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AL precisa de "habilidades diferentes", diz Banco Mundial

A América Latina precisa de "habilidades diferentes" para a próxima fase de seu crescimento econômico, disse o presidente do Banco Mundial

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim (Alex Wong/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2015 às 16h22.

A América Latina precisa de "habilidades diferentes" para a próxima fase de seu crescimento econômico, disse o presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, em entrevista ao jornal espanhol El Pais publicada neste domingo.

"Muitos países conseguem ser colocados no grupo de renda média" graças "a matérias-primas ", mas "não dão o próximo passo", que é saber "o que você faz com eles depois de terem sido extraídos", explica Kim.

O presidente do BM ilustra com o caso de seu país natal: "A Coreia do Sul começou exportando produtos básicos - televisores em preto e branco, depois a cores - e agora exporta eletrônicos sofisticados", prova de que "caminhou para o próximo passo".

A situação atual da economia latino-americana é um "quadro misto", segundo Kim. Fala de uma "previsão muito mais brilhante para o México, pois está intimamente ligado à economia dos Estados Unidos" e tem "reformas críticas lançadas no setor do gás e das telecomunicações que tiveram grande efeito sobre a confiança dos investidores".

Mas "a desaceleração da China e a redução da demanda por matérias-primas tem tido um enorme impacto sobre as economias latino-americanas", admitiu o presidente do BM. Ele cita o caso do Brasil, com "baixos níveis de investimento" e também afetado pela queda dos preços do petróleo.

No entanto, Kim reconheceu que o Brasil mantém um "compromisso claro de proteger os progressos realizados nos últimos anos na criação da classe média e na redução da desigualdade".

Kim também disse considerar "muito importante" a reaproximação entre os Estados Unidos e Cuba.

Lembrou ainda que Cuba já foi membro do Banco Mundial, mas que hoje "precisaria de um processo especial para voltar". Ele acredita que Havana "primeiro deve ser incorporada ao FMI" e depois "devem chegar a um acordo sobre como medir o crescimento econômico e outros aspectos".

Kim lembra, no entanto, que "no Congresso norte-americano existe uma lei que diz que se o Banco Mundial empresta dinheiro a Cuba, os Estados Unidos retiram imediatamente, dólar por dólar, cada uma de suas contribuições ao Banco, por isso é preciso ter cautela, mas há muitos passos anteriores" que precisam ser dados antes disso.

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A América Latina precisa de "habilidades diferentes" para a próxima fase de seu crescimento econômico, disse o presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, em entrevista ao jornal espanhol El Pais publicada neste domingo.

"Muitos países conseguem ser colocados no grupo de renda média" graças "a matérias-primas ", mas "não dão o próximo passo", que é saber "o que você faz com eles depois de terem sido extraídos", explica Kim.

O presidente do BM ilustra com o caso de seu país natal: "A Coreia do Sul começou exportando produtos básicos - televisores em preto e branco, depois a cores - e agora exporta eletrônicos sofisticados", prova de que "caminhou para o próximo passo".

A situação atual da economia latino-americana é um "quadro misto", segundo Kim. Fala de uma "previsão muito mais brilhante para o México, pois está intimamente ligado à economia dos Estados Unidos" e tem "reformas críticas lançadas no setor do gás e das telecomunicações que tiveram grande efeito sobre a confiança dos investidores".

Mas "a desaceleração da China e a redução da demanda por matérias-primas tem tido um enorme impacto sobre as economias latino-americanas", admitiu o presidente do BM. Ele cita o caso do Brasil, com "baixos níveis de investimento" e também afetado pela queda dos preços do petróleo.

No entanto, Kim reconheceu que o Brasil mantém um "compromisso claro de proteger os progressos realizados nos últimos anos na criação da classe média e na redução da desigualdade".

Kim também disse considerar "muito importante" a reaproximação entre os Estados Unidos e Cuba.

Lembrou ainda que Cuba já foi membro do Banco Mundial, mas que hoje "precisaria de um processo especial para voltar". Ele acredita que Havana "primeiro deve ser incorporada ao FMI" e depois "devem chegar a um acordo sobre como medir o crescimento econômico e outros aspectos".

Kim lembra, no entanto, que "no Congresso norte-americano existe uma lei que diz que se o Banco Mundial empresta dinheiro a Cuba, os Estados Unidos retiram imediatamente, dólar por dólar, cada uma de suas contribuições ao Banco, por isso é preciso ter cautela, mas há muitos passos anteriores" que precisam ser dados antes disso.

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