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Universidades e alunos: mais do que apenas uma relação comercial e acadêmica

As universidades são um local de conexão entre pessoas e onde histórias de vida nascem

Academia: uma mistura entre educação e comercial (Prostock-studio/ AdobeStock/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2023 às 09h00.

Este artigo traz um pensamento e uma pequena provocação que valeria para qualquer tipo de instituição de ensino, da educação infantil à universidade, mas focarei nesta última para explicá-los melhor.

Não quero entrar no mérito sobre o motivo que faz uma pessoa escolher uma determinada universidade para estudar: Reputação do nome, preço, localização, família, amigos ou mesmo por falta de opção melhor. Minha intenção e olhar para o fato de que, independentemente do motivo, é partir deste momento que a relação entre a universidade e o aluno começa a ganhar uma forma mais concreta.

E esta forma é regida pelo que chamo de dois pilares do relacionamento universitário, o comercial e o acadêmico, que possuem características e atores muito diferentes na forma de relacionamento com os alunos, mas, salvo exceções, a grande maioria vê o aluno apenas como aluno mesmo e não também como um cliente. Acredito que ver o aluno também como cliente, pode ser o primeiro passo para quebrar paradigmas e fazer a universidade compreender que o seu papel vai muito além do que apenas o de ensinar algo.

Além da relação comercial e acadêmica

Quando preciso ajudar alguma empresa repensar sua forma de atuar e se relacionar com qualquer tipo de público, busco fazê-la entender qual é o seu real propósito nobre, que é aquele propósito que vai além do lucro. Identificar este propósito nobre é importante para compreender não apenas onde a empresa pode estar falhando, como também pode abrir os olhos para novas oportunidades que, apesar de estarem na cara da empresa, não eram enxergadas.

Evidentemente cada universidade terá o seu propósito nobre, mas acredito que todas igualmente possuem um mesmo papel que gera impactos nas vidas das pessoas que passam por elas, e que vai muito além do ensino e da formação acadêmica. E não falo do impacto social apenas, falo dos impactos que acontecem no que entendo ser o seu principal canal de relacionamento – o Campus.

Como sou conhecido também por gostar muito de café, vou usar o Starbucks para exemplificar o que pode significar o Campus como canal de relacionamento para uma universidade e, para isso, trago este pequeno trecho extraído do próprio site do Starbucks.

“Um ano depois, em 1983, Howard viajou para a Itália e se encantou com as cafeterias italianas e o aspecto romântico da experiência de tomar café. Ele teve a visão de levar a tradição das coffehouses italianas para os Estados Unidos. Um lugar para conversar, com um senso de comunidade. Um lugar intermediário entre trabalho e casa. Howard saiu da Starbucks por um breve período para abrir sua própria cadeia de cafés, Il Giornale, e retornou em agosto de 1987 para comprar a Starbucks com ajuda de investidores locais. Desde o início, a Starbucks se propunha a ser um tipo de empresa diferente, que não apenas celebrava o café e sua rica tradição, mas também trazia um sentimento de conexão.”

Howard Schultz foi o responsável por transformar o Starbucks no que é hoje, fazendo das lojas um ponto de conexão entre pessoas, com o café como pano de fundo. Por isso, inclusive, você pode ficar o dia todo em um Starbucks fazendo reuniões, aulas e várias outras coisas, sem que ninguém venha te expulsar de lá para liberar uma mesa.

E acredito que este mesmo princípio pode ser trazido para as universidades. O Campus é o ponto de conexão, é onde os relacionamentos entre as pessoas que frequentam a universidade acontece. É o que traz a relação com o aluno para além da relação comercial e acadêmica apenas.

Se você trabalha em alguma universidade talvez nunca tenha parado para pensar nisso, mas tente imaginar quantas relações entre pessoas e os impactos gerados em suas vidas nasceram no Campus da sua universidade. Namoros, casamentos, famílias que nasceram ali. Empregos e carreiras profissionais através dos contatos. Amizades daquelas duradouras, onde as pessoas são mais do que irmãos e muitos outros tipos de relacionamentos. Estes relacionamentos não nasceram por causa da universidade em si, mas ela é o ponto de encontro, o que fez com que todas estas vidas se cruzassem. E este, para mim, é o papel mais importante da universidade e o que pode ficar na memória e no coração das pessoas.

Esta é a provocação que fica principalmente para você que trabalha em uma universidade. Entender que ser um lugar de conexão de pessoas é algo inerente ao negócio e ele não pode ser ignorado e, principalmente, que o relacionamento com os alunos e com os demais públicos não pode ser reduzido apenas a uma relação puramente comercial e/ou acadêmica, mas deve ser trabalhado intencionalmente na cultura corporativa e na estratégia dos negócios, a partir de um propósito nobre claro de forma que, inclusive, ajude também para a diminuição de eventuais ruídos e atritos no relacionamento com os alunos nos pilares comerciais e acadêmicos.

