O profissional vintage
Nas indústrias de vestuário, acessório e mobiliário é comum a repaginação daquilo que foi moda no passado e o um novo lançamento no mercado sob o rótulo de vintage. Faz um sucesso danado! As pessoas compram e ficam felizes por adicionar um ar retrô na casa ou na aparência. Quem dera o mesmo acontecesse no mundo corporativo. Mas não é bem assim! O profissional mais sênior precisa disputar espaço com […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2016 às 17h09.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h35.
Nas indústrias de vestuário, acessório e mobiliário é comum a repaginação daquilo que foi moda no passado e o um novo lançamento no mercado sob o rótulo de vintage. Faz um sucesso danado! As pessoas compram e ficam felizes por adicionar um ar retrô na casa ou na aparência. Quem dera o mesmo acontecesse no mundo corporativo. Mas não é bem assim! O profissional mais sênior precisa disputar espaço com jovens cheios de energia e disposição.
Nos hangouts que temos realizado no canal de youtube da Robert Half, sempre recebemos dúvidas de profissionais seniores sobre recolocação. Em geral, são pessoas com mais de 20 ou 25 anos de estrada, que enfrentam dificuldades para encontrar um novo emprego. A atual situação de mercado não ajuda. Não vivemos um momento de abundância de vagas, além disso, as empresas estão muito mais exigentes em uma série de fatores.
Alguns contam que já adaptaram seus currículos, diminuíram cargo e salário, mas, mesmo assim, não recebem convites para entrevistas. Não vamos tapar o sol com a peneira: o profissional sênior precisa sim se esforçar mais para ser notado no mercado. Mas não é desvalorizando a própria experiência que ele vai conseguir isso.
Vamos a alguns fatores:
- 1. A idade não deve ser fator de eliminação em um processo seletivo. A não ser que seja algo muito específico, que realmente exija alguém mais jovem, um profissional não deveria ser eliminado porque passou dos 40 ou 50 anos de idade.
- 2. O simples envio do currículo não fará com que a pessoa seja chamada para uma entrevista. Infelizmente, a situação econômica que o país vive fez com que mais profissionais ficassem disponíveis no mercado. Isso quer dizer mais currículos por vaga. Um recrutador receber centenas de CVs por semana. É humanamente impossível que ele leia e responda a todos da forma como gostaria e que o candidato espera. Por isso, ter um relacionamento próximo ajuda a ser notado (mas isso é assunto para outro artigo).
- 3. Atender aos quesitos da vaga, ter aderência à cultura e valores da empresa e estar dentro do perfil desejado são premissas fundamentais para qualquer candidato, independentemente da idade.
- 4. Flexibilidade é a palavra da vez. A dinâmica do mercado mudou e é preciso estar disposto a possivelmente ocupar um cargo inferior, aceitar um salário menor e responder para um chefe que pode ser mais jovem.
- 5. Profissionais que passam 15 ou 20 anos em uma mesma empresa podem acabar se apegando a alguns hábitos e processos que dificultam a recolocação. É preciso analisar se esse é o seu caso e o que fazer pode revertê-lo. Outro ponto importante e também comum é essa pessoa ter uma rede de relacionamento muito restrita à atual empresa e em um momento de desligamento pode perceber que não conhece mais ninguém fora dali. Portanto, circular no mercado e manter o networking ativo é fundamental.
Um profissional sênior tem algo a seu favor que só a idade pode trazer: vivência prática. Ele já passou por diversas situações que o permitem lidar melhor com os momentos de conflito, controlar a ansiedade, gerenciar de forma mais eficaz os projetos, entre outras habilidades. Seu grande desafio está em vencer alguns paradigmas e mostrar que sua experiência está aliada à capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado, conectada às novidades tecnológicas e em busca de aprendizado e inovação constantes. Quem sabe assim deixa de lado o estigma de profissional mais sênior para se tornar um profissional vintage!
Nas indústrias de vestuário, acessório e mobiliário é comum a repaginação daquilo que foi moda no passado e o um novo lançamento no mercado sob o rótulo de vintage. Faz um sucesso danado! As pessoas compram e ficam felizes por adicionar um ar retrô na casa ou na aparência. Quem dera o mesmo acontecesse no mundo corporativo. Mas não é bem assim! O profissional mais sênior precisa disputar espaço com jovens cheios de energia e disposição.
Nos hangouts que temos realizado no canal de youtube da Robert Half, sempre recebemos dúvidas de profissionais seniores sobre recolocação. Em geral, são pessoas com mais de 20 ou 25 anos de estrada, que enfrentam dificuldades para encontrar um novo emprego. A atual situação de mercado não ajuda. Não vivemos um momento de abundância de vagas, além disso, as empresas estão muito mais exigentes em uma série de fatores.
Alguns contam que já adaptaram seus currículos, diminuíram cargo e salário, mas, mesmo assim, não recebem convites para entrevistas. Não vamos tapar o sol com a peneira: o profissional sênior precisa sim se esforçar mais para ser notado no mercado. Mas não é desvalorizando a própria experiência que ele vai conseguir isso.
Vamos a alguns fatores:
- 1. A idade não deve ser fator de eliminação em um processo seletivo. A não ser que seja algo muito específico, que realmente exija alguém mais jovem, um profissional não deveria ser eliminado porque passou dos 40 ou 50 anos de idade.
- 2. O simples envio do currículo não fará com que a pessoa seja chamada para uma entrevista. Infelizmente, a situação econômica que o país vive fez com que mais profissionais ficassem disponíveis no mercado. Isso quer dizer mais currículos por vaga. Um recrutador receber centenas de CVs por semana. É humanamente impossível que ele leia e responda a todos da forma como gostaria e que o candidato espera. Por isso, ter um relacionamento próximo ajuda a ser notado (mas isso é assunto para outro artigo).
- 3. Atender aos quesitos da vaga, ter aderência à cultura e valores da empresa e estar dentro do perfil desejado são premissas fundamentais para qualquer candidato, independentemente da idade.
- 4. Flexibilidade é a palavra da vez. A dinâmica do mercado mudou e é preciso estar disposto a possivelmente ocupar um cargo inferior, aceitar um salário menor e responder para um chefe que pode ser mais jovem.
- 5. Profissionais que passam 15 ou 20 anos em uma mesma empresa podem acabar se apegando a alguns hábitos e processos que dificultam a recolocação. É preciso analisar se esse é o seu caso e o que fazer pode revertê-lo. Outro ponto importante e também comum é essa pessoa ter uma rede de relacionamento muito restrita à atual empresa e em um momento de desligamento pode perceber que não conhece mais ninguém fora dali. Portanto, circular no mercado e manter o networking ativo é fundamental.
Um profissional sênior tem algo a seu favor que só a idade pode trazer: vivência prática. Ele já passou por diversas situações que o permitem lidar melhor com os momentos de conflito, controlar a ansiedade, gerenciar de forma mais eficaz os projetos, entre outras habilidades. Seu grande desafio está em vencer alguns paradigmas e mostrar que sua experiência está aliada à capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado, conectada às novidades tecnológicas e em busca de aprendizado e inovação constantes. Quem sabe assim deixa de lado o estigma de profissional mais sênior para se tornar um profissional vintage!