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Amcham prevê melhora do cenário econômico em 2005

Segundo pesquisa da Câmara Americana de Comércio, empresários esperam queda da inflação e melhoria dos indicadores macroeconômicos no próximo ano

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

As empresas associadas à Câmara Americana de Comércio (Amcham) estão otimistas quanto aos rumos da economia em 2005. Segundo a 10ª Rodada de Prognósticos do grupo de economia da entidade, os participantes projetam a melhora geral dos indicadores macroeconômicos, como a queda da inflação e a manutenção do superávit comercial. A pesquisa mensal, realizada pela Amcham em outubro e divulgada nesta segunda-feira (8/11), é a primeira a abordar a expectativa quanto a 2005. As anteriores limitaram-se a acompanhar as projeções para 2004.

A projeção média para o IPCA, índice oficial de inflação, para 2005 é de 6%, conforme a pesquisa, abaixo dos 7,33% que os entrevistados aguardam para este ano. Os números estão um pouco acima dos estimados pelas instituições financeiras. Segundo o último Relatório de Mercado do Banco Central, os bancos projetam IPCA de 7,18% para 2004 e de 5,90% para 2005.

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Os associados da Amcham também estimam que o câmbio chegue ao final deste ano em 2,99 reais por dólar e, no fim de 2005, em 3,13 reais. Segundo a pesquisa da Amcham, o bom desempenho das exportações brasileiras deverá manter o câmbio estável pelos próximos meses. Com isso, o Banco Central poderá sentir-se estimulado a aumentar as reservas cambiais.

Juros

A Amcham também estima que a taxa básica de juros (Selic) encerre dezembro de 2005 em 15,33% (projeção média) e em 16,90% neste ano. As projeções são mais otimistas que a do mercado financeiro, expresso pelo relatório do Banco Central. Nele, as instituições estimam que a Selic feche 2004 em 17,50% e 2005, em 15,50%.

A estabilização da economia e a boa receptividade dos papéis brasileiros no exterior devem reduzir o risco-país no próximo ano. Segundo a Amcham, o risco encerrará 2004 em 445 pontos, contra 405 no próximo ano.

Já o crescimento do Produto Interno Bruto não repetirá o mesmo desempenho deste ano, na avaliação dos entrevistados. Na média, os associados da Amcham esperam uma expansão de 4,38%, neste ano. Para 2005, a projeção é de 3,76%. Segundo a pesquisa, a redução do crescimento, no próximo ano, já incorpora uma expectativa de que a capacidade instalada se esgote, sem que investimentos suficientes sejam realizados. Mesmo assim, os números são maiores que os do relatório de mercado do BC, que projeta alta de 3,50% do PIB em 2005.

Segundo a Amcham, a melhor notícia é a manutenção de um elevado superávit comercial no próximo ano. Mesmo não repetindo a expectativa de 2004 (32,12 bilhões de dólares), o saldo de 28,03 bilhões estimado para 2005 "é algo dos mais entusiasmantes", segundo a Amcham. "apesar do crescimento das importações, coerente com o desempenho da economia, as exportações brasileiras vêm se desenvolvendo de forma consistente", afirma a pesquisa.

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