Olho no olho: a tecnologia não vai nos desconectar
Avanços tecnológicos são bem-vindos, mas, no processo de recrutar os profissionais mais adequados, o olho no olho nunca vai sair de moda!
patalv01
Publicado em 30 de maio de 2018 às 08h00.
Última atualização em 30 de maio de 2018 às 08h00.
A tecnologia tem contribuído para a melhora de nossas experiências dia após dia, inclusive quando o assunto é mercado de trabalho. Por exemplo, qual foi a última vez que você entregou um currículo pessoalmente na portaria de uma empresa ou soube de alguém que fez isso? Dependendo da geração a que pertence, aposto que você nunca entregou o documento na portaria de uma empresa, pois o enviou ao potencial empregador via e-mail, site da própria companhia ou empresa de recrutamento e plataformas específicas de emprego.
No meu ponto de vista, a chegada da tecnologia está longe de eliminar algumas etapas tradicionais do processo de recrutamento, como a entrevista presencial. Para mim, os avanços tecnológicos estão vindo para complementar a ação de recrutar, facilitando e agilizando o encontro entre candidatos e empresas. Há, inclusive, softwares que ajudam no cruzamento de habilidades dos candidatos com o escopo da vaga para otimizar o processo.
Dentro desse cenário, minhas orientações são:
Aos empregadores:
- Dediquem atenção à definição da descrição da vaga, com detalhamento de habilidades e certificações importantes para o bom desempenho da função.
- Não exclua a entrevista presencial do processo de seleção, principalmente se as atividades da vaga em aberto interferem no resultado dos negócios da companhia. Nada como o olho no olho para certificar-se sobre as impressões quanto a um candidato.
- No contato pessoal com o candidato, não perca a oportunidade de fazer perguntas que lhe permitam identificar as melhores habilidades comportamentais dele. Afinal, é difícil, por exemplo, ensinar alguém a ser engajado ou comprometido. Qualidades natas são sempre mais fáceis de serem aprimoradas.
Aos candidatos:
- Personalize o currículo com palavras-chave para aparecer aos “robôs” dos softwares. Tenha como base o anúncio da vaga ou as habilidades técnicas mais valorizadas pelo mercado, dentro da sua área de atuação.
- Sempre que possível, saia de trás da tela do computador para ter contato com os amigos ou pares de trabalho para não perder a habilidade de comunicação verbal, tão importante para entrevistas presenciais, por telefone ou videoconferência.
- Use a tecnologia a seu favor para se preparar para a entrevista. Pesquise sobre o mercado, a história, a cultura e os objetivos da empresa. Isso será importante tanto pra ver se você tem afinidade com a companhia quanto para mostrar ao recrutador que é uma pessoa atualizada e interessada.
Avanços tecnológicos são bem-vindos, o mundo precisa deles e comemoramos sua chegada. Mas, no processo de recrutar os profissionais mais adequados, o olho no olho nunca vai sair de moda!
* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half
A tecnologia tem contribuído para a melhora de nossas experiências dia após dia, inclusive quando o assunto é mercado de trabalho. Por exemplo, qual foi a última vez que você entregou um currículo pessoalmente na portaria de uma empresa ou soube de alguém que fez isso? Dependendo da geração a que pertence, aposto que você nunca entregou o documento na portaria de uma empresa, pois o enviou ao potencial empregador via e-mail, site da própria companhia ou empresa de recrutamento e plataformas específicas de emprego.
No meu ponto de vista, a chegada da tecnologia está longe de eliminar algumas etapas tradicionais do processo de recrutamento, como a entrevista presencial. Para mim, os avanços tecnológicos estão vindo para complementar a ação de recrutar, facilitando e agilizando o encontro entre candidatos e empresas. Há, inclusive, softwares que ajudam no cruzamento de habilidades dos candidatos com o escopo da vaga para otimizar o processo.
Dentro desse cenário, minhas orientações são:
Aos empregadores:
- Dediquem atenção à definição da descrição da vaga, com detalhamento de habilidades e certificações importantes para o bom desempenho da função.
- Não exclua a entrevista presencial do processo de seleção, principalmente se as atividades da vaga em aberto interferem no resultado dos negócios da companhia. Nada como o olho no olho para certificar-se sobre as impressões quanto a um candidato.
- No contato pessoal com o candidato, não perca a oportunidade de fazer perguntas que lhe permitam identificar as melhores habilidades comportamentais dele. Afinal, é difícil, por exemplo, ensinar alguém a ser engajado ou comprometido. Qualidades natas são sempre mais fáceis de serem aprimoradas.
Aos candidatos:
- Personalize o currículo com palavras-chave para aparecer aos “robôs” dos softwares. Tenha como base o anúncio da vaga ou as habilidades técnicas mais valorizadas pelo mercado, dentro da sua área de atuação.
- Sempre que possível, saia de trás da tela do computador para ter contato com os amigos ou pares de trabalho para não perder a habilidade de comunicação verbal, tão importante para entrevistas presenciais, por telefone ou videoconferência.
- Use a tecnologia a seu favor para se preparar para a entrevista. Pesquise sobre o mercado, a história, a cultura e os objetivos da empresa. Isso será importante tanto pra ver se você tem afinidade com a companhia quanto para mostrar ao recrutador que é uma pessoa atualizada e interessada.
Avanços tecnológicos são bem-vindos, o mundo precisa deles e comemoramos sua chegada. Mas, no processo de recrutar os profissionais mais adequados, o olho no olho nunca vai sair de moda!
* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half