Acordo com o FMI será resolvido na próxima semana, diz Palocci
O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse nesta terça-feira (28/10) que até sexta-feira da semana (31/10) que vem a equipe econômica do governo vai decidir se haverá um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional. Adiantou que se for firmado um novo empréstimo, a quantia será correspondente à necessidade do país para 2004. Ressaltou que […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h04.
O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse nesta terça-feira (28/10) que até sexta-feira da semana (31/10) que vem a equipe econômica do governo vai decidir se haverá um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional. Adiantou que se for firmado um novo empréstimo, a quantia será correspondente à necessidade do país para 2004.
Ressaltou que o novo acordo não será semelhante ao acordo firmado em setembro do ano passado. "Lá atrás foi feito um acordo, antes de uma crise econômica. E agora qualquer acordo que seja feito, olharemos para a frente e para frente nós vemos crescimento econômico e não crise", enfatizou. Palocci disse que o Brasil vive hoje uma situação bastante favorável, com balanço positivo das contas externas e crescimento da balança comercial. "Devemos fechar o balanço de contas externas positivo, depois de mais de 10 anos. Isso é uma boa noticia". Nesta terça-feira, o saldo da balança comercial na quarta semana de outubro registrou um superávit de US$ 541 milhões. As exportações chegaram a US$ 1.708 bilhão e as importações a US$ 1.167 bilhão. No acumulado do ano, as vendas externas totalizaram US$ 58.921 bilhões e as compras, US$ 38.953 bilhões, com saldo positivo de US$ 19.968 bilhões.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que ainda não há certeza no saque de cerca de 8 bilhões de dólares, que seriam liberados caso a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprove a última revisão do acordo, fechado no ano passado. "Ainda não há nenhuma posição tomada e a missão ainda está no início das negociações", disse Meirelles.
Palocci definiu como "muito boa" a conversa inicial com a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que chegou nesta segunda-feira (27/10) ao Brasil, e que deve permanecer por cerca de 10 dias. "Já tratamos da revisão e começamos a tratar da possibilidade de um novo acordo", disse o ministro. Ele não deu detalhes sobre o formato de um novo acordo, alegando que as conversas apenas começaram.
Os integrantes do fundo estão no país para a quinta e última revisão trimestral do acordo firmado, em 2002, de US$ 30 bilhões. Palocci assegurou que, ao final da viagem da missão ao país, será divulgado o resultado das conversas bilaterais. Acrescentou que estão sendo avalidas as contas públicas para o próximo ano e que "os dados são muito bons, muito favoráveis".
A opinião é compartilhada pelo chefe da missão do FMI, Jorge Marquez Ruarte, ao sair da reunião com o ministro e técnicos da secretaria do Tesouro Nacional, no ministério da Fazenda. Segundo Ruarte, a economia brasileira "está indo muito bem, a inflação e taxa de juros estão caindo, o real está apreciando, o risco-país está baixando e a recessão está terminando".
Para o representante do fundo, falta ao Brasil fortalecer seu crescimento. Mas destaca que o governo está trabalhando de forma muito efetiva nas reformas previdenciária e tributária, além da Lei de Falências, segundo ele, muito importantes. Questionado sobre as conversas relativas a um novo acordo entre o Brasil e o FMI, Ruarte foi cauteloso. "Estamos conversando sobre a quinta revisão do programa, nada mais que isso". Ao ser informado sobre a declaração de Palocci sobre o assunto, admitiu que o governo brasileiro decide, neste momento, se inicia negociações sobre um possível novo acordo, "e que o fundo sempre apoia o Brasil". As informações são da Agência Brasil.