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Cinco reflexões sobre a minha primeira semana (da carreira) de home office

Nosso bom comportamento e a nossa conscientização é, no momento, a melhor forma de contribuir para uma sociedade e um País melhores

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Publicado em 27 de março de 2020 às 10h00.

Última atualização em 27 de março de 2020 às 10h00.

Acreditem vocês ou não, depois de mais de 20 anos no mercado de trabalho, esta foi a primeira semana de home office da minha carreira. Primeiro porque, durante boa parte desse período, trabalhar remotamente era algo impensável. Depois, quando o modelo começou a se tornar possível, eu elegi o escritório como um ambiente mais controlado, menos propenso a chances de distração, dentro das minhas necessidades.

Trabalhar do ambiente formal é apenas uma preferência pessoal e não quer dizer que eu não acredito na eficiência do home office. Pelo contrário, na Robert Half, graças a um antigo investimento em soluções de cloud computing e em dispositivos móveis para todos os colaboradores, hoje 100% dos profissionais do Brasil está trabalhando de casa, com pleno andamento das atividades e atendimento a clientes e candidatos.

É claro que, assim como você, eu não estou feliz com essa quarentena forçada. Ela não tirou de mim apenas o convívio com as pessoas com as quais trabalho. Essa reclusão também me obrigou a, pela primeira vez na minha vida, dar um abraço virtual na minha mãe, que acabou de fazer aniversário. Porém, como sou um otimista nato, tenho refletido sobre cinco benefícios que esse isolamento social pode render ao mercado de trabalho e aos profissionais:

  1. As empresas vão quebrar paradigmas

Algumas companhias ainda resistem ao home office, seja por falta de estrutura ou por se manterem presas a paradigmas. Mas, diante da necessidade do isolamento social, essas empresas estão tendo que rever conceitos e, talvez, descubram, com algumas adaptações, que é possível beneficiar os colaboradores e o negócio com esse modelo de trabalho. Na Robert Half, para alguns profissionais a transição para o home office foi tranquila, enquanto para áreas menos familiarizadas com o trabalho remoto fizemos um período de adaptação. Posso dizer que a única diferença na nossa rotina é que, hoje, a comunicação é 100% virtual.

  1. Há aprendizado para líderes e liderados, e o caminho é de evolução

Com a economia de tempo e de esforço no deslocamento até o trabalho, o home office tende a nos tornar mais produtivos. Porém, se antes você almoçava no restaurante, hoje é preciso parar para preparar algo. Além disso, é preciso lidar com a ansiedade dos filhos que querem atenção ou com a conscientização de outras pessoas que moram com você sobre o seu período de expediente. Há ainda televisão, rádio e redes sociais, entre outros ladrões de tempo. Para alguns líderes, existe ainda o desafio de não poder fazer o micro gerenciamento de suas equipes, enquanto há colaboradores que estão sendo forçados a desenvolver ou aprimorar a habilidade de autogerenciamento. Mas acredito que, com maturidade e boa vontade, há chances reais de nos tornarmos melhores profissionais dentro de toda essa situação.

  1. É a hora de nos comunicarmos mais e melhor

Sempre insisto que um dos grandes problemas dentro das organizações é a falha na comunicação. Por isso, precisamos ficar atentos a esse ponto, principalmente nesse momento de total distanciamento físico. É preciso que a comunicação aconteça, seja fluida e alcance as pessoas necessárias. Por isso, aqui na Robert Half incentivo que os líderes acessem suas equipes diariamente, mesmo que seja de maneira breve, chequem se existem dúvidas a serem esclarecidas e, de preferência, que os calls sejam feitos por vídeo para que a sensação de proximidade seja ainda maior.

  1. O desaquecimento do mercado não significa paralisação

Por razões óbvias, há muitas incertezas dentro das companhias. Porém, enquanto em algumas há projetos congelados, em outras, como as da área da saúde, as atividades estão aquecidas. Entre os clientes da Robert Half, alguns optaram por seguir com os processos de seleção remota, apenas postergando um pouco o início do profissional contratado. Há também casos de empresas que optaram por contratar um colaborador para que ele inicie as atividades, mesmo no modelo home office. As decisões têm dependido da realidade e das necessidades do negócio. Mas uma coisa é certa: o mundo vai mudar, mas não vai parar. Vamos ter algumas perdas dolorosas, mas a necessidade de fazer o País voltar a funcionar e gerar riqueza vai acelerar as contratações em algum momento.

  1. Planeje-se para o retorno do mercado

Sob o ponto de vista de demanda do mercado por profissionais capacitados, nada mudou. O cenário ainda é de competição e minha recomendação é que você aproveite o tempo a mais em casa para avaliar o seu perfil profissional com base no que o mercado está valorizando e não nas qualificações que você acredita que possua. É hora de montar estratégias de carreira, avaliar os valores da empresa na qual atua, as atitudes atuais dos líderes e a parceria dos pares de trabalho.

Sabe aquele velho ditado que diz que “se te derem um limão, faça uma limonada”? É isso que eu estou propondo. Vamos, na medida do possível, tentar manter o equilíbrio emocional, mesmo estando longe da realidade que gostaríamos. O nosso bom comportamento e a nossa conscientização é, no momento, a melhor forma de contribuir para uma sociedade e um País melhores. Vamos viver um dia de cada vez porque isso tudo vai passar!

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half

Acreditem vocês ou não, depois de mais de 20 anos no mercado de trabalho, esta foi a primeira semana de home office da minha carreira. Primeiro porque, durante boa parte desse período, trabalhar remotamente era algo impensável. Depois, quando o modelo começou a se tornar possível, eu elegi o escritório como um ambiente mais controlado, menos propenso a chances de distração, dentro das minhas necessidades.

Trabalhar do ambiente formal é apenas uma preferência pessoal e não quer dizer que eu não acredito na eficiência do home office. Pelo contrário, na Robert Half, graças a um antigo investimento em soluções de cloud computing e em dispositivos móveis para todos os colaboradores, hoje 100% dos profissionais do Brasil está trabalhando de casa, com pleno andamento das atividades e atendimento a clientes e candidatos.

É claro que, assim como você, eu não estou feliz com essa quarentena forçada. Ela não tirou de mim apenas o convívio com as pessoas com as quais trabalho. Essa reclusão também me obrigou a, pela primeira vez na minha vida, dar um abraço virtual na minha mãe, que acabou de fazer aniversário. Porém, como sou um otimista nato, tenho refletido sobre cinco benefícios que esse isolamento social pode render ao mercado de trabalho e aos profissionais:

  1. As empresas vão quebrar paradigmas

Algumas companhias ainda resistem ao home office, seja por falta de estrutura ou por se manterem presas a paradigmas. Mas, diante da necessidade do isolamento social, essas empresas estão tendo que rever conceitos e, talvez, descubram, com algumas adaptações, que é possível beneficiar os colaboradores e o negócio com esse modelo de trabalho. Na Robert Half, para alguns profissionais a transição para o home office foi tranquila, enquanto para áreas menos familiarizadas com o trabalho remoto fizemos um período de adaptação. Posso dizer que a única diferença na nossa rotina é que, hoje, a comunicação é 100% virtual.

  1. Há aprendizado para líderes e liderados, e o caminho é de evolução

Com a economia de tempo e de esforço no deslocamento até o trabalho, o home office tende a nos tornar mais produtivos. Porém, se antes você almoçava no restaurante, hoje é preciso parar para preparar algo. Além disso, é preciso lidar com a ansiedade dos filhos que querem atenção ou com a conscientização de outras pessoas que moram com você sobre o seu período de expediente. Há ainda televisão, rádio e redes sociais, entre outros ladrões de tempo. Para alguns líderes, existe ainda o desafio de não poder fazer o micro gerenciamento de suas equipes, enquanto há colaboradores que estão sendo forçados a desenvolver ou aprimorar a habilidade de autogerenciamento. Mas acredito que, com maturidade e boa vontade, há chances reais de nos tornarmos melhores profissionais dentro de toda essa situação.

  1. É a hora de nos comunicarmos mais e melhor

Sempre insisto que um dos grandes problemas dentro das organizações é a falha na comunicação. Por isso, precisamos ficar atentos a esse ponto, principalmente nesse momento de total distanciamento físico. É preciso que a comunicação aconteça, seja fluida e alcance as pessoas necessárias. Por isso, aqui na Robert Half incentivo que os líderes acessem suas equipes diariamente, mesmo que seja de maneira breve, chequem se existem dúvidas a serem esclarecidas e, de preferência, que os calls sejam feitos por vídeo para que a sensação de proximidade seja ainda maior.

  1. O desaquecimento do mercado não significa paralisação

Por razões óbvias, há muitas incertezas dentro das companhias. Porém, enquanto em algumas há projetos congelados, em outras, como as da área da saúde, as atividades estão aquecidas. Entre os clientes da Robert Half, alguns optaram por seguir com os processos de seleção remota, apenas postergando um pouco o início do profissional contratado. Há também casos de empresas que optaram por contratar um colaborador para que ele inicie as atividades, mesmo no modelo home office. As decisões têm dependido da realidade e das necessidades do negócio. Mas uma coisa é certa: o mundo vai mudar, mas não vai parar. Vamos ter algumas perdas dolorosas, mas a necessidade de fazer o País voltar a funcionar e gerar riqueza vai acelerar as contratações em algum momento.

  1. Planeje-se para o retorno do mercado

Sob o ponto de vista de demanda do mercado por profissionais capacitados, nada mudou. O cenário ainda é de competição e minha recomendação é que você aproveite o tempo a mais em casa para avaliar o seu perfil profissional com base no que o mercado está valorizando e não nas qualificações que você acredita que possua. É hora de montar estratégias de carreira, avaliar os valores da empresa na qual atua, as atitudes atuais dos líderes e a parceria dos pares de trabalho.

Sabe aquele velho ditado que diz que “se te derem um limão, faça uma limonada”? É isso que eu estou propondo. Vamos, na medida do possível, tentar manter o equilíbrio emocional, mesmo estando longe da realidade que gostaríamos. O nosso bom comportamento e a nossa conscientização é, no momento, a melhor forma de contribuir para uma sociedade e um País melhores. Vamos viver um dia de cada vez porque isso tudo vai passar!

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half

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