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Alta da Selic não foi surpresa, disse Luciano Coutinho

"Quando se cria confiança na estabilidade, a confiança privada se fortalece. O investimento depende de confiança no futuro", afirmou o presidente do BNDES

Luciano Coutinho: presidente do BNDES frisou que taxa mais favorável ao país vai ajudar a reduzir gradativamente o déficit da conta corrente do Brasil (Elza Fiúza/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 15h17.

Washington - O aumento de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic anunciado na quarta-feira, 9, pelo Banco Central não foi uma surpresa, afirmou, nesta quinta-feira, 10, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho .

Questionado sobre se a alta dos juros compromete o investimento no Brasil, Coutinho disse que não. "Ao contrário. Quando se cria confiança na estabilidade, a confiança privada se fortalece. O investimento depende de confiança no futuro", afirmou.

Já ao ser perguntado se a alta da Selic, que passou para 9,5% ao ano, uma das taxas mais altas do mundo, é suficiente para conter o avanço da inflação no Brasil, Coutinho disse que esse questionamento tem de ser feito ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que chegou aos Estados Unidos nesta quinta-feira, 10, para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Coutinho afirmou que a recuperação da economia dos Estados Unidos e a melhora da situação na Europa podem compensar a queda dos preços das commodities no mercado internacional.

"O Brasil tem uma indústria e um setor de serviços bastante diversificados e uma taxa de câmbio mais favorável às exportações. Isso vai ajudar (o país) a recuperar o que perdeu nos últimos anos, que foi a capacidade de exportação". "É preciso olhar o conjunto." Ainda sobre o câmbio, Coutinho frisou que a taxa mais favorável ao país vai ajudar a reduzir gradativamente o déficit da conta corrente do Brasil.

Já a reforma fiscal é complexa, avaliou. "Melhorar a qualidade do sistema fiscal é uma agenda difícil", defendendo que uma reforma fiscal é necessária na América Latina. Na quarta-feira, 9, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou o relatório Monitor Fiscal, no qual fala da necessidade de o Brasil reduzir os gastos públicos e a dívida do governo, argumentando que o risco fiscal cresceu recentemente no Brasil.

"Existe uma evidente agenda de aperfeiçoamento do sistema tributário, mas é uma agenda complexa, não é politicamente simples", afirmou Coutinho, destacando que estas mudanças envolvem interesses diversos de Estados e municípios.

Em uma apresentação, na manhã desta quinta-feira, para encerrar um evento do Banco Mundial que discutia os avanços da classe média, Coutinho disse que, no Brasil, nas recentes manifestações nas ruas, as pessoas demandavam melhora da infraestrutura econômica e social, como um sistema de transporte público mais eficiente. O presidente do BNDES também afirmou que é preciso que se façam reformas que resguardem a capacidade de poupança e de investimento.

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Washington - O aumento de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic anunciado na quarta-feira, 9, pelo Banco Central não foi uma surpresa, afirmou, nesta quinta-feira, 10, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho .

Questionado sobre se a alta dos juros compromete o investimento no Brasil, Coutinho disse que não. "Ao contrário. Quando se cria confiança na estabilidade, a confiança privada se fortalece. O investimento depende de confiança no futuro", afirmou.

Já ao ser perguntado se a alta da Selic, que passou para 9,5% ao ano, uma das taxas mais altas do mundo, é suficiente para conter o avanço da inflação no Brasil, Coutinho disse que esse questionamento tem de ser feito ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que chegou aos Estados Unidos nesta quinta-feira, 10, para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Coutinho afirmou que a recuperação da economia dos Estados Unidos e a melhora da situação na Europa podem compensar a queda dos preços das commodities no mercado internacional.

"O Brasil tem uma indústria e um setor de serviços bastante diversificados e uma taxa de câmbio mais favorável às exportações. Isso vai ajudar (o país) a recuperar o que perdeu nos últimos anos, que foi a capacidade de exportação". "É preciso olhar o conjunto." Ainda sobre o câmbio, Coutinho frisou que a taxa mais favorável ao país vai ajudar a reduzir gradativamente o déficit da conta corrente do Brasil.

Já a reforma fiscal é complexa, avaliou. "Melhorar a qualidade do sistema fiscal é uma agenda difícil", defendendo que uma reforma fiscal é necessária na América Latina. Na quarta-feira, 9, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou o relatório Monitor Fiscal, no qual fala da necessidade de o Brasil reduzir os gastos públicos e a dívida do governo, argumentando que o risco fiscal cresceu recentemente no Brasil.

"Existe uma evidente agenda de aperfeiçoamento do sistema tributário, mas é uma agenda complexa, não é politicamente simples", afirmou Coutinho, destacando que estas mudanças envolvem interesses diversos de Estados e municípios.

Em uma apresentação, na manhã desta quinta-feira, para encerrar um evento do Banco Mundial que discutia os avanços da classe média, Coutinho disse que, no Brasil, nas recentes manifestações nas ruas, as pessoas demandavam melhora da infraestrutura econômica e social, como um sistema de transporte público mais eficiente. O presidente do BNDES também afirmou que é preciso que se façam reformas que resguardem a capacidade de poupança e de investimento.

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