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Quatro realidades do atual mercado de trabalho para você refletir

Estudo da Robert Half, em parceria com a Fundação Dom Cabral, revela insights com base na percepção de líderes e profissionais empregados e desempregados

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fabianaoliveirarh

Publicado em 2 de julho de 2021 às 08h30.

Contratar é mais do que preencher uma cadeira, assim como ter um emprego é mais do que conseguir aprovação em uma entrevista. Para que a parceria entre colaborador e empregador evolua além dos três meses de experiência e de maneira sustentável, é preciso que haja um match perfeito. Na prática, o que se busca é o encontro entre candidato e empresa em uma relação profissional que faça sentido para ambos.

Match perfeito, aliás, é o nome da recente pesquisa que a Robert Half promoveu em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral. O objetivo do estudo foi mapear alguns anseios dos profissionais empregados e desempregados em relação ao mercado de trabalho e as preferências dos recrutadores ao analisar potenciais candidatos. Desse material, eu gostaria de destacar quatro pontos para reflexão:

1) Fit cultural é um fator cada vez mais valorizado pelas organizações

A afinidade do candidato com os valores e os propósitos da empresa, o famoso fit cultural, tem sido um fator cada vez mais observado pelos empregadores na hora da contratação, principalmente em organizações de grande porte. Acredito que quando o profissional se identifica com o local em que trabalha maiores são as chances de ele entregar à companhia mais do que o seu tempo. Ele tende a se colocar também a favor dos melhores resultados e de um clima organizacional mais amigável.

O mapeamento ou a definição da cultura organizacional de uma companhia pode começar com questionamentos simples que envolvam a abertura da empresa a ideias e inovação, métricas para mensurar um bom trabalho e seriedade quanto ao cumprimento de processos. Além, é claro, da prática de ações em prol do aprendizado, da diversidade, da igualdade de gênero e do conceito ESG.

2) A experiência segue chamando a atenção dos empregadores em geral

Mais de 80% dos 714 líderes entrevistados destacaram a experiência prévia como o principal fator de decisão na hora de contratar, à frente do fit cultural (62%), da formação acadêmica (36%) e da indicação do candidato por pessoas relevantes (31%). Nesse ponto, porém, acho importante ressaltar que a experiência que brilha os olhos do recrutador refere-se ao cumprimento de ciclos, ou seja, com fatos e dados que comprovem que o profissional tem se empenhado em contribuir de maneira significativa com as empresas por onde tem passado e os projetos que decide abraçar. Claro, sem nunca deixar de lado que o perfil técnico é tão importante quanto o comportamento.

3) Em empresas de pequeno e médio porte, a indicação ainda pesa

Em um recorte da pesquisa, é possível observar que, em empresas de pequeno e médio porte, a indicação de profissionais é o principal fator considerado pelos líderes na contratação de um colaborador. Essa prática frequentemente criticada muitas vezes é impulsionada pelo valor que nós brasileiros temos de ajudar o outro. Algumas organizações até estimulam que seus colaboradores indiquem pessoas conhecidas para vagas internas.

Particularmente, não vejo a indicação como um problema, mas desde que o profissional indicado seja incluído no processo seletivo juntamente com outros profissionais que vão concorrer à vaga, sem privilégios. Para cargos estratégicos, essa precaução faz ainda mais sentido, pelo bem da empresa, do negócio, do candidato e de quem fez a indicação.

4) Na contratação, profissionais empregados e desempregados têm prioridades distintas

A pesquisa da Robert Half em parceria com a Fundação Dom Cabral mapeou, ainda, que os profissionais empregados avaliam uma proposta de emprego prioritariamente interessados na remuneração (68% dos 351 entrevistados) e no desafio proposto (41%). Já aqueles que estão desempregados vão aos processos seletivos mais interessados em entender a aderência ao cargo com base na experiência que possuem (52% dos 349 entrevistados) e a própria afinidade com a cultura da empresa (50%).

Seja qual for o momento profissional do candidato, sempre recomendo que os passos sejam dados com base em um planejamento de carreira para diminuir as chances de erros ou arrependimentos. Aos líderes, minha recomendação é que entendam a contratação como parte da estratégia do negócio, investindo tempo e recursos financeiros para contratar com eficiência e chegar na melhor decisão. A ambos sugiro que busquem no trabalho não apenas renda, mas também realização.

