Republicanos se submetem à linha do partido na economia
Fiquei chocado com os resultados da pesquisa do Marketplace que indicam que cerca de metade dos eleitores de Trump desconfiam totalmente de dados oficiais – embora talvez eu tenha ficado um pouco menos surpreso, considerando-se que eu vivo no mundo dos negadores de dados há anos (leia sobre a pesquisa aqui:bit.ly/2ecgmF3). Voltando até 2010, o […]
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2016 às 14h07.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 17h57.
Fiquei chocado com os resultados da pesquisa do Marketplace que indicam que cerca de metade dos eleitores de Trump desconfiam totalmente de dados oficiais – embora talvez eu tenha ficado um pouco menos surpreso, considerando-se que eu vivo no mundo dos negadores de dados há anos (leia sobre a pesquisa aqui:bit.ly/2ecgmF3).
Voltando até 2010, o fracasso da inflação alta em se concretizar nos Estados Unidos levou um número até que grande de pessoas mais à direita no espectro político – incluindo gente como Niall Ferguson, o historiador de Harvard – a insistir que os números estavam sendo maquiados. Ou seja, este fenômeno não é algo novo, muito menos algo restrito ao tipo de gente que vota em Trump.
Do modo como aconteceu, havia uma explicação bastante simples para os teóricos da conspiração inflacionários: Sem cair no absurdo de desconfiar de uma conspiração no Escritório de Estatísticas Trabalhistas, nós tínhamos estimativas independentes muito próximas às dos números oficiais.
Além disso, evidência semelhante e independente confirma muitos dos casos em que hoje as pessoas afirmam que os números oficiais estão enviesados.
Por exemplo, os indicadores do Gallup Healthways fornecem confirmação independente dos enormes ganhos na cobertura do plano de saúde para americanos protegidos pela Lei de Serviços de Saúde Acessíveis.
Porém, sem contar esta validação, o que explica esse descrédito das estatísticas? É porque as experiências individuais das pessoas se chocam com o que é dito a elas?
Eu não acho.
De fato, quando as pessoas são questionadas sobre sua situação pessoal, e não sobre “a economia”, a história que elas contam lembra muito a dos números oficiais.
Ou seja, as pessoas estão se sentindo melhor, de acordo com o que os números dizem, mas afirmam que a economia está piorando. É difícil acreditar que tal reação não é política – um exemplo de alinhamento à orientação do partido apesar da experiência pessoal.
Fiquei chocado com os resultados da pesquisa do Marketplace que indicam que cerca de metade dos eleitores de Trump desconfiam totalmente de dados oficiais – embora talvez eu tenha ficado um pouco menos surpreso, considerando-se que eu vivo no mundo dos negadores de dados há anos (leia sobre a pesquisa aqui:bit.ly/2ecgmF3).
Voltando até 2010, o fracasso da inflação alta em se concretizar nos Estados Unidos levou um número até que grande de pessoas mais à direita no espectro político – incluindo gente como Niall Ferguson, o historiador de Harvard – a insistir que os números estavam sendo maquiados. Ou seja, este fenômeno não é algo novo, muito menos algo restrito ao tipo de gente que vota em Trump.
Do modo como aconteceu, havia uma explicação bastante simples para os teóricos da conspiração inflacionários: Sem cair no absurdo de desconfiar de uma conspiração no Escritório de Estatísticas Trabalhistas, nós tínhamos estimativas independentes muito próximas às dos números oficiais.
Além disso, evidência semelhante e independente confirma muitos dos casos em que hoje as pessoas afirmam que os números oficiais estão enviesados.
Por exemplo, os indicadores do Gallup Healthways fornecem confirmação independente dos enormes ganhos na cobertura do plano de saúde para americanos protegidos pela Lei de Serviços de Saúde Acessíveis.
Porém, sem contar esta validação, o que explica esse descrédito das estatísticas? É porque as experiências individuais das pessoas se chocam com o que é dito a elas?
Eu não acho.
De fato, quando as pessoas são questionadas sobre sua situação pessoal, e não sobre “a economia”, a história que elas contam lembra muito a dos números oficiais.
Ou seja, as pessoas estão se sentindo melhor, de acordo com o que os números dizem, mas afirmam que a economia está piorando. É difícil acreditar que tal reação não é política – um exemplo de alinhamento à orientação do partido apesar da experiência pessoal.