Objetivos financeiros estratégicos
É quase consenso, entre os educadores financeiros e especialistas em finanças, que o planejamento financeiro pessoal, para funcionar, precisa ter um objetivo. Do contrário, não conseguimos manter um nível adequado de motivação e a coisa toda vira “guardar dinheiro simplesmente por guardar”. Agora o ponto é: Como estabelecer objetivos? Já virou clichê nas palestras e workshops de finanças pessoais mundo afora o palestrante perguntar ao público, em tom emocional, “qual […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2013 às 15h22.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h03.
É quase consenso, entre os educadores financeiros e especialistas em finanças, que o planejamento financeiro pessoal, para funcionar, precisa ter um objetivo. Do contrário, não conseguimos manter um nível adequado de motivação e a coisa toda vira “guardar dinheiro simplesmente por guardar”.
Agora o ponto é: Como estabelecer objetivos? Já virou clichê nas palestras e workshops de finanças pessoais mundo afora o palestrante perguntar ao público, em tom emocional, “qual é o seu sonho?”.
Falar em “sonho” cria um apelo interessante, especialmente para aquelas pessoas que têm uma visão de prazo mais curto e que só conseguem se motivar se enxergarem a recompensa logo à frente.
Normalmente, esse sonho é traduzido como uma recompensa material e tangível: Um carro, uma casa, um gadget … É uma isca motivacional para forçar a pessoa a equilibrar as contas e guardar dinheiro para conquistar o tal sonho.
Só que o sonho não deve ser o objetivo da pessoa, no máximo deve ser considerado como um “objetivo tático”, inserido dentro de um objetivo maior. Se não for feito desta forma, o sonho pode acabar virando pesadelo. Não faltam exemplos de pessoas que ganham dois mil reais por mês e que conseguiram acumular dinheiro para comprar o “carro dos sonhos” de oitenta mil reais, e hoje têm um trambolho que gera despesas intermináveis (IPVA, seguro, combustível e por aí vai) e que perde valor a cada dia que passa.
Existem, basicamente, três “objetivos financeiros estratégicos”. A pessoa pode ter um ou mais objetivos estratégicos, mas é importante que tenha pelo menos um, e que procure ter “sonhos” que estejam alinhados com esse(s) objetivo(s). Vamos ver quais são eles:
1- Reserva de segurança
Ter uma reserva de segurança é um objetivo estratégico porque pode ser considerado como um “fim”, pois não há intenção de causar qualquer mudança no estilo de vida. Às vezes, a pessoa está satisfeita com sua vida, com sua carreira, e o que falta é a “paz de espírito” de saber que há recursos para manter as coisas como estão, ao menos por um tempo, caso algum imprevisto ocorra.
Não há uma quantia ideal para uma reserva de segurança. Normalmente, ela corresponde a alguns meses da renda atual da pessoa. Obviamente, tudo depende da situação econômica e do mercado de trabalho, mas usualmente se recomenda que as pessoas tenham uma reserva que corresponda a pelo menos um ano de renda.
2- “Grandes eventos”
São aqueles eventos que alteram, estruturalmente, o estilo de vida de uma pessoa e que têm alto impacto financeiro; por isso devem ser planejados e é preciso uma preparação minuciosa para que as coisas não saiam do controle.
Exemplos comuns de grandes eventos com impacto financeiro são: Casar, ter filhos, se divorciar, comprar um imóvel para residência, montar um negócio próprio, se aposentar etc.
3- Upgrade de nível de vida
Este é, em minha opinião, o mais importante objetivo estratégico que uma pessoa pode ter, pois ele sozinho facilita a conquista dos demais objetivos, tanto estratégicos como táticos.
Fazer um upgrade de nível de vida significa aumentar a renda. E aumentar a renda, para a grande maioria das pessoas, passa por um desses dois caminhos: Criar/expandir um negócio ou investir na carreira profissional.
A pessoa deve então definir qual o nível de renda adequado para acomodar todos os seus “sonhos”, ver quais são as atividades ou profissões que podem proporcionar aquele nível de renda e fazer um plano de “desenvolvimento pessoal e profissional” (que envolve estudos, relacionamento/ networking, autoconhecimento, maximização de pontos fortes e minimização de pontos fracos) que a faça chegar àquela posição.
