Economia

Argentina supera meta de superávit primário em janeiro

Envolvido em uma confusão sem precedentes com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o governo de Néstor Kirchner anuciou nesta terça-feira (24/2) uma boa notícia, que pode amainar sua turbulenta relação com o fundo: superou a meta de superávit primário acertada para o mês de janeiro. O resultado primário foi de 1,558 bilhão de pesos, para […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h06.

Envolvido em uma confusão sem precedentes com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o governo de Néstor Kirchner anuciou nesta terça-feira (24/2) uma boa notícia, que pode amainar sua turbulenta relação com o fundo: superou a meta de superávit primário acertada para o mês de janeiro. O resultado primário foi de 1,558 bilhão de pesos, para uma meta de 1,1 bilhão.

Apesar do resultado, o ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, declarou que a posição do país em relação ao calote de seus pagamentos ao fundo é "inamovível". A Argentina tem hoje 81,2 bilhões de dólares de sua dívida em default. Trata-se de um dos maiores calotes já dados por um país emergente, comparável em magnitude apenas ao da Rússia em 1998.

Lavagna prevê que a economia argentina cresça 5,5% em 2004, acima da previsão inicial de 4%. A meta fiscal acertada com o fundo é de um superávit primário de 3% do Produto Interno Bruto, o que equivale a um saldo de 10 bilhões de pesos. No caso do Brasil, um país que tem honrado todos os seus compromissos internacionais e cuja economia é bem maior que a argentina, o fundo exigiu um superávit primário de 4,25% do PIB nas contas públicas.

A missão do FMI em Buenos Aires reuniu-se nesta terça-feira (24/2) com representantes do governo. O ministro Lavagna afirmou que o excedente no superávit será usado para reduzir dívidas de 3 bilhões de pesos que não estão dentro da moratória declarada pelo país. "Não haverá necessidade de renovar a dívida, Não queremos nvo endividamento", disse Lavagna, segundo informações do jornal argentino Clarín.

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