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

Contratar é mais do que preencher uma cadeira, assim como ter um emprego é mais do que conseguir aprovação em uma entrevista. Para que a parceria entre colaborador e empregador evolua além dos três meses de experiência e de maneira sustentável, é preciso que haja um match perfeito. Na prática, o que se busca é o encontro entre candidato e empresa em uma relação profissional que faça sentido para ambos.

Match perfeito, aliás, é o nome da recente pesquisa que a Robert Half promoveu em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral. O objetivo do estudo foi mapear alguns anseios dos profissionais empregados e desempregados em relação ao mercado de trabalho e as preferências dos recrutadores ao analisar potenciais candidatos. Desse material, eu gostaria de destacar quatro pontos para reflexão:

1) Fit cultural é um fator cada vez mais valorizado pelas organizações

A afinidade do candidato com os valores e os propósitos da empresa, o famoso fit cultural, tem sido um fator cada vez mais observado pelos empregadores na hora da contratação, principalmente em organizações de grande porte. Acredito que quando o profissional se identifica com o local em que trabalha maiores são as chances de ele entregar à companhia mais do que o seu tempo. Ele tende a se colocar também a favor dos melhores resultados e de um clima organizacional mais amigável.

O mapeamento ou a definição da cultura organizacional de uma companhia pode começar com questionamentos simples que envolvam a abertura da empresa a ideias e inovação, métricas para mensurar um bom trabalho e seriedade quanto ao cumprimento de processos. Além, é claro, da prática de ações em prol do aprendizado, da diversidade, da igualdade de gênero e do conceito ESG.

2) A experiência segue chamando a atenção dos empregadores em geral

Mais de 80% dos 714 líderes entrevistados destacaram a experiência prévia como o principal fator de decisão na hora de contratar, à frente do fit cultural (62%), da formação acadêmica (36%) e da indicação do candidato por pessoas relevantes (31%). Nesse ponto, porém, acho importante ressaltar que a experiência que brilha os olhos do recrutador refere-se ao cumprimento de ciclos, ou seja, com fatos e dados que comprovem que o profissional tem se empenhado em contribuir de maneira significativa com as empresas por onde tem passado e os projetos que decide abraçar. Claro, sem nunca deixar de lado que o perfil técnico é tão importante quanto o comportamento.

3) Em empresas de pequeno e médio porte, a indicação ainda pesa

Em um recorte da pesquisa, é possível observar que, em empresas de pequeno e médio porte, a indicação de profissionais é o principal fator considerado pelos líderes na contratação de um colaborador. Essa prática frequentemente criticada muitas vezes é impulsionada pelo valor que nós brasileiros temos de ajudar o outro. Algumas organizações até estimulam que seus colaboradores indiquem pessoas conhecidas para vagas internas.

Particularmente, não vejo a indicação como um problema, mas desde que o profissional indicado seja incluído no processo seletivo juntamente com outros profissionais que vão concorrer à vaga, sem privilégios. Para cargos estratégicos, essa precaução faz ainda mais sentido, pelo bem da empresa, do negócio, do candidato e de quem fez a indicação.

4) Na contratação, profissionais empregados e desempregados têm prioridades distintas

A pesquisa da Robert Half em parceria com a Fundação Dom Cabral mapeou, ainda, que os profissionais empregados avaliam uma proposta de emprego prioritariamente interessados na remuneração (68% dos 351 entrevistados) e no desafio proposto (41%). Já aqueles que estão desempregados vão aos processos seletivos mais interessados em entender a aderência ao cargo com base na experiência que possuem (52% dos 349 entrevistados) e a própria afinidade com a cultura da empresa (50%).

Seja qual for o momento profissional do candidato, sempre recomendo que os passos sejam dados com base em um planejamento de carreira para diminuir as chances de erros ou arrependimentos. Aos líderes, minha recomendação é que entendam a contratação como parte da estratégia do negócio, investindo tempo e recursos financeiros para contratar com eficiência e chegar na melhor decisão. A ambos sugiro que busquem no trabalho não apenas renda, mas também realização.

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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