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S&P vê limites para deterioração fiscal do Brasil

Aumento dos gatos públicos e a estagnação da economia levaram a S&P a cortar o rating brasileiro para o menor nível dentro do grau de investimento

Dilma Rousseff: rating do Brasil se tornou uma dor de cabeça à presidente reeleita (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 15h34.

Rio de Janeiro - A agência de classificação de risco Standard & Poor's acredita que as "fortes" instituições políticas brasileiras vão limitar a deterioração das contas públicas, amparando o grau de investimento do país, disse a analista da S&P Lisa Schineller nesta quarta-feira.

O rating do Brasil se tornou uma preocupação aos investidores e uma dor de cabeça à presidente reeleita Dilma Rousseff porque o aumento dos gatos públicos e a estagnação da economia levaram a S&P a cortar a nota de crédito do Brasil para o menor nível dentro do grau de investimento em março.

Outras agências expressaram preocupações sobre o aumento do déficit orçamentário do Brasil, que foi o pior da série histórica em setembro.

A Moody's recentemente piorou a perspectiva do Brasil para "negativa", alertando sobre um possível rebaixamento que traria o rating do Brasil ao mesmo patamar que a classificação da Standard & Poor's.

No entanto, Lisa Schineller disse que a S&P não antecipa tirar o Brasil de grau de investimento em breve, parcialmente porque ela acredita que Dilma será forçada a controlar os gastos no segundo mandato.

"A perspectiva estável para o rating reflete nossa percepção de que há limites para deslizes fiscais", disse Schineller em uma webcast com investidores, citando pressões de partidos de oposição, a comunidade de negócios e a imprensa local.

"Nós vemos a abrangência e a profundidade das instituições no Brasil como um componente do seu grau de investimento baixo", ela acrescentou. "O Brasil tem uma democracia enraizada".

Ainda assim, o futuro do rating do Brasil vai depender em grande parte da proposta e da execução fiscal de Dilma, assim como da perspectiva de crescimento do país, afirmou Schineller.

Enquanto a S&P espera que a economia volte para uma taxa de crescimento de 2 por cento a 3 por cento no ano que vem, Schineller disse que um desempenho fraco seria aceitável se ele resultasse em reformas econômicas que preparassem o terreno para crescimento mais forte posteriormente.

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Rio de Janeiro - A agência de classificação de risco Standard & Poor's acredita que as "fortes" instituições políticas brasileiras vão limitar a deterioração das contas públicas, amparando o grau de investimento do país, disse a analista da S&P Lisa Schineller nesta quarta-feira.

O rating do Brasil se tornou uma preocupação aos investidores e uma dor de cabeça à presidente reeleita Dilma Rousseff porque o aumento dos gatos públicos e a estagnação da economia levaram a S&P a cortar a nota de crédito do Brasil para o menor nível dentro do grau de investimento em março.

Outras agências expressaram preocupações sobre o aumento do déficit orçamentário do Brasil, que foi o pior da série histórica em setembro.

A Moody's recentemente piorou a perspectiva do Brasil para "negativa", alertando sobre um possível rebaixamento que traria o rating do Brasil ao mesmo patamar que a classificação da Standard & Poor's.

No entanto, Lisa Schineller disse que a S&P não antecipa tirar o Brasil de grau de investimento em breve, parcialmente porque ela acredita que Dilma será forçada a controlar os gastos no segundo mandato.

"A perspectiva estável para o rating reflete nossa percepção de que há limites para deslizes fiscais", disse Schineller em uma webcast com investidores, citando pressões de partidos de oposição, a comunidade de negócios e a imprensa local.

"Nós vemos a abrangência e a profundidade das instituições no Brasil como um componente do seu grau de investimento baixo", ela acrescentou. "O Brasil tem uma democracia enraizada".

Ainda assim, o futuro do rating do Brasil vai depender em grande parte da proposta e da execução fiscal de Dilma, assim como da perspectiva de crescimento do país, afirmou Schineller.

Enquanto a S&P espera que a economia volte para uma taxa de crescimento de 2 por cento a 3 por cento no ano que vem, Schineller disse que um desempenho fraco seria aceitável se ele resultasse em reformas econômicas que preparassem o terreno para crescimento mais forte posteriormente.

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