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Estácio acusa ex-presidente de espionar o sucessor

Após um mês de investigação, há indícios de que Rogério Melzi esteja ligado ao vazamento de informações para a concorrente Kroton

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tiagolethbridge

Publicado em 20 de abril de 2017 às 05h00.

Última atualização em 20 de abril de 2017 às 05h00.

A rede de ensino Estácio concluiu a investigação iniciada há um mês para descobrir como e-mails do presidente da empresa, Pedro Thompson, foram parar nas mãos de Rodrigo Galindo, presidente da rede de ensino Kroton. Em seu relatório final, a empresa israelense ICTS, responsável pela investigação, acusa dois funcionários da área de tecnologia da informação de espionar o presidente da empresa.

Para apimentar um pouco mais a história, um relatório aponta “indícios” de que Rogério Melzi, que foi presidente da Estácio até junho do ano passado, tem “relação direta” com o caso.

Kroton e Estácio anunciaram uma fusão no ano passado, e o negócio ainda precisa ser aprovado pelo Cade. Galindo recebeu, num envelope, um e-mail em que Thompson discute a fusão com sua advogada. O presidente da Kroton entendeu que Thompson estava tentando sabotar a fusão e foi procurar João Cox, presidente do conselho de administração da Estácio, para tomar satisfação.

A Estácio abriu, então, duas frentes de investigação. Na primeira, que teve seu resultado divulgado na semana passada, concluiu que Thompson não estava tentando atrapalhar o negócio, mas discutindo cenários com a advogada da empresa. Em paralelo, o conselho de administração da Estácio contratou a ICTS, empresa israelense especializada em investigações, para apurar como os tais e-mails vazaram.

Após dezenas de entrevistas, a ICTS concluiu que dois funcionários da área de TI aproveitaram uma troca corriqueira de computadores para “clonar” a máquina do presidente da empresa. Assim, eles tiveram acesso a todos os e-mails de Thompson, inclusive os pessoais. Um colega dos dois funcionários acusados fez a denúncia, e disse aos investigadores que os próprios funcionários diziam ter enviado os e-mails a Melzi.

A ICTS, obviamente, não tem poder de polícia, e indícios estão muito longe de ser provas. A Estácio fez uma queixa-crime na Delegacia de Crimes Eletrônicos do Rio de Janeiro, que investigará o caso. Procurada por EXAME, a empresa não comentou. Melzi disse desconhecer o assunto.

A rede de ensino Estácio concluiu a investigação iniciada há um mês para descobrir como e-mails do presidente da empresa, Pedro Thompson, foram parar nas mãos de Rodrigo Galindo, presidente da rede de ensino Kroton. Em seu relatório final, a empresa israelense ICTS, responsável pela investigação, acusa dois funcionários da área de tecnologia da informação de espionar o presidente da empresa.

Para apimentar um pouco mais a história, um relatório aponta “indícios” de que Rogério Melzi, que foi presidente da Estácio até junho do ano passado, tem “relação direta” com o caso.

Kroton e Estácio anunciaram uma fusão no ano passado, e o negócio ainda precisa ser aprovado pelo Cade. Galindo recebeu, num envelope, um e-mail em que Thompson discute a fusão com sua advogada. O presidente da Kroton entendeu que Thompson estava tentando sabotar a fusão e foi procurar João Cox, presidente do conselho de administração da Estácio, para tomar satisfação.

A Estácio abriu, então, duas frentes de investigação. Na primeira, que teve seu resultado divulgado na semana passada, concluiu que Thompson não estava tentando atrapalhar o negócio, mas discutindo cenários com a advogada da empresa. Em paralelo, o conselho de administração da Estácio contratou a ICTS, empresa israelense especializada em investigações, para apurar como os tais e-mails vazaram.

Após dezenas de entrevistas, a ICTS concluiu que dois funcionários da área de TI aproveitaram uma troca corriqueira de computadores para “clonar” a máquina do presidente da empresa. Assim, eles tiveram acesso a todos os e-mails de Thompson, inclusive os pessoais. Um colega dos dois funcionários acusados fez a denúncia, e disse aos investigadores que os próprios funcionários diziam ter enviado os e-mails a Melzi.

A ICTS, obviamente, não tem poder de polícia, e indícios estão muito longe de ser provas. A Estácio fez uma queixa-crime na Delegacia de Crimes Eletrônicos do Rio de Janeiro, que investigará o caso. Procurada por EXAME, a empresa não comentou. Melzi disse desconhecer o assunto.

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