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Este artigo traz um pensamento e uma pequena provocação que valeria para qualquer tipo de instituição de ensino, da educação infantil à universidade, mas focarei nesta última para explicá-los melhor.

Não quero entrar no mérito sobre o motivo que faz uma pessoa escolher uma determinada universidade para estudar: Reputação do nome, preço, localização, família, amigos ou mesmo por falta de opção melhor. Minha intenção e olhar para o fato de que, independentemente do motivo, é partir deste momento que a relação entre a universidade e o aluno começa a ganhar uma forma mais concreta.

E esta forma é regida pelo que chamo de dois pilares do relacionamento universitário, o comercial e o acadêmico, que possuem características e atores muito diferentes na forma de relacionamento com os alunos, mas, salvo exceções, a grande maioria vê o aluno apenas como aluno mesmo e não também como um cliente. Acredito que ver o aluno também como cliente, pode ser o primeiro passo para quebrar paradigmas e fazer a universidade compreender que o seu papel vai muito além do que apenas o de ensinar algo.

Além da relação comercial e acadêmica

Quando preciso ajudar alguma empresa repensar sua forma de atuar e se relacionar com qualquer tipo de público, busco fazê-la entender qual é o seu real propósito nobre, que é aquele propósito que vai além do lucro. Identificar este propósito nobre é importante para compreender não apenas onde a empresa pode estar falhando, como também pode abrir os olhos para novas oportunidades que, apesar de estarem na cara da empresa, não eram enxergadas.

Evidentemente cada universidade terá o seu propósito nobre, mas acredito que todas igualmente possuem um mesmo papel que gera impactos nas vidas das pessoas que passam por elas, e que vai muito além do ensino e da formação acadêmica. E não falo do impacto social apenas, falo dos impactos que acontecem no que entendo ser o seu principal canal de relacionamento – o Campus.

Como sou conhecido também por gostar muito de café, vou usar o Starbucks para exemplificar o que pode significar o Campus como canal de relacionamento para uma universidade e, para isso, trago este pequeno trecho extraído do próprio site do Starbucks.

“Um ano depois, em 1983, Howard viajou para a Itália e se encantou com as cafeterias italianas e o aspecto romântico da experiência de tomar café. Ele teve a visão de levar a tradição das coffehouses italianas para os Estados Unidos. Um lugar para conversar, com um senso de comunidade. Um lugar intermediário entre trabalho e casa. Howard saiu da Starbucks por um breve período para abrir sua própria cadeia de cafés, Il Giornale, e retornou em agosto de 1987 para comprar a Starbucks com ajuda de investidores locais. Desde o início, a Starbucks se propunha a ser um tipo de empresa diferente, que não apenas celebrava o café e sua rica tradição, mas também trazia um sentimento de conexão.”

Howard Schultz foi o responsável por transformar o Starbucks no que é hoje, fazendo das lojas um ponto de conexão entre pessoas, com o café como pano de fundo. Por isso, inclusive, você pode ficar o dia todo em um Starbucks fazendo reuniões, aulas e várias outras coisas, sem que ninguém venha te expulsar de lá para liberar uma mesa.

E acredito que este mesmo princípio pode ser trazido para as universidades. O Campus é o ponto de conexão, é onde os relacionamentos entre as pessoas que frequentam a universidade acontece. É o que traz a relação com o aluno para além da relação comercial e acadêmica apenas.

Se você trabalha em alguma universidade talvez nunca tenha parado para pensar nisso, mas tente imaginar quantas relações entre pessoas e os impactos gerados em suas vidas nasceram no Campus da sua universidade. Namoros, casamentos, famílias que nasceram ali. Empregos e carreiras profissionais através dos contatos. Amizades daquelas duradouras, onde as pessoas são mais do que irmãos e muitos outros tipos de relacionamentos. Estes relacionamentos não nasceram por causa da universidade em si, mas ela é o ponto de encontro, o que fez com que todas estas vidas se cruzassem. E este, para mim, é o papel mais importante da universidade e o que pode ficar na memória e no coração das pessoas.

Esta é a provocação que fica principalmente para você que trabalha em uma universidade. Entender que ser um lugar de conexão de pessoas é algo inerente ao negócio e ele não pode ser ignorado e, principalmente, que o relacionamento com os alunos e com os demais públicos não pode ser reduzido apenas a uma relação puramente comercial e/ou acadêmica, mas deve ser trabalhado intencionalmente na cultura corporativa e na estratégia dos negócios, a partir de um propósito nobre claro de forma que, inclusive, ajude também para a diminuição de eventuais ruídos e atritos no relacionamento com os alunos nos pilares comerciais e acadêmicos.

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