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Amorim diz que Brasil não teme assombrações no cenário internacional

Brasília – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai manter os esforços para participar de todas as discussões envolvendo temas relevantes no cenário internacional, disse hoje (21) o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O chanceler afirmou que o Brasil não teme "assombrações" nem "procura brigas", mas conhece suas responsabilidades como um […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai manter os esforços para participar de todas as discussões envolvendo temas relevantes no cenário internacional, disse hoje (21) o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O chanceler afirmou que o Brasil não teme "assombrações" nem "procura brigas", mas conhece suas responsabilidades como um país que defende a paz e a segurança mundiais.

"Essa atitude desassombrada vai continuar", afirmou o chanceler, em entrevista concedida à Agência Brasil e a correspondentes estrangeiros. "Não ficamos vendo assombrações nem procurando brigas", disse Amorim. "Mas estamos empenhados na defesa da paz e da segurança [mundiais]."

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A reação de Amorim ocorre no momento em que o Brasil é alvo de críticas por ter assumido a liderança que levou ao acordo para a troca de urânio do Irã. Autoridades estrangeiras avaliaram que foi uma atitude ousada e desnecessária do governo brasileiro. No entanto, o chanceler destacou que, atualmente, as negociações sem o Brasil “são inaceitáveis”.

"Quem é eleito como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidos, mesmo como [membro] não permanente, como é o caso do Brasil, tem de assumir posições", afirmou Amorim. “O Brasil tem de fazer a coisa certa: conversando com todos e não seguir, com subserviência, uma potência que vai se qualificar", disse.

Dos 15 países do Conselho de Segurança, cinco são membros permanentes – Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China – e dez são membros rotativos – Áustria, Bósnia Herzegovina, Brasil, Gabão, Japão, Líbano, México, Nigéria, Turquia e Uganda. O esforço do governo brasileiro é em defesa da ampliação do órgão, elevando de 15 para 25 vagas e o país se candidatando a ser membro permanente.

Nos últimos dias, em decorrência das negociações, Amorim tem mantido intensas conversas com os chanceleres de vários países. Ele conversou com os que integram o núcleo do Conselho de Segurança e também com representantes da Áustria, Bósnia, do Japão e de Uganda.

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