Aprovação de reformas é fundamental para desinflação, diz Copom
A ata do Comitê cita especialmente as reformas fiscais - como da Previdência -, mas também os ajustes referentes a políticas creditícias e parafiscal
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de junho de 2017 às 11h33.
Brasília - A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada nesta terça-feira, 6, pelo Banco Central, repetiu dois parágrafos que destacam a importância da aprovação de reformas estruturais para a sustentabilidade do processo de desinflação.
O Copom cita especialmente as reformas de natureza fiscal - como a da Previdência -, mas também os ajustes referentes a políticas creditícias e de natureza parafiscal.
"(Essas reformas) são fundamentais para a sustentabilidade da desinflação, para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade", repete o documento.
A ata também volta a destacar a importância de outras reformas e investimentos em infraestrutura que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios.
"Esses esforços são fundamentais para a estabilização e a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira", conclui o colegiado.
Economia global
A ata divulgada pelo Banco Central passou a destacar a evolução favorável recente da economia global. Esse cenário ocorre a despeito das incertezas já citadas no documento anterior, em relação a possíveis mudanças na política econômica nos EUA, à evolução dos preços de commodities e aos rumos da economia chinesa - acrescidos agora da incerteza sobre o apetite ao risco por ativos de economias emergentes.
"O cenário externo, apesar de favorável no momento, apresenta considerável grau de incerteza e pode dificultar o processo de desinflação", considera o documento.
Ainda assim, a ata voltou a avaliar que a economia brasileira apresenta hoje uma maior capacidade de absorver eventual revés no cenário internacional, devido à sua situação mais robusta de balanço de pagamentos e ao progresso no processo desinflacionário e na ancoragem das expectativas.