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Hora de abrir a carteira na Rumo ALL

A fusão das empresas de logística Rumo e ALL, aprovada no início deste ano, está longe de dar os resultados esperados pelos acionistas. A companhia acumula prejuízo de 238 milhões de reais em 2015 e tem uma dívida líquida que corresponde a cinco vezes sua geração de caixa. A meta era dar lucro em 2015. O mau desempenho criou uma complicação adicional. A Rumo ALL precisa de 5 bilhões para […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 13h18.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h49.

A fusão das empresas de logística Rumo e ALL, aprovada no início deste ano, está longe de dar os resultados esperados pelos acionistas. A companhia acumula prejuízo de 238 milhões de reais em 2015 e tem uma dívida líquida que corresponde a cinco vezes sua geração de caixa. A meta era dar lucro em 2015. O mau desempenho criou uma complicação adicional. A Rumo ALL precisa de 5 bilhões para fazer os investimentos previstos a partir de 2016, que viriam especialmente em linhas de financiamento do BNDES. Mas, para que o banco de fomento conceda os créditos, os bancos privados precisam dar uma carta fiança de 1,4 bilhão de reais como garantia. Acontece que os bancos estão desconfortáveis com os 8 bilhões de reais em dívida bancária da Rumo ALL e pressionam os principais acionistas a colocar dinheiro na empresa primeiro. Cosan, Gávea e TPG deverão injetar até 500 milhões de reais em debêntures. A Rumo ALL também negocia, há meses, um aporte de 1 bilhão de reais do fundo FI-FGTS. Hoje, a Rumo ALL vale 20% do que valia um ano atrás. Procurada, a empresa e os acionistas não comentaram o assunto e o FI-FGTS disse que “as operações em análise são sigilosas”.

A fusão das empresas de logística Rumo e ALL, aprovada no início deste ano, está longe de dar os resultados esperados pelos acionistas. A companhia acumula prejuízo de 238 milhões de reais em 2015 e tem uma dívida líquida que corresponde a cinco vezes sua geração de caixa. A meta era dar lucro em 2015. O mau desempenho criou uma complicação adicional. A Rumo ALL precisa de 5 bilhões para fazer os investimentos previstos a partir de 2016, que viriam especialmente em linhas de financiamento do BNDES. Mas, para que o banco de fomento conceda os créditos, os bancos privados precisam dar uma carta fiança de 1,4 bilhão de reais como garantia. Acontece que os bancos estão desconfortáveis com os 8 bilhões de reais em dívida bancária da Rumo ALL e pressionam os principais acionistas a colocar dinheiro na empresa primeiro. Cosan, Gávea e TPG deverão injetar até 500 milhões de reais em debêntures. A Rumo ALL também negocia, há meses, um aporte de 1 bilhão de reais do fundo FI-FGTS. Hoje, a Rumo ALL vale 20% do que valia um ano atrás. Procurada, a empresa e os acionistas não comentaram o assunto e o FI-FGTS disse que “as operações em análise são sigilosas”.

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