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Japoneses assumem Schincariol. Minoritários insistem na preferência

Enquanto executivos japoneses da cervejaria Kirin começam a assumir postos de comando na Schincariol, os irmãos Gilberto, José Augusto e Daniela Schincariol, donos de 49,55% da empresa, tentam reverter o negócio. Gilberto e seus irmãos se baseiam no acórdão emitido na terça-feira pela Câmara de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo que cassou a liminar que suspendia a venda dos 50,45% dos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 21h56.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h48.

Enquanto executivos japoneses da cervejaria Kirin começam a assumir postos de comando na Schincariol, os irmãos Gilberto, José Augusto e Daniela Schincariol, donos de 49,55% da empresa, tentam reverter o negócio.

Gilberto e seus irmãos se baseiam no acórdão emitido na terça-feira pela Câmara de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo que cassou a liminar que suspendia a venda dos 50,45% dos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol para a Kirin.

No acórdão assinado pelo relator Enio Zuliani, o direito de preferência de Gilberto e seus irmãos, sócios da holding Jadangil, detentora dos 49,55% da Schincariol, é reconhecido. “Portanto e nessa fase preliminar, pensar em excluir o direito de preferência pelo subterfúgio empregado nas razões, seria o mesmo que reconhecer, de pronto, a legalidade de um artifício que teria sido engendrado para frustrar propósito comum e vinculativo, em nítida ofensa ao dever de conduta leal dos sócios. Descarta-se tal possibilidade, competindo o tema ser retomado quando do julgamento final. A questão da preferência é incontroversa e não há como o direito de a autora exercê-lo…”

Contudo, os desembargadores que decidiram, por unanimidade, cassar a liminar, também argumentaram que a falta de um depósito no valor de 3,95 bilhões de reais feito pela Kirin deveria ser considerado para validar o negócio.

A pessoas próximas, Gilberto e seus irmãos disseram que vão insistir no exercício de seu direito de preferência para comprar a parte dos primos Adriano e Alexandre. Os sócios minoritários da Schincariol dizem ter condições de levantar o valor pago pelos japoneses, apesar de não terem comprovado isso no Tribunal de Justiça.

Os valores pagos também deverão ser questionados. Dos 3,95 bilhões de reais pagos a Adriano e Alexandre, 800 milhões de reais referem-se a garantias de contingenciamento por cinco anos. Caso os japoneses descubram dívidas até este valor, Adriano e Alexandre teriam de devolver os 800 milhões.

Enquanto executivos japoneses da cervejaria Kirin começam a assumir postos de comando na Schincariol, os irmãos Gilberto, José Augusto e Daniela Schincariol, donos de 49,55% da empresa, tentam reverter o negócio.

Gilberto e seus irmãos se baseiam no acórdão emitido na terça-feira pela Câmara de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo que cassou a liminar que suspendia a venda dos 50,45% dos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol para a Kirin.

No acórdão assinado pelo relator Enio Zuliani, o direito de preferência de Gilberto e seus irmãos, sócios da holding Jadangil, detentora dos 49,55% da Schincariol, é reconhecido. “Portanto e nessa fase preliminar, pensar em excluir o direito de preferência pelo subterfúgio empregado nas razões, seria o mesmo que reconhecer, de pronto, a legalidade de um artifício que teria sido engendrado para frustrar propósito comum e vinculativo, em nítida ofensa ao dever de conduta leal dos sócios. Descarta-se tal possibilidade, competindo o tema ser retomado quando do julgamento final. A questão da preferência é incontroversa e não há como o direito de a autora exercê-lo…”

Contudo, os desembargadores que decidiram, por unanimidade, cassar a liminar, também argumentaram que a falta de um depósito no valor de 3,95 bilhões de reais feito pela Kirin deveria ser considerado para validar o negócio.

A pessoas próximas, Gilberto e seus irmãos disseram que vão insistir no exercício de seu direito de preferência para comprar a parte dos primos Adriano e Alexandre. Os sócios minoritários da Schincariol dizem ter condições de levantar o valor pago pelos japoneses, apesar de não terem comprovado isso no Tribunal de Justiça.

Os valores pagos também deverão ser questionados. Dos 3,95 bilhões de reais pagos a Adriano e Alexandre, 800 milhões de reais referem-se a garantias de contingenciamento por cinco anos. Caso os japoneses descubram dívidas até este valor, Adriano e Alexandre teriam de devolver os 800 milhões.

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