O buraco de 4 bilhões do Fies
Em meio às incertezas sobre o futuro do Fies, o financiamento estudantil do governo, as redes de ensino começam a contabilizar os prejuízos. Até o final de março, o Ministério da Educação não havia repassado um só real dos 15 bilhões previstos no orçamento para financiar o programa em 2015. São cerca de 3,7 bilhões com que as escolas estavam contando — e que não entraram no caixa. Pelas contas da consultoria Hoper, especializada em educação, […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2015 às 18h17.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h05.
Em meio às incertezas sobre o futuro do Fies, o financiamento estudantil do governo, as redes de ensino começam a contabilizar os prejuízos. Até o final de março, o Ministério da Educação não havia repassado um só real dos 15 bilhões previstos no orçamento para financiar o programa em 2015. São cerca de 3,7 bilhões com que as escolas estavam contando — e que não entraram no caixa. Pelas contas da consultoria Hoper, especializada em educação, o arrocho põe em risco a sobrevivência de 61 instituições. Elas têm mais de 70% de dependência do Fies e, juntas, somam mais de 65 000 alunos. Os grandes grupos seguram os gastos para manter as margens dos anos anteriores. A Kroton, que prevê queda de 50% no número de novos alunos do Fies, deverá reduzir até 15% os custos em 2015. Dois vice-presidentes perderam o cargo, e a empresa está mais seletiva na abertura de novas turmas. A Kroton não comenta.
Em meio às incertezas sobre o futuro do Fies, o financiamento estudantil do governo, as redes de ensino começam a contabilizar os prejuízos. Até o final de março, o Ministério da Educação não havia repassado um só real dos 15 bilhões previstos no orçamento para financiar o programa em 2015. São cerca de 3,7 bilhões com que as escolas estavam contando — e que não entraram no caixa. Pelas contas da consultoria Hoper, especializada em educação, o arrocho põe em risco a sobrevivência de 61 instituições. Elas têm mais de 70% de dependência do Fies e, juntas, somam mais de 65 000 alunos. Os grandes grupos seguram os gastos para manter as margens dos anos anteriores. A Kroton, que prevê queda de 50% no número de novos alunos do Fies, deverá reduzir até 15% os custos em 2015. Dois vice-presidentes perderam o cargo, e a empresa está mais seletiva na abertura de novas turmas. A Kroton não comenta.