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Argentina poderá voltar a exportar carne bovina aos EUA após 17 anos

O chanceler argentino, Jorge Faurie, destacou a "importância desta decisão para o setor agropecuário argentino"

Imagem de arquivo de bois: "O restabelecimento implica que as medidas utilizadas pela Argentina para a inocuidade das carnes bovinas têm o nível apropriado de proteção sanitária como as exigidas e proporciona a mesma proteção aos seus consumidores", afirma o texto (Reprodução/Getty Images/Getty Images)
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EFE

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 06h31.

Buenos Aires - O governo da Argentina anunciou nesta segunda-feira que os Estados Unidos comunicaram que as medidas utilizadas pelo país para a "inocuidade das carnes bovinas" têm o "nível apropriado de proteção sanitária", o que representa a reabertura para Buenos Aires do mercado americano após 17 anos fechado.

Em comunicado, a chancelaria do Executivo de Mauricio Macri afirmou que a Agência de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Aphis/USDA) comunicou à Secretária de Governo de Agroindústria, através do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar, a "restituição do sistema de equivalências entre ambos organismos".

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"O restabelecimento implica que as medidas utilizadas pela Argentina para a inocuidade das carnes bovinas têm o nível apropriado de proteção sanitária como as exigidas e proporciona a mesma proteção aos seus consumidores", afirma o texto.

O chanceler argentino, Jorge Faurie, destacou a "importância desta decisão para o setor agropecuário argentino, já que oferece novas oportunidades comerciais para nossos produtores e exportadores".

Por sua parte, o ministro de Produção e Trabalho, Dante Sica, acrescentou que "o resultado desta negociação reforça a importância de seguir avançando na abertura de outros produtos argentinos aos mercados do mundo, assim como garantir os fluxos de comércio que já existem com os Estados Unidos".

A Argentina contará com um benefício de acesso de uma cota de 20.000 toneladas anuais que representaria, segundo informaram as autoridades, US$ 150 milhões a 180 milhões, e as exportações que superarem esse volume deverão abonar outra tarifa de ingresso de 26,4%.

As estimativas são que 80% do produto a exportar seria carne magra para a indústria americana de hambúrgueres e "que não é produzida em quantidades suficientes pelos produtores americanos", acrescentou a chancelaria argentina.

O 20% restante seriam "cortes de alta qualidade", produto "premium" com caraterísticas especiais.

Já em 2015, a Aphis/USDA havia autorizado a importação de carnes bovinas frescas da Argentina, proibidas desde 2001 pelos Estados Unidos devido à presença da febre aftosa, uma doença da qual a Argentina foi reconhecida internacionalmente livre desde 2007.

No entanto, para concretizar as exportações ainda restava a determinação de equivalência do USDA realizada hoje.

Além de ser o principal importador de alimentos do mundo, os Estados Unidos são também o primeiro importador mundial de carne bovina com valores de US$ 4,3 bilhões e 1 milhão de toneladas em 2017.

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