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Argentina: país enfrenta problema de restrição de reservas, inclusive yuan, diz Galípolo

A China é o principal parceiro comercial do país sul-americano a quem foi ofertada uma linha de swap cambial para pagamentos de compras de produtos

Argentina: moeda do país tem se desvalorizado diante de incessantes crises na economia (Elijah-Lovkoff/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 9 de outubro de 2023 às 15h42.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira, 9, em reunião do Conselho Empresarial de Economia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que durante uns meses no início deste ano se discutiu muito sobre se a Argentina poderia fazer comércio internacional usando yuan, em vez de dólar, para fazer seus pagamentos além fronteira.

Ele lembrou quea China é hoje o principal parceiro comercial da Argentina a quem foi ofertada uma linha de swap cambial para pagamentos de compras de produtos do gigante asiático.

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"Para este caso, não resolveria o problema, porque o país está com problemas de restrição de reservas, inclusive usar o yuan para pagar as importações brasileiras não era uma solução para a restrição de reservas que a Argentina sofre ainda hoje", disse Galípolo.

Por isso, conforme o diretor, foi discutido no começo do ano uma linha de crédito em reais ou em dólares das exportações brasileiras para a Argentina. "A questão lá está muito mais associada à conversão para honrar os pagamentos", destacou.

O diretor salientou que o Brasil tem reservas em yuan e que, inclusive, o BC tem autorização para operar on shore dentro da China - um dos poucos que têm essa expertise.

Ele lembrou que uma discussão ocorrida após a segunda guerra mundial dava conta de ter uma moeda de referência para o comércio internacional, mas o debate era sobre se deveria ser ou não uma moeda vinculada diretamente a um país.

De acordo com Galípolo, se a China desejar internacionalizar sua moeda - hipótese que, segundo ele, vale para países cuja economia aumentou de dimensão -, passará pelo dilema de perder o controle sobre sua moeda.

Outros países, lembrou, tiveram de enfrentar essa questão. "Se a Cina estiver disposta a internacionalizar sua moeda, vai ter que se deparar com isso, mas hoje parece ser só (um movimento) mais fragmentação pós covid pós guerra da Urânia", mencionou.

Segundo o diretor, o BC não está vendo um enfraquecimento do dólar no momento. Ao contrário.

A transmissão ao vivo foi cortada após a fala inicial de Galípolo no evento pela manhã. No período da tarde, a Firjan divulgou a íntegra do debate.

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