As raízes conservadoras da lei de saúde
Volta e meia as pessoas argumentam que muito do que eventualmente se tornou a Lei da Saúde Acessível veio, de todos os lugares possíveis, do think tank Heritage Foundation – isto é, o Obamacare é basicamente o que os conservadores costumavam defender para a saúde. Por isso, eu reli recentemente a palestra de 1989 de […]
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2017 às 15h59.
Última atualização em 8 de agosto de 2017 às 19h44.
Volta e meia as pessoas argumentam que muito do que eventualmente se tornou a Lei da Saúde Acessível veio, de todos os lugares possíveis, do think tank Heritage Foundation – isto é, o Obamacare é basicamente o que os conservadores costumavam defender para a saúde.
Por isso, eu reli recentemente a palestra de 1989 de Stuart Butler sobre a Heritage Foundation, “Garantindo Saúde Acessível para todos os americanos” (hmm, onde eu já vi um palavreado parecido?) para ver quão verdadeiro isso era. E a resposta é que, de fato, muito disso é real.
Para começar, isso não era só alguém escrevendo sozinho na Heritage – O Sr. Butler falava da sua proposta como “o Plano Heritage”, se referindo a uma monografia que a expunha e de fato a apresentava como a política da instituição, e não apenas como a opinião dele.
Em segundo lugar, embora o Plano Heritage não fosse exatamente igual ao Obamacare, era muito parecido.
Como a Lei da Saúde Acessível, ele impunha um mandato exigindo que todo mundo contratasse um nível aceitável de cobertura.
Além disso, da mesma forma que a L.S.A., ele propunha subsídios para assegurar que todo mundo pudesse de fato pagar por aquela cobertura. Estas são duas pernas do tripé da cobertura.
Onde o plano se distinguia era em como lidava com as doenças preexistentes. O Sr. Butler defendia grandes sistemas subsidiados de partilha de riscos para cobrir aquelas pessoas a quem os planos de saúde normalmente rejeitariam.
Eu tenho sérias dúvidas sobre se tudo isso seria viável.
Mas duas coisas a esse respeito são notáveis. A primeira é que o Plano Heritage teria exigido ainda mais, e não menos, gastos do governo; isto é, as despesas orçamentárias teriam sido maiores.
Segundo, o trecho da L.S.A. que a Heritage não quis era a parte que é mais popular com o público.
Em geral, o que é notável sobre o Plano Heritage é que ele é notoriamente mais conservador do que o que o presidente Barack Obama efetivamente implementou: um pouco menos de regulamentação, e uma quantidade significativa de gastos adicionais.
Se o Obamacare é uma medida extremamente esquerdista, como muitos republicanos afirmam, a Heritage Foundation da década de 80 era uma instituição de esquerda.
Volta e meia as pessoas argumentam que muito do que eventualmente se tornou a Lei da Saúde Acessível veio, de todos os lugares possíveis, do think tank Heritage Foundation – isto é, o Obamacare é basicamente o que os conservadores costumavam defender para a saúde.
Por isso, eu reli recentemente a palestra de 1989 de Stuart Butler sobre a Heritage Foundation, “Garantindo Saúde Acessível para todos os americanos” (hmm, onde eu já vi um palavreado parecido?) para ver quão verdadeiro isso era. E a resposta é que, de fato, muito disso é real.
Para começar, isso não era só alguém escrevendo sozinho na Heritage – O Sr. Butler falava da sua proposta como “o Plano Heritage”, se referindo a uma monografia que a expunha e de fato a apresentava como a política da instituição, e não apenas como a opinião dele.
Em segundo lugar, embora o Plano Heritage não fosse exatamente igual ao Obamacare, era muito parecido.
Como a Lei da Saúde Acessível, ele impunha um mandato exigindo que todo mundo contratasse um nível aceitável de cobertura.
Além disso, da mesma forma que a L.S.A., ele propunha subsídios para assegurar que todo mundo pudesse de fato pagar por aquela cobertura. Estas são duas pernas do tripé da cobertura.
Onde o plano se distinguia era em como lidava com as doenças preexistentes. O Sr. Butler defendia grandes sistemas subsidiados de partilha de riscos para cobrir aquelas pessoas a quem os planos de saúde normalmente rejeitariam.
Eu tenho sérias dúvidas sobre se tudo isso seria viável.
Mas duas coisas a esse respeito são notáveis. A primeira é que o Plano Heritage teria exigido ainda mais, e não menos, gastos do governo; isto é, as despesas orçamentárias teriam sido maiores.
Segundo, o trecho da L.S.A. que a Heritage não quis era a parte que é mais popular com o público.
Em geral, o que é notável sobre o Plano Heritage é que ele é notoriamente mais conservador do que o que o presidente Barack Obama efetivamente implementou: um pouco menos de regulamentação, e uma quantidade significativa de gastos adicionais.
Se o Obamacare é uma medida extremamente esquerdista, como muitos republicanos afirmam, a Heritage Foundation da década de 80 era uma instituição de esquerda.