A velha política da família Bolsonaro
Eleita como contraponto à velha política, a família Bolsonaro já é suspeita dos mais conhecidos esquemas antes mesmo de tomar posse
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 12h17.
Última atualização em 20 de dezembro de 2018 às 13h47.
Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito com um discurso raivoso contra a “velha política”. Vendeu-se como outsider apesar de quase três décadas de mandato como deputado federal. Muitos acreditaram e votaram nele por causa disso. É do jogo. O problema é que está cada vez mais claro, diante das últimas denúncias contra seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), que a família utilizou duas práticas dos velhos velhacos: i) assessores fantasmas, como a fisioterapeuta Nathália Queiroz; ii) assessores para movimentar dinheiro de origem inexplicável, se lícita, como o motorista Fabrício José Queiroz. Fabrício, contratado por Flávio quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, e Nathália, que trabalhava, supostamente, com Jair Bolsonaro.
Semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou ao Supremo Tribunal Federal o senador Agripino Maia (DEM) por manter em seu gabinete um funcionário fantasma. Tão fantasma que por três anos teve dois empregos públicos: no gabinete de Agripino entre 2009 e 2016 e na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte de 2013 a 2016. Com isso, amealhou cerca de R$ 500 mil em salários. Segundo o Ministério Público Federal, o funcionário repassou R$ 400 mil para um parente do senador. Agripino Maia, é claro, nega o inegável.
Na eterna fonte de anedotas que são os diários de Fernando Henrique Cardoso , o ex-presidente conta que em julho de 1995 uma trupe de políticos da pesada veio sondá-lo sobre a situação da Vasp. Eram Íris Rezende (PMDB), Edison Lobão (PMDB), Agripino Maia (PFL, hoje DEM) e Hugo Napoleão (PFL, hoje DEM). Pediram que o Banco do Brasil “entendesse o problema da Vasp”, porque o empresário Wagner Canhedo era um “batalhador injustiçado”. É o tipo de relação entre políticos e empresários que a família Bolsonaro passou a campanha toda denunciando.
Mais cedo do que se imaginava, chegou a hora de os Bolsonaros explicarem porque adotam, reiteradamente, práticas dos velhos políticos.
Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito com um discurso raivoso contra a “velha política”. Vendeu-se como outsider apesar de quase três décadas de mandato como deputado federal. Muitos acreditaram e votaram nele por causa disso. É do jogo. O problema é que está cada vez mais claro, diante das últimas denúncias contra seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), que a família utilizou duas práticas dos velhos velhacos: i) assessores fantasmas, como a fisioterapeuta Nathália Queiroz; ii) assessores para movimentar dinheiro de origem inexplicável, se lícita, como o motorista Fabrício José Queiroz. Fabrício, contratado por Flávio quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, e Nathália, que trabalhava, supostamente, com Jair Bolsonaro.
Semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou ao Supremo Tribunal Federal o senador Agripino Maia (DEM) por manter em seu gabinete um funcionário fantasma. Tão fantasma que por três anos teve dois empregos públicos: no gabinete de Agripino entre 2009 e 2016 e na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte de 2013 a 2016. Com isso, amealhou cerca de R$ 500 mil em salários. Segundo o Ministério Público Federal, o funcionário repassou R$ 400 mil para um parente do senador. Agripino Maia, é claro, nega o inegável.
Na eterna fonte de anedotas que são os diários de Fernando Henrique Cardoso , o ex-presidente conta que em julho de 1995 uma trupe de políticos da pesada veio sondá-lo sobre a situação da Vasp. Eram Íris Rezende (PMDB), Edison Lobão (PMDB), Agripino Maia (PFL, hoje DEM) e Hugo Napoleão (PFL, hoje DEM). Pediram que o Banco do Brasil “entendesse o problema da Vasp”, porque o empresário Wagner Canhedo era um “batalhador injustiçado”. É o tipo de relação entre políticos e empresários que a família Bolsonaro passou a campanha toda denunciando.
Mais cedo do que se imaginava, chegou a hora de os Bolsonaros explicarem porque adotam, reiteradamente, práticas dos velhos políticos.