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Analistas acreditam que BC deve elevar juro para conter inflação

Alguns analistas financeiros esperam para esta semana um aumento relativo na taxa básica de juros (Selic) para conter a alta da inflação e manter a estabilidade econômica. "Esperamos que o Banco Central eleve a taxa de juros Selic em torno de um ponto percentual, para 22% ao ano", afirma o CSFB. Para o banco, uma […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.

Alguns analistas financeiros esperam para esta semana um aumento relativo na taxa básica de juros (Selic) para conter a alta da inflação e manter a estabilidade econômica. "Esperamos que o Banco Central eleve a taxa de juros Selic em torno de um ponto percentual, para 22% ao ano", afirma o CSFB.

Para o banco, uma manutenção dos juros no atual patamar só se justificaria se a relação dólar/real melhorasse muito em relação ao patamar atual de 3,65 reais por dólar. "Quanto mais lenta e fraca for a reação do Banco Central, em termos de aperto da política monetária, mais difícil e custoso será para o próximo governo reverter a inflação para um patamar mais baixo do que o indicado nas expectativas de consenso do mercado", afirma o banco.

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O Lloyds TSB também acredita que o Copom deva elevar o juro em um ponto percentual. "Os sinais de inflação são ruins e o IPCA de 1,31% em outubro levou a taxa a 8,45% em doze meses. Mesmo considerando que grande parte do aumento de preços decorre de custos mais elevados e não de pressão de demanda, os efeitos secundários da variável câmbio são perceptíveis", afirma o relatório semanal.

Pesquisa feita pelo Focus, do Banco Central, com 19 instituições financeiras e consultores, mostra que a estimativa mais baixa para o IPCA em 2003 está em 5,4% enquanto a taxa máxima chega a 15%, com desvio padrão igual a 2,5 pontos. "Há doze meses a mesma pesquisa (considerando a inflação para 2002) indicava um desvio padrão de 0,8 e há apenas dois meses o desvio era igual a 0,9 (para o IPCA de 2003)", afirma o Lloyds TSB.

As expectativas para 2002 e 2003 se elevaram, respectivamente, de 8,07% e 7,10% na última pesquisa de outubro (informação existente no último Copom de outubro) para 8,76% e 9,00% na 2ª semana de novembro. "Pela primeira vez desde que se iniciou a divulgação dessa pesquisa, a expectativa de inflação para o ano seguinte supera a inflação do ano corrente", avalia o banco.

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