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Aposta para a retomada é a "repriorização" das reformas, diz secretário

Para secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, reformas tributária e que flexibilizam o mercado de trabalho são as mais importantes

Secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys: Haverá uma massa grande de desempregados, apesar das medidas para manutenção de empregos. É preciso fazer as pessoas serem empregadas rapidamente (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de junho de 2020 às 16h42.

Última atualização em 15 de junho de 2020 às 16h42.

O secretário-executivo do Ministério da Economia , Marcelo Guaranys, afirmou nesta segunda-feira, 15, que o governo Jair Bolsonaro parou as reformas econômicas tocadas desde o ano passado para fazer uma "máquina de medidas emergenciais" para mitigar a crise causada pela covid-19, mas elas continuam importantes.

A retomada da economia, segundo Guaranys, passa por uma "repriorização" da agenda de reformas colocadas antes da crise.

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"Paramos as reformas para fazer uma máquina de medidas emergenciais, mas as reformas continuam sendo importantes", afirmou Guaranys, na abertura do o seminário online "Retomada do crescimento por meio de investimentos em Infraestrutura", promovido pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O secretário-executivo defendeu as "medidas emergenciais", divididas por eles em três conjuntos - apoio aos mais vulneráveis, como o auxílio emergencial para trabalhadores informais; flexibilização do mercado de trabalho para garantir a manutenção de empregos; e o financiamento aos gastos com saúde, defesa e educação para combater a pandemia em si.

"As medidas não podem ser adotadas de forma atabalhoada, tem que ser proporcionais a cada momento", afirmou Guaranys.

Em seguida às medidas emergenciais, segundo o secretário-executivo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, montou um grupo para pensar sobre a retomada da economia.

Para Guaranys, passado o pior da crise, as reformas econômicas precisam ser retomadas, mas a pandemia e a necessidade de retomar o crescimento econômico de forma acelerada requer que se estabeleça novas prioridades na agenda reformistas. As reformas tributárias e as que flexibilizam o mercado de trabalho para gerar mais empregos são as mais importantes, disse o secretário-executivo.

"Haverá uma massa grande de desempregados, apesar das medidas para manutenção de empregos. É preciso fazer as pessoas serem empregadas rapidamente", afirmou Guaranys.

O secretário-executivo também reforçou que, passado o pior da crise, é preciso retomar a agenda de privatizações e concessões em infraestrutura. Embora tenha ressaltado que "não vamos colocar nada para vender agora", Guaranys disse que, "no segundo semestre, o mundo vai voltar".

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