Às vésperas da assembleia, Oi tem até denúncia anônima
Estratégias de acionistas vão de e-mail à CVM e Ministério Público a uma série de petições e notificações pedindo adiamento da assembleia
marialuizafilgueiras
Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 19h14.
Última atualização em 18 de dezembro de 2017 às 22h34.
Às vésperas da assembleia de credores da Oi , os acionistas da companhia resolveram lançar mão de todas as estratégias possíveis para tentar suspender a votação do plano de recuperação judicial, marcada para amanhã, 19 de dezembro.
Um email anônimo, de um "ex-empregado e investidor do mercado de capitais", foi enviado à noite para o Ministério Público, CVM e jornalistas contendo o que seriam denúncias de um ex-funcionário e acionista da empresa de telefonia, sobre supostos favorecimentos que o presidente da Oi, Eurico Teles, teria negociado com advogados e credores. Segundo o email anônimo, Teles receberia um percentual dos valores pagos pela Oi a advogados, consultores jurídicos ou escritórios de advocacia contratado pela empresa e teria manobrado para se manter na presidência da Oi durante todo o período da recuperação judicial.
Teles enviou uma nota em que "manifesta repúdio aos ataques pessoais" que tem sofrido "por parte de acionista minoritário da Oi", ressalta que está conduzindo o plano porque isso foi determinado pelo juiz da recuperação judicial e que a equipe técnica da empresa e seus assessores chegaram a um plano que consideram sustentável para a companhia.
O fundo Société Mondiale, que representa acionistas como o empresário Nelson Tanure, protocolou no fim da segunda-feira petições e notificações junto a Anatel, AGU, BNDES, TJ-RJ e Anatel em que pede o adiamento da assembleia de credores e aponta o que considera ilegalidades no plano de recuperação judicial da Oi.
Acionistas discordam do plano apresentado pela empresa e discutido nas últimas semanas com credores e questionam ainda o fato de o juiz ter determinado que cabia à Teles a definição do plano e não mais ao consenso entre diretoria e conselho de administração.
Ao BNDES, por exemplo, pede que o banco que recomende o adiamento da assembleia de credores ou vote contra o plano. À Anatel, os acionistas definem o plano como "um AI-5 empresarial", argumentado que dá a Teles "poderes totalitários por meio de um sistema dominação total da vida da Oi durante e após a aprovação do plano de recuperação judicial."
A assembleia da Oi, depois de meses de adiamentos consecutivos, está agendada para amanhã, no Rio de Janeiro. "Até sua instalação efetiva, serão horas de tensão e de artifícios diversos de acionistas para tentar impedi-la", diz um dos credores.
Às vésperas da assembleia de credores da Oi , os acionistas da companhia resolveram lançar mão de todas as estratégias possíveis para tentar suspender a votação do plano de recuperação judicial, marcada para amanhã, 19 de dezembro.
Um email anônimo, de um "ex-empregado e investidor do mercado de capitais", foi enviado à noite para o Ministério Público, CVM e jornalistas contendo o que seriam denúncias de um ex-funcionário e acionista da empresa de telefonia, sobre supostos favorecimentos que o presidente da Oi, Eurico Teles, teria negociado com advogados e credores. Segundo o email anônimo, Teles receberia um percentual dos valores pagos pela Oi a advogados, consultores jurídicos ou escritórios de advocacia contratado pela empresa e teria manobrado para se manter na presidência da Oi durante todo o período da recuperação judicial.
Teles enviou uma nota em que "manifesta repúdio aos ataques pessoais" que tem sofrido "por parte de acionista minoritário da Oi", ressalta que está conduzindo o plano porque isso foi determinado pelo juiz da recuperação judicial e que a equipe técnica da empresa e seus assessores chegaram a um plano que consideram sustentável para a companhia.
O fundo Société Mondiale, que representa acionistas como o empresário Nelson Tanure, protocolou no fim da segunda-feira petições e notificações junto a Anatel, AGU, BNDES, TJ-RJ e Anatel em que pede o adiamento da assembleia de credores e aponta o que considera ilegalidades no plano de recuperação judicial da Oi.
Acionistas discordam do plano apresentado pela empresa e discutido nas últimas semanas com credores e questionam ainda o fato de o juiz ter determinado que cabia à Teles a definição do plano e não mais ao consenso entre diretoria e conselho de administração.
Ao BNDES, por exemplo, pede que o banco que recomende o adiamento da assembleia de credores ou vote contra o plano. À Anatel, os acionistas definem o plano como "um AI-5 empresarial", argumentado que dá a Teles "poderes totalitários por meio de um sistema dominação total da vida da Oi durante e após a aprovação do plano de recuperação judicial."
A assembleia da Oi, depois de meses de adiamentos consecutivos, está agendada para amanhã, no Rio de Janeiro. "Até sua instalação efetiva, serão horas de tensão e de artifícios diversos de acionistas para tentar impedi-la", diz um dos credores.