Sobre dívidas:
“Eliminar as dívidas” não é um objetivo estratégico, e sim tático, pois ninguém tem como objetivo de vida simplesmente “não ter dívidas”. A eliminação de dívidas é um passo intermediário e necessário para atingir os demais objetivos.
É quase consenso, entre os educadores financeiros e especialistas em finanças, que o planejamento financeiro pessoal, para funcionar, precisa ter um objetivo. Do contrário, não conseguimos manter um nível adequado de motivação e a coisa toda vira “guardar dinheiro simplesmente por guardar”.
Agora o ponto é: Como estabelecer objetivos? Já virou clichê nas palestras e workshops de finanças pessoais mundo afora o palestrante perguntar ao público, em tom emocional, “qual é o seu sonho?”.
Falar em “sonho” cria um apelo interessante, especialmente para aquelas pessoas que têm uma visão de prazo mais curto e que só conseguem se motivar se enxergarem a recompensa logo à frente.
Normalmente, esse sonho é traduzido como uma recompensa material e tangível: Um carro, uma casa, um gadget … É uma isca motivacional para forçar a pessoa a equilibrar as contas e guardar dinheiro para conquistar o tal sonho.
Só que o sonho não deve ser o objetivo da pessoa, no máximo deve ser considerado como um “objetivo tático”, inserido dentro de um objetivo maior. Se não for feito desta forma, o sonho pode acabar virando pesadelo. Não faltam exemplos de pessoas que ganham dois mil reais por mês e que conseguiram acumular dinheiro para comprar o “carro dos sonhos” de oitenta mil reais, e hoje têm um trambolho que gera despesas intermináveis (IPVA, seguro, combustível e por aí vai) e que perde valor a cada dia que passa.
Existem, basicamente, três “objetivos financeiros estratégicos”. A pessoa pode ter um ou mais objetivos estratégicos, mas é importante que tenha pelo menos um, e que procure ter “sonhos” que estejam alinhados com esse(s) objetivo(s). Vamos ver quais são eles:
1- Reserva de segurança
Ter uma reserva de segurança é um objetivo estratégico porque pode ser considerado como um “fim”, pois não há intenção de causar qualquer mudança no estilo de vida. Às vezes, a pessoa está satisfeita com sua vida, com sua carreira, e o que falta é a “paz de espírito” de saber que há recursos para manter as coisas como estão, ao menos por um tempo, caso algum imprevisto ocorra.
Não há uma quantia ideal para uma reserva de segurança. Normalmente, ela corresponde a alguns meses da renda atual da pessoa. Obviamente, tudo depende da situação econômica e do mercado de trabalho, mas usualmente se recomenda que as pessoas tenham uma reserva que corresponda a pelo menos um ano de renda.
2- “Grandes eventos”
São aqueles eventos que alteram, estruturalmente, o estilo de vida de uma pessoa e que têm alto impacto financeiro; por isso devem ser planejados e é preciso uma preparação minuciosa para que as coisas não saiam do controle.
Exemplos comuns de grandes eventos com impacto financeiro são: Casar, ter filhos, se divorciar, comprar um imóvel para residência, montar um negócio próprio, se aposentar etc.
3- Upgrade de nível de vida
Este é, em minha opinião, o mais importante objetivo estratégico que uma pessoa pode ter, pois ele sozinho facilita a conquista dos demais objetivos, tanto estratégicos como táticos.
Fazer um upgrade de nível de vida significa aumentar a renda. E aumentar a renda, para a grande maioria das pessoas, passa por um desses dois caminhos: Criar/expandir um negócio ou investir na carreira profissional.
A pessoa deve então definir qual o nível de renda adequado para acomodar todos os seus “sonhos”, ver quais são as atividades ou profissões que podem proporcionar aquele nível de renda e fazer um plano de “desenvolvimento pessoal e profissional” (que envolve estudos, relacionamento/ networking, autoconhecimento, maximização de pontos fortes e minimização de pontos fracos) que a faça chegar àquela posição.
Sobre dívidas:
“Eliminar as dívidas” não é um objetivo estratégico, e sim tático, pois ninguém tem como objetivo de vida simplesmente “não ter dívidas”. A eliminação de dívidas é um passo intermediário e necessário para atingir os demais objetivos.