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5 razões para não perder “A Amiga Genial”, a nova série da HBO

Série baseada na tetralogia napolitana, obra da misteriosa escritora italiana, Elena Ferrante, estreia neste domingo, 25, na HBO Brasil

As atrizes Elisa Del Genio e Ludovica Nasti, nos papeis de Lenu e Lila, da série "A Amiga Genial" (HBO/Divulgação)
As atrizes Elisa Del Genio e Ludovica Nasti, nos papeis de Lenu e Lila, da série "A Amiga Genial" (HBO/Divulgação)
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Sobre Filmes e Séries

Publicado em 25 de novembro de 2018 às, 13h00.

Última atualização em 25 de novembro de 2018 às, 13h00.

Os fãs da obra da autora italiana Elena Ferrante ganharão um novo tema para debater à exaustão a partir deste domingo, 25 de novembro, quando estreia na HBO o primeiro episódio de “A Amiga Genial” às 22 horas. A série é baseada no primeiro livro da aclamada tetralogia napolitana escrita por Ferrante e que se tornou um fenômeno global.

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É difícil encontrar uma pessoa que não tenha lido um dos livros da autora ou que não conheça alguém que tenha lido e se tornado obcecada pela saga das amigas Elena Greco e Rafaella Cerullo na Itália do pós-guerra (o blog se encaixa nesta última categoria). A série, no entanto, tem tudo para também aqueles que nunca entraram em contato com o universo dessa escritora cuja identidade nunca foi oficialmente revelada.

Abaixo, veja cinco motivos para acompanhar o desenrolar de “A Amiga Genial” nas próximas semanas.

É baseada na tetralogia napolitana

Para quem não leu os livros de Elena Ferrante e desconhece o universo da sua escrita, vale lembrar que a série “A Amiga Genial” é baseada no primeiro livro da tetralogia napolitana, que é composta pelos livros “A Amiga Genial”, “A História do Novo Sobrenome”, “História de Quem Foge e de Quem Fica” e “História da Menina Perdida”. Em resumo, a obra conta a história amigas Elena Greco e Rafaella Cerullo (apelidadas de Lenu e Lila), da infância até a velhice.

Neste primeiro livro, conhecemos os primeiros anos de vida das protagonistas e as seguimos até a adolescência na Nápoles dos anos 50. Ao todo, a série deve ter 32 episódios, sendo oito para cada um dos livros da tetralogia. “A Amiga Genial” terá seu último episódio transmitido no Brasil em 16 de dezembro e ainda não há detalhes sobre a sua continuidade.

Elena Ferrante está envolvida

Adaptar um livro para a televisão é sempre uma tarefa complexa e que assusta aos fãs. No caso da obra de Elena Ferrante, contudo, os leitores podem ficar despreocupados, já que a escritora está, sim, envolvida na produção.

De acordo com entrevistas dadas por ela à veículos internacionais, a sua presença na série seria apenas como consultora. “Eu não tenho os conhecimentos técnicos para escrever um roteiro, mas estou lendo e enviando minhas observações”, contou ela ao jornal americano The New York Times nos idos de 2017.

Com o tempo, contudo, sua participação parece ter sido mais ativa. O diretor, Saverio Constanzo, confirmou que ela estava ligada em todo o processo de adaptação e estruturação da série. Teria, inclusive, insistido que o momento final do primeiro livro (que o blog citará apenas como “um banquete”, sem detalhes para evitar spoilers para quem não leu a obra), fosse preservado.

Elenco local

Tudo em “A Amiga Genial” é 100% italiano e local. Os testes para as protagonistas, inclusive, levaram oito meses para serem concluídos e foram todos realizados em Nápoles. De um total de 9 mil atrizes mirins e adolescentes para os papeis de Lenu e Lila, quatro nomes foram selecionados e que irão fazer as meninas na infância e, depois, na adolescência.

Nos dois primeiros episódios, Ludovica Nasti, 12 anos, e Elisa Del Genio, 11 anos, fazem Lila e Lenu na infância. Já nos seis episódios seguintes, Gaia Girace, 15 anos, e Margherita Mazzucco, 16 anos, são Lila e Lenu na adolescência. Apenas Gaia tem alguma experiência como atriz, todas as outras atuam profissionalmente pela primeira vez.

Produção verossímil

A produção da série se dedicou, e muito, em replicar a estética e a atmosfera do bairro no qual a história do primeiro livro se desenrola, um bairro pobre na Nápoles pós-guerra e que seria Rione Lizzatti.

Segundo informações do jornal britânico The Guardian, o designer Giancarlo Basili passou uma semana na região para realizar suas pesquisas e construir os cenários. Para garantir que tudo estava de acordo com a realidade daquela época, a produção levou um senhor que viveu no bairro naquela época para conhecer o set. Ele ficou tão emocionado ao ver as réplicas, diz o jornal, que se emocionou e chorou durante a visita.

Elogiada pela crítica

Nos Estados Unidos, a série estreou em 18 de novembro e foi um sucesso de crítica. Entre os sites e jornais consagrados, “A Amiga Genial” recebeu apenas elogios. No site Vox, por exemplo, a série “é um nocaute” e a publicação acrescentou, ainda, que mesmo quem não leu nenhum dos livros irá se agarrará à história. O jornal The Guardian escreveu que a produção “é uma belíssima” e “o retrato de jovens meninas mais honesto já visto na televisão”.