Investidor do Panamericano vai processar Esteves
O investidor mineiro Adalberto Salgado Junior, acusado de ter se beneficiado da fraude que provocou a quebra do banco Panamericano ao investir em CDBs da instituição que ofereciam uma remuneração muito superior à do mercado, vai partir para o ataque. Ele pediu à Polícia Federal a instauração de um inquérito contra os acionistas e executivos do banco BTG Pactual, que comprou a parte de Silvio Santos no Panamericano. Pessoas próximas […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 19h36.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h34.
O investidor mineiro Adalberto Salgado Junior, acusado de ter se beneficiado da fraude que provocou a quebra do banco Panamericano ao investir em CDBs da instituição que ofereciam uma remuneração muito superior à do mercado, vai partir para o ataque. Ele pediu à Polícia Federal a instauração de um inquérito contra os acionistas e executivos do banco BTG Pactual, que comprou a parte de Silvio Santos no Panamericano. Pessoas próximas a Salgado dizem que ele culpa André Esteves, o controlador do BTG Pactual, por um processo que corre em segredo de Justiça instaurado no mês passado que pede a anulação dos CDBs do investidor. O pleito de Esteves é de que os CDBs de Salgado sejam anulados e que ele receba cerca 225 milhões de reais, valor que corresponderia às suas aplicações no banco. Pelas contas dos advogados de Esteves, caso a aplicação seja mantida até seu vencimento, em 2025, com a taxa de remuneração de 29% ao ano acertada anteriormente, Salgado terá direito a mais de 5 bilhões de reais.
No pedido de abertura de inquérito, o advogado de Salgado, Roberto Podval, sugere que Esteves e seus executivos tenham cometido crime de gestão fraudulenta e fraude processual. Caso a corregedoria da Polícia Federal aceite o pedido, Esteves poderá ter uma grande dor de cabeça, já que a condição de investigado poderá atrapalhar seus planos de abertura de capital do BTG Pactual, prevista para as próximas semanas.
Durante a investigação da PF sobre os crimes cometidos que levaram à quebra do Panamericano, Salgado foi acusado de fazer parte do esquema de fraude que provocou um rombo de mais de 4 bilhões de reais no banco. Ele investiu 5 milhões de reais em CDBs do banco em 2005, com prazo de vencimento de oito anos, que garantiam um retorno de 23% ao ano. Um ano mais tarde, a aplicação havia se transformado em 70 milhões de reais, que foram reinvestidos a uma taxa de 29% ao ano. A média praticada pelo mercado para investimentos deste tipo não passava de 15% ao ano. Pessoas próximas a Salgado dizem que ele fez investimentos em CDB no próprio BTG Pactual com taxas semelhantes.
O investidor alega que tudo foi feito às claras e que o retorno acima da média foi oferecido porque o Panamericano, assim como outros bancos de pequeno e médio porte, enfrentava dificuldades para se capitalizar. Àquela época, o Banco Santos havia quebrado e instituições de porte semelhante, como o Panamericano, teriam passado a sofrer com ondas de saques.
Salgado partiu para o ataque depois de conseguir o que ele teria qualificado como uma pequena vitória em todo esse processo. Na semana passada, seu nome não apareceu entre os indiciados no inquérito realizado pela Polícia Federal para apurar as fraudes no banco. Ele foi incluído no capítulo “demais investigados” do inquérito, ao lado de Silvio Santos, antigo dono do Panamericano, e de mais 13 pessoas. Apesar disso, a Polícia Federal abriu um novo inquérito para apurar exclusivamente os investimentos de Salgado no banco.
O investidor mineiro Adalberto Salgado Junior, acusado de ter se beneficiado da fraude que provocou a quebra do banco Panamericano ao investir em CDBs da instituição que ofereciam uma remuneração muito superior à do mercado, vai partir para o ataque. Ele pediu à Polícia Federal a instauração de um inquérito contra os acionistas e executivos do banco BTG Pactual, que comprou a parte de Silvio Santos no Panamericano. Pessoas próximas a Salgado dizem que ele culpa André Esteves, o controlador do BTG Pactual, por um processo que corre em segredo de Justiça instaurado no mês passado que pede a anulação dos CDBs do investidor. O pleito de Esteves é de que os CDBs de Salgado sejam anulados e que ele receba cerca 225 milhões de reais, valor que corresponderia às suas aplicações no banco. Pelas contas dos advogados de Esteves, caso a aplicação seja mantida até seu vencimento, em 2025, com a taxa de remuneração de 29% ao ano acertada anteriormente, Salgado terá direito a mais de 5 bilhões de reais.
No pedido de abertura de inquérito, o advogado de Salgado, Roberto Podval, sugere que Esteves e seus executivos tenham cometido crime de gestão fraudulenta e fraude processual. Caso a corregedoria da Polícia Federal aceite o pedido, Esteves poderá ter uma grande dor de cabeça, já que a condição de investigado poderá atrapalhar seus planos de abertura de capital do BTG Pactual, prevista para as próximas semanas.
Durante a investigação da PF sobre os crimes cometidos que levaram à quebra do Panamericano, Salgado foi acusado de fazer parte do esquema de fraude que provocou um rombo de mais de 4 bilhões de reais no banco. Ele investiu 5 milhões de reais em CDBs do banco em 2005, com prazo de vencimento de oito anos, que garantiam um retorno de 23% ao ano. Um ano mais tarde, a aplicação havia se transformado em 70 milhões de reais, que foram reinvestidos a uma taxa de 29% ao ano. A média praticada pelo mercado para investimentos deste tipo não passava de 15% ao ano. Pessoas próximas a Salgado dizem que ele fez investimentos em CDB no próprio BTG Pactual com taxas semelhantes.
O investidor alega que tudo foi feito às claras e que o retorno acima da média foi oferecido porque o Panamericano, assim como outros bancos de pequeno e médio porte, enfrentava dificuldades para se capitalizar. Àquela época, o Banco Santos havia quebrado e instituições de porte semelhante, como o Panamericano, teriam passado a sofrer com ondas de saques.
Salgado partiu para o ataque depois de conseguir o que ele teria qualificado como uma pequena vitória em todo esse processo. Na semana passada, seu nome não apareceu entre os indiciados no inquérito realizado pela Polícia Federal para apurar as fraudes no banco. Ele foi incluído no capítulo “demais investigados” do inquérito, ao lado de Silvio Santos, antigo dono do Panamericano, e de mais 13 pessoas. Apesar disso, a Polícia Federal abriu um novo inquérito para apurar exclusivamente os investimentos de Salgado no banco.