Economia

Argentina reitera que economia seguirá crescendo após acordo com o FMI

Enquanto negocia com o FMI, a Argentina voltou a dizer que o empréstimo vai evitar uma crise maior e vai garantir a geração de empregos

Macri: especialistas acreditam que o empréstimo seja de US$ 30 bilhões (Alex Wong/Getty Images)

Macri: especialistas acreditam que o empréstimo seja de US$ 30 bilhões (Alex Wong/Getty Images)

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EFE

Publicado em 11 de maio de 2018 às 14h42.

Buenos Aires - O governo da Argentina reiterou nesta sexta-feira, enquanto negocia um empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras instituições multilaterais, que o dinheiro servirá para evitar uma crise maior e garantir que a economia e a geração de empregos no país sigam avançando.

Em declarações à rádio "Mitre", o ministro do Interior, Rogelio Frigerio, afirmou que está convicto de que a política econômica do governo, baseada em reformas gradativas, é o único caminho possível.

"Temos que prevenir antes de curar, usar todos os instrumentos que estejam ao nosso alcance para que esse caminho de crescimento e de geração de emprego que se iniciou a sete trimestres não seja interrompido por um choque externo que afeta mais a Argentina que os demais países da região", ressaltou o ministro.

O ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, pediu à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, um acordo stand-by para enfrentar a crise gerada pela desvalorização do peso frente ao dólar.

Apesar de os valores não terem sido informados oficialmente, os analistas preveem que o empréstimo seja de US$ 30 bilhões.

O ministro já voltou à Argentina e está reunido com o presidente do país, Mauricio Macri, para discutir detalhes da negociação.

"Uma parte importante da equipe econômica está negociando as condições do empréstimo, que é preventivo, para evitar uma crise maior", ressaltou Frigerio.

"Estamos convencidos que tomar uma linha de crédito é uma opção para todos os membros do FMI, organização da qual a Argentina nunca deixou de ser sócia", completou o ministro.

Frigerio reconheceu que o país é o mais vulnerável do que os vizinhos porque possui um déficit fiscal maior.

"E temos a obrigação de sermos muito persistentes e muito sérios neste caminho que iniciamos há dois anos para o equilíbrio das contas públicas", explicou.

Desde que anunciou as negociações com o FMI, o governo da Argentina está tentando tranquilizar o mercado, o setor político e a sociedade do país. Por isso, Macri se reuniu com cinco governadores da oposição, que exercem forte influência política.

"A reunião que começamos ontem com os governadores vai nessa linha, de mostrar que o presidente Macri entende que a Argentina tem que deixar de viver como vivemos nos últimos 70 anos", ressaltou.

Para o ministro, parte dos políticos argentinos entendeu essa meta e sabe que é preciso buscar o equilíbrio fiscal.

"Levamos a ideia de que há consciência entre todos que estamos no mesmo barco, que a Argentina deve caminhar bem e que o presidente precisa ter sucesso para que todos os argentinos fiquem bem", afirmou o ministro.

 

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