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Às vésperas da assembleia, Oi tem até denúncia anônima

Estratégias de acionistas vão de e-mail à CVM e Ministério Público a uma série de petições e notificações pedindo adiamento da assembleia

Logo da Oi em telefone público (Ricardo Moraes/Reuters)
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marialuizafilgueiras

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 19h14.

Última atualização em 18 de dezembro de 2017 às 22h34.

Às vésperas da assembleia de credores da Oi , os acionistas da companhia resolveram lançar mão de todas as estratégias possíveis para tentar suspender a votação do plano de recuperação judicial, marcada para amanhã, 19 de dezembro.

Um email anônimo, de um "ex-empregado e investidor do mercado de capitais", foi enviado à noite para o Ministério Público, CVM e jornalistas contendo o que seriam denúncias de um ex-funcionário e acionista da empresa de telefonia, sobre supostos favorecimentos que o presidente da Oi, Eurico Teles, teria negociado com advogados e credores. Segundo o email anônimo, Teles receberia um percentual dos valores pagos pela Oi a advogados, consultores jurídicos ou escritórios de advocacia contratado pela empresa e teria manobrado para se manter na presidência da Oi durante todo o período da recuperação judicial.

Teles enviou uma nota em que "manifesta repúdio aos ataques pessoais" que tem sofrido "por parte de acionista minoritário da Oi", ressalta que está conduzindo o plano porque isso foi determinado pelo juiz da recuperação judicial e que a equipe técnica da empresa e seus assessores chegaram a um plano que consideram sustentável para a companhia.

O fundo Société Mondiale, que representa acionistas como o empresário Nelson Tanure, protocolou no fim da segunda-feira petições e notificações junto a Anatel, AGU, BNDES, TJ-RJ e Anatel em que pede o adiamento da assembleia de credores e aponta o que considera ilegalidades no plano de recuperação judicial da Oi.

Acionistas discordam do plano apresentado pela empresa e discutido nas últimas semanas com credores e questionam ainda o fato de o juiz ter determinado que cabia à Teles a definição do plano e não mais ao consenso entre diretoria e conselho de administração.

Ao BNDES, por exemplo, pede que o banco que recomende o adiamento da assembleia de credores ou vote contra o plano. À Anatel, os acionistas definem o plano como "um AI-5 empresarial", argumentado que dá a Teles "poderes totalitários por meio de um sistema dominação total da vida da Oi durante e após a aprovação do plano de recuperação judicial."

A assembleia da Oi, depois de meses de adiamentos consecutivos, está agendada para amanhã, no Rio de Janeiro. "Até sua instalação efetiva, serão horas de tensão e de artifícios diversos de acionistas para tentar impedi-la", diz um dos credores.

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Às vésperas da assembleia de credores da Oi , os acionistas da companhia resolveram lançar mão de todas as estratégias possíveis para tentar suspender a votação do plano de recuperação judicial, marcada para amanhã, 19 de dezembro.

Um email anônimo, de um "ex-empregado e investidor do mercado de capitais", foi enviado à noite para o Ministério Público, CVM e jornalistas contendo o que seriam denúncias de um ex-funcionário e acionista da empresa de telefonia, sobre supostos favorecimentos que o presidente da Oi, Eurico Teles, teria negociado com advogados e credores. Segundo o email anônimo, Teles receberia um percentual dos valores pagos pela Oi a advogados, consultores jurídicos ou escritórios de advocacia contratado pela empresa e teria manobrado para se manter na presidência da Oi durante todo o período da recuperação judicial.

Teles enviou uma nota em que "manifesta repúdio aos ataques pessoais" que tem sofrido "por parte de acionista minoritário da Oi", ressalta que está conduzindo o plano porque isso foi determinado pelo juiz da recuperação judicial e que a equipe técnica da empresa e seus assessores chegaram a um plano que consideram sustentável para a companhia.

O fundo Société Mondiale, que representa acionistas como o empresário Nelson Tanure, protocolou no fim da segunda-feira petições e notificações junto a Anatel, AGU, BNDES, TJ-RJ e Anatel em que pede o adiamento da assembleia de credores e aponta o que considera ilegalidades no plano de recuperação judicial da Oi.

Acionistas discordam do plano apresentado pela empresa e discutido nas últimas semanas com credores e questionam ainda o fato de o juiz ter determinado que cabia à Teles a definição do plano e não mais ao consenso entre diretoria e conselho de administração.

Ao BNDES, por exemplo, pede que o banco que recomende o adiamento da assembleia de credores ou vote contra o plano. À Anatel, os acionistas definem o plano como "um AI-5 empresarial", argumentado que dá a Teles "poderes totalitários por meio de um sistema dominação total da vida da Oi durante e após a aprovação do plano de recuperação judicial."

A assembleia da Oi, depois de meses de adiamentos consecutivos, está agendada para amanhã, no Rio de Janeiro. "Até sua instalação efetiva, serão horas de tensão e de artifícios diversos de acionistas para tentar impedi-la", diz um dos credores.

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