Decisões profissionais precisam ser maduras
Uma das decisões mais difíceis da vida de um profissional é tomada no fim da adolescência – aos 17, por vezes 18 anos, precisamos escolher nossas carreiras, fazer vestibular e entrar em um caminho que provavelmente definirá nossa jornada nas próximas décadas. É uma decisão influenciada por pais, amigos e professores – e que muitas vezes não é madura o suficiente. No meio dessa trajetória, há quem permaneça, alguns desistem, […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2014 às 09h03.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h27.
Uma das decisões mais difíceis da vida de um profissional é tomada no fim da adolescência – aos 17, por vezes 18 anos, precisamos escolher nossas carreiras, fazer vestibular e entrar em um caminho que provavelmente definirá nossa jornada nas próximas décadas. É uma decisão influenciada por pais, amigos e professores – e que muitas vezes não é madura o suficiente. No meio dessa trajetória, há quem permaneça, alguns desistem, outros empreendem ou seguem outros rumos profissionais.
Quando começamos nossas carreiras, a situação é outra. No dia a dia do trabalho, conhecemos aquilo que nos motiva, as situações desafiadoras, vemos os pontos positivos e negativos, mas principalmente, estamos mais maduros para tomar decisões.
É por esse motivo que, muitas vezes, me surpreendo com a pouca maturidade e reflexão dos profissionais sobre suas carreiras. Em um dos meus artigos recentes, falei sobre a instabilidade no currículo – ela é apenas um dos fatores que demonstram que as pessoas refletem pouco sobre seus passos profissionais. É grande o número de candidatos que chegam aos headhunters após uma reunião difícil ou uma briga com o chefe, certos de que querem mudar de emprego. Ao seguirem em processos seletivos, alguns voltam atrás e já não ficam tão seguros assim. Ou pior: se convencem a ficar por dinheiro ou outros incentivos de curto prazo. Será que aquela decisão de mudar de emprego foi tomada de “cabeça quente”? Será que esse profissional não precisava ser mais resiliente, ter uma reação mais madura a feedbacks negativos de seus chefes ou a desafios difíceis?
Uma decisão como a de mudar de emprego toma tempo. O profissional precisa analisar todas as variáveis e entender o que realmente o motiva. Qual é o seu plano de longo prazo? Quais aprendizados quer desenvolver? Onde quer chegar profissionalmente?
Certa vez entrevistei um jovem profissional, nos seus 20 e poucos anos, que buscava uma posição de gerência. Segundo ele, em dois ou três anos como gerente, o próximo passo era tornar-se diretor e, em mais três anos, ele chegaria à posição de número 1 da empresa. Ou seja, esse profissional se tornaria CEO aos 30 anos. Além da pressa, esse profissional demonstrou imaturidade ao ter como foco o objetivo final, e não os aprendizados que teria com o passar do tempo, o caminho percorrido. Encarou a carreira como uma série de etapas a ser vencidas e não como uma evolução natural e contínua. Com esse pensamento, esse profissional tomaria decisões apenas pensando em seguir para a próxima fase.
O que nos leva de volta à questão: você reflete de forma madura sobre a sua carreira? Sabe ver as dificuldades como oportunidades? Encara um dia ruim ou uma bronca do seu superior como um desafio de superação? E, principalmente, tem consciência das suas decisões profissionais e sabe aonde elas vão te levar? É preciso ter isso em mente ao tomar uma resolução. Afinal de contas, não somos mais adolescentes – e a vida profissional não é um vestibular.
Uma das decisões mais difíceis da vida de um profissional é tomada no fim da adolescência – aos 17, por vezes 18 anos, precisamos escolher nossas carreiras, fazer vestibular e entrar em um caminho que provavelmente definirá nossa jornada nas próximas décadas. É uma decisão influenciada por pais, amigos e professores – e que muitas vezes não é madura o suficiente. No meio dessa trajetória, há quem permaneça, alguns desistem, outros empreendem ou seguem outros rumos profissionais.
Quando começamos nossas carreiras, a situação é outra. No dia a dia do trabalho, conhecemos aquilo que nos motiva, as situações desafiadoras, vemos os pontos positivos e negativos, mas principalmente, estamos mais maduros para tomar decisões.
É por esse motivo que, muitas vezes, me surpreendo com a pouca maturidade e reflexão dos profissionais sobre suas carreiras. Em um dos meus artigos recentes, falei sobre a instabilidade no currículo – ela é apenas um dos fatores que demonstram que as pessoas refletem pouco sobre seus passos profissionais. É grande o número de candidatos que chegam aos headhunters após uma reunião difícil ou uma briga com o chefe, certos de que querem mudar de emprego. Ao seguirem em processos seletivos, alguns voltam atrás e já não ficam tão seguros assim. Ou pior: se convencem a ficar por dinheiro ou outros incentivos de curto prazo. Será que aquela decisão de mudar de emprego foi tomada de “cabeça quente”? Será que esse profissional não precisava ser mais resiliente, ter uma reação mais madura a feedbacks negativos de seus chefes ou a desafios difíceis?
Uma decisão como a de mudar de emprego toma tempo. O profissional precisa analisar todas as variáveis e entender o que realmente o motiva. Qual é o seu plano de longo prazo? Quais aprendizados quer desenvolver? Onde quer chegar profissionalmente?
Certa vez entrevistei um jovem profissional, nos seus 20 e poucos anos, que buscava uma posição de gerência. Segundo ele, em dois ou três anos como gerente, o próximo passo era tornar-se diretor e, em mais três anos, ele chegaria à posição de número 1 da empresa. Ou seja, esse profissional se tornaria CEO aos 30 anos. Além da pressa, esse profissional demonstrou imaturidade ao ter como foco o objetivo final, e não os aprendizados que teria com o passar do tempo, o caminho percorrido. Encarou a carreira como uma série de etapas a ser vencidas e não como uma evolução natural e contínua. Com esse pensamento, esse profissional tomaria decisões apenas pensando em seguir para a próxima fase.
O que nos leva de volta à questão: você reflete de forma madura sobre a sua carreira? Sabe ver as dificuldades como oportunidades? Encara um dia ruim ou uma bronca do seu superior como um desafio de superação? E, principalmente, tem consciência das suas decisões profissionais e sabe aonde elas vão te levar? É preciso ter isso em mente ao tomar uma resolução. Afinal de contas, não somos mais adolescentes – e a vida profissional não é um vestibular.