Exame Logo

Boas notícias para os próximos meses

Retomada do mercado, dicas de reflexão e oportunidades para profissionais de tecnologia e os que estão fora dos grandes centros

f

fabianaoliveirarh

Publicado em 2 de outubro de 2020 às 09h30.

Certamente você já deve ter ouvido boas coisas a respeito do Grupo Mulheres do Brasil, presidido pela empresária Luiza Helena Trajano. No mês passado, fui convidado pelo núcleo de São José dos Campos desse projeto para participar de uma roda de discussões on-line sobre “Uma Visão Positiva Para 2021”. O bate-papo foi mediado pelo jornalista Carlos Abranches e contou com a participação de Glória Brunetti, Marina Grinover e Tatiana Klix. Nosso objetivo era apontar cenários e tendências em saúde, educação, habitação e empregabilidade. Eu, por razões óbvias, me detive ao último tema.

Durante a conversa, tive a oportunidade de falar sobre os cinco temas a seguir e gostaria de compartilhar com vocês a minha opinião a respeito de cada um deles:

Há movimentos de retomada no mercado

Obviamente, a taxa de desemprego aumentou no início da pandemia. Proporcionalmente, nas funções mais operacionais, que estão na base da pirâmide organizacional, o impacto foi maior. Entre aqueles que estão no meio da pirâmide, de nível mais tático, o choque foi grande entre abril e maio. Porém, desde junho temos notado uma aceleração no volume de contratações, tímida, porém crescente. Para ter uma ideia dessa diferença, basta olhar os dados da 13ª edição do Índice de Confiança Robert Half: no segundo trimestre de 2020, enquanto a desocupação na população geral era de 13,3%, o universo de qualificados desempregados era de 5,8%.

O trabalho remoto aumenta as chances de quem está longe dos grandes centros

Agora que todas as funções elegíveis ao home office foram colocadas à prova, é possível que as pessoas que estão geograficamente distantes dos grandes centros tenham mais facilidade para se recolocar em qualquer lugar do País. Afinal, em muitos casos, para a empresa, pouco irá importar de qual localidade o profissional irá atuar. Essa realidade fará ainda mais sentido em organizações que planejam reduzir espaço físico para impulsionar a cultura do home office. Apenas sugiro que as medidas sejam tomadas após um profundo entendimento da legislação trabalhista do Brasil, que, no meu entender, poderia ser mais clara com relação ao trabalho remoto.

O mercado está aquecido para desenvolvedores de tecnologia

Para o profissional que tem apetite e afinidade com tecnologia, não tenho dúvida ao afirmar que trata-se de uma área com a taxa de desemprego negativa. Na prática, isso quer dizer que há mais vagas abertas do que profissionais capacitados para preenchê-las. Isso, em especial, entre os desenvolvedores. A tecnologia faz parte do mundo e está cada vez mais presente na rotina das pessoas e das organizações.

Comportamento é o que mais diferencia os profissionais

No mercado de trabalho, o comportamento - como comunicação e autogerenciamento - é o que mais diferencia um profissional do outro, tendo em vista que, pelo menos em tese, o ensino está cada vez mais acessível. Digo isso porque sabemos que algumas instituições de ensino, infelizmente, não entregam um conhecimento esperado. Por isso, é importante ter critério na escolha da universidade e se empenhar para buscar conhecimento além da sala de aula.

Empregabilidade (também) está relacionada ao planejamento

Entendo que estamos passando por um momento completamente atípico no Brasil. Mas seria importante aproveitarmos essa experiência para nos perguntarmos: “Tenho um planejamento de carreira que me mantém atrativo para o mercado?”. Como estamos aproveitando a nossa jornada profissional? Damos passos planejados ou apenas seguimos para onde o vento leva? Pode ser que eu insista um pouco nesse tema, mas avalio que deve ser muito ruim a sensação de alguém que chega no meio da carreira e começa a pensar que não teve sorte, não fez o que queria ou não se realizou profissionalmente, entre outros pensamentos que minam a nossa motivação. Planejamento de carreira não é autoajuda e nem uma fórmula mágica para que tudo dê certo. É uma ação estratégica e muito eficiente para que você eleve as suas chances de ter bons resultados. Escrevi um livro que também aborda o tema, chamado: “Para quem está na chuva....e não quer se molhar”.

Independentemente do que aconteça em 2021, não deixe a sua carreira na mão de outra pessoa. Busque apoio e orientação da empresa e dos gestores, mas não terceirize o seu desenvolvimento, porque se algo der errado quem vai sofrer as consequências é você. A boa notícia é que, em caso de triunfo, você ficará muito satisfeito da pessoa que se tornou por suas próprias iniciativas. Ninguém pode querer mais do que você!

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half

Certamente você já deve ter ouvido boas coisas a respeito do Grupo Mulheres do Brasil, presidido pela empresária Luiza Helena Trajano. No mês passado, fui convidado pelo núcleo de São José dos Campos desse projeto para participar de uma roda de discussões on-line sobre “Uma Visão Positiva Para 2021”. O bate-papo foi mediado pelo jornalista Carlos Abranches e contou com a participação de Glória Brunetti, Marina Grinover e Tatiana Klix. Nosso objetivo era apontar cenários e tendências em saúde, educação, habitação e empregabilidade. Eu, por razões óbvias, me detive ao último tema.

Durante a conversa, tive a oportunidade de falar sobre os cinco temas a seguir e gostaria de compartilhar com vocês a minha opinião a respeito de cada um deles:

Há movimentos de retomada no mercado

Obviamente, a taxa de desemprego aumentou no início da pandemia. Proporcionalmente, nas funções mais operacionais, que estão na base da pirâmide organizacional, o impacto foi maior. Entre aqueles que estão no meio da pirâmide, de nível mais tático, o choque foi grande entre abril e maio. Porém, desde junho temos notado uma aceleração no volume de contratações, tímida, porém crescente. Para ter uma ideia dessa diferença, basta olhar os dados da 13ª edição do Índice de Confiança Robert Half: no segundo trimestre de 2020, enquanto a desocupação na população geral era de 13,3%, o universo de qualificados desempregados era de 5,8%.

O trabalho remoto aumenta as chances de quem está longe dos grandes centros

Agora que todas as funções elegíveis ao home office foram colocadas à prova, é possível que as pessoas que estão geograficamente distantes dos grandes centros tenham mais facilidade para se recolocar em qualquer lugar do País. Afinal, em muitos casos, para a empresa, pouco irá importar de qual localidade o profissional irá atuar. Essa realidade fará ainda mais sentido em organizações que planejam reduzir espaço físico para impulsionar a cultura do home office. Apenas sugiro que as medidas sejam tomadas após um profundo entendimento da legislação trabalhista do Brasil, que, no meu entender, poderia ser mais clara com relação ao trabalho remoto.

O mercado está aquecido para desenvolvedores de tecnologia

Para o profissional que tem apetite e afinidade com tecnologia, não tenho dúvida ao afirmar que trata-se de uma área com a taxa de desemprego negativa. Na prática, isso quer dizer que há mais vagas abertas do que profissionais capacitados para preenchê-las. Isso, em especial, entre os desenvolvedores. A tecnologia faz parte do mundo e está cada vez mais presente na rotina das pessoas e das organizações.

Comportamento é o que mais diferencia os profissionais

No mercado de trabalho, o comportamento - como comunicação e autogerenciamento - é o que mais diferencia um profissional do outro, tendo em vista que, pelo menos em tese, o ensino está cada vez mais acessível. Digo isso porque sabemos que algumas instituições de ensino, infelizmente, não entregam um conhecimento esperado. Por isso, é importante ter critério na escolha da universidade e se empenhar para buscar conhecimento além da sala de aula.

Empregabilidade (também) está relacionada ao planejamento

Entendo que estamos passando por um momento completamente atípico no Brasil. Mas seria importante aproveitarmos essa experiência para nos perguntarmos: “Tenho um planejamento de carreira que me mantém atrativo para o mercado?”. Como estamos aproveitando a nossa jornada profissional? Damos passos planejados ou apenas seguimos para onde o vento leva? Pode ser que eu insista um pouco nesse tema, mas avalio que deve ser muito ruim a sensação de alguém que chega no meio da carreira e começa a pensar que não teve sorte, não fez o que queria ou não se realizou profissionalmente, entre outros pensamentos que minam a nossa motivação. Planejamento de carreira não é autoajuda e nem uma fórmula mágica para que tudo dê certo. É uma ação estratégica e muito eficiente para que você eleve as suas chances de ter bons resultados. Escrevi um livro que também aborda o tema, chamado: “Para quem está na chuva....e não quer se molhar”.

Independentemente do que aconteça em 2021, não deixe a sua carreira na mão de outra pessoa. Busque apoio e orientação da empresa e dos gestores, mas não terceirize o seu desenvolvimento, porque se algo der errado quem vai sofrer as consequências é você. A boa notícia é que, em caso de triunfo, você ficará muito satisfeito da pessoa que se tornou por suas próprias iniciativas. Ninguém pode querer mais do que você!

Aqui neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se