados pelo Congresso, como a reforma da Previdência e a alteração da lei de falências. Não há porque esperar , disse ele. Temos uma janela de oportunidade para superar esse momento que estamos vivendo.

As previsões do mercado, porém, não tem sido tão otimistas. Há a expectativa de que o governo aumente a taxa de juros, hoje em 21%, na próxima reunião do Copom, que começa amanhã e termina quarta-feira. O Credit Suisse First Boston (CSFB) e o Lloyds TSB, por exemplo, estimam que a taxa pode subir para 22%.

Para o CSFB, uma manutenção dos juros no atual patamar só se justificaria se a relação dólar/real melhorasse muito em relação ao patamar atual. O Lloyds TSB justifica sua expectativa com base nos sinais de inflação, que considera muito ruins.

A pesquisa Focus, feita pelo Banco Central com 19 instituições financeiras e consultores, mostra que a estimativa mais baixa para o IPCA em 2003 está em 5,4%, enquanto a taxa máxima chega a 15%, com desvio padrão de 2,5 pontos.

Como os últimos índices de inflação subiram mais que o esperado, o CSFB refez neste mês suas contas e elevou também as perspectivas de inflação para 2002 e 2003. Agora, o banco espera que o IPCA fique em 9,7% em 2002 em setembro, a estimativa era de 6,5%. Para 2003, a projeção atual é de 11,2%, contra 6% há dois meses. Já o IGP-M, pelas projeções do banco, deve encerrar este ano em 21,6% e, em 2003, em 18,2%. Em setembro, o banco acreditava que esses índices seriam bem menores: 11% neste ano e 8% no ano que vem.

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