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Qual a real intenção na sua comunicação?

Será que temos clareza da nossa reais intenções ou usamos a justificativa de resolver um assunto, para no fundo abordar questões emocionais?

(Unsplash/Site Exame)
LGeD

Luah Galvão e Danilo España

Publicado em 19 de março de 2019 às 14h57.

Última atualização em 20 de março de 2019 às 11h15.

Comunicação interna e relações interpessoais, seja com colegas de trabalho, clientes ou fornecedores são características determinantes na qualidade do ambiente de trabalho de qualquer organização.

Segundo pesquisa realizada no ano passado pelo jornal The Economist, intitulada Communication barriers in the modern workplace (Barreiras de comunicação no ambiente de trabalho moderno) , 44% dos entrevistados indicam que a falta de comunicação causou um atraso ou falha na conclusão de projetos. Quanto ao impacto direto nos negócios, 18% dizem que a falta de comunicação levou à diminuição das vendas. Problemas de comunicação também contribuem para estresse (52%) e desânimo (31%).

É claro que há interações que fluem super bem, são amistosas e agregam valor no nosso dia a dia. Outras, que não fluem tão bem, acabam se tornando custosas e desgastantes. Abordar todos os motivos que contribuem para um ótimo ou péssimo clima organizacional não seria possível nesse post, pois são extremamente variados e complexos. Mas gostaria de destacar um ponto, que pode ser uma chave por trás de muitas questões quando o assunto é interação com o outro.

A pressão que o universo do trabalho em geral cultiva, aumenta substancialmente a temperatura no ambiente, tornando mais sensíveis as relações interpessoais. Nesse cenário, não é raro que as pessoas acabem deixando um rastro de choques e faíscas ao longo do dia. Por exemplo, quando vamos ter uma conversa com um colega de trabalho com o objetivo de resolver alguma questão, mas no fundo queremos extravasar nosso estresse, raiva ou decepção, qual é o resultado dessa conversa? Nem precisamos dizer que é desastroso, claro. E que não cumpre sua verdadeira função.

Podemos até alegar para nós mesmos que aquela conversa era necessária, que precisávamos falar sobre determinado assunto, mas teríamos conduzido da mesma maneira se tivéssemos consciência da nossa real intenção naquela situação?

A reflexão que proponho é: será que temos clareza da nossa real intenção diante de qualquer interação ou usamos a justificativa de resolver algum assunto, para no fundo abordar questões emocionais, do nosso ego ou buscar autoafirmação?

Estaríamos dispostos a refletir e perceber qual é a nossa verdadeira necessidade antes de interagir com os outros? Certamente esse seria um excelente caminho para percebermos que em alguns casos nos deixamos levar por questões pessoais e colocamos em segundo plano atender às necessidades do trabalho. Isso não contribui para uma comunicação assertiva, que é meta de muitas organizações, pois afeta seus resultados e sua própria sustentabilidade.

Mais uma pergunta que complementa o assunto é: será que estamos dispostos a falar o necessário, mas também a ouvir, entender e esclarecer as situações? Ou apenas a despejamos tudo aquilo que estava represado em nós pois não demos conta de processar?

Se tivermos o olhar atento e buscarmos clareza nas intenções, saberemos conduzir muito melhor as nossas interações. Muitas vezes um ponto de conflito ocorre pela disputa da melhor estratégia, quando na verdade o foco poderia ser simplesmente em atender à necessidade. Parte dessa lógica sobre estratégias e necessidades vem de uma metodologia chamada Triângulo do Desenvolvimento, criada por Gustavo Prudente da Liderança & Cultura Sustentável.

Enfim, a criação de um bom ambiente de trabalho exige que tenhamos uma percepção mais sutil e saibamos identificar nossas reais intenções. Quando não estamos conscientes disso, existe um grande risco de nos surpreendermos com as reações daqueles com quem interagimos e ainda gerarmos frustração por não revelar e tratar daquilo que realmente precisa emergir.

Por Danilo España

Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España deram uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos e visitaram 28 países para entender o que Motiva pessoas. Em seguida fizeram o Caminho de Compostela entrevistando peregrinos sobre Superação. Fecharam a tríade de viagens pesquisando “Resiliência” no projeto que batizaram de “Expedição Perú” Compartilham suas descobertas através de palestras e workshops por todo o Brasil.

Comunicação interna e relações interpessoais, seja com colegas de trabalho, clientes ou fornecedores são características determinantes na qualidade do ambiente de trabalho de qualquer organização.

Segundo pesquisa realizada no ano passado pelo jornal The Economist, intitulada Communication barriers in the modern workplace (Barreiras de comunicação no ambiente de trabalho moderno) , 44% dos entrevistados indicam que a falta de comunicação causou um atraso ou falha na conclusão de projetos. Quanto ao impacto direto nos negócios, 18% dizem que a falta de comunicação levou à diminuição das vendas. Problemas de comunicação também contribuem para estresse (52%) e desânimo (31%).

É claro que há interações que fluem super bem, são amistosas e agregam valor no nosso dia a dia. Outras, que não fluem tão bem, acabam se tornando custosas e desgastantes. Abordar todos os motivos que contribuem para um ótimo ou péssimo clima organizacional não seria possível nesse post, pois são extremamente variados e complexos. Mas gostaria de destacