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AOL lança serviço de música paga e faz o verdadeiro teste

O verdadeiro teste da música online começa agora -- pelo menos para as gravadoras, afinal dezenas de milhões de usuários da rede já decidiram que o futuro do entretenimento está na Internet. Nesta quarta-feira (26/2), a America Online lançou o mais ambicioso projeto de venda de músicas pela rede até hoje: em troca de uma […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h48.

O verdadeiro teste da música online começa agora -- pelo menos para as gravadoras, afinal dezenas de milhões de usuários da rede já decidiram que o futuro do entretenimento está na Internet. Nesta quarta-feira (26/2), a America Online lançou o mais ambicioso projeto de venda de músicas pela rede até hoje: em troca de uma taxa mensal, os 27 milhões de assinantes da AOL nos Estados Unidos terão acesso a um catálogo de 250 000 mil faixas. Trata-se da mais nova tentativa da indústria do entretenimento de criar alternativas aos serviços gratuitos. O Kazaa, o mais popular deles, já conta com 60 milhões de usuários.

A AOL vai vender para seus assinantes por meio do serviço MusicNet, um consórcio da empresa de tecnologia Real Networks com as gravadoras EMI, BMG e Warner (parte do grupo AOL Time Warner). No pacote básico, os consumidores poderão ouvir quantas músicas desejarem, em troca de uma mensalidade de 8,95 dólares. Mas esse plano permite apenas o streaming das músicas, ou seja, é um modelo parecido com uma rádio. Os arquivos não são transferidos para o computador do usuário. Quem quiser descarregar as músicas para o próprio PC terá de pagar uma taxa extra. Para gravar os arquivos em um CD e depois ouvi-los no carro, por exemplo, será adicionada uma outra taxa. Haverá, ainda, um plano premium, no qual o assinante receberá até 10 músicas mensais em formato desprotegido -- os arquivos poderão ser livremente copiados e distribuídos pela Internet, inclusive no formato MP3.

Aos poucos, a indústria se adequa aos mesmos termos estabelecidos pelo Napster, o pioneiro dos serviços de compartilhamento de músicas, o Napster: conveniência e facilidade de uso. Segundo os executivos da AOL, o serviço poderia ter sido lançado há mais de seis meses, mas a empresa preferiu investir no aperfeiçoamento da interface com o usuário. Um dos principais motivos para o fracasso dos serviços oficiais das gravadoras (que até hoje não passaram de 100 000 usuários) foi justamente o excesso de restrições na manipulação das músicas compradas.

A estatégia será acompanhada de perto por toda a indústria do entretenimento. De programas de TV a filmes de Hollywood, é cada vez mais comum encontrar versões gratuitas desse tipo de conteúdo nas redes de compartilhamento de arquivos, como o Kazaa. O temor das empresas cujos ativos são puramente baseados em propriedade intelectual é que, a exemplo do que já acontece com a música, não seja possível vender seus produtos na Internet. Por esse ponto de vista, a iniciativa da AOL, com seu enorme poder de marketing, pode ser um teste decisivo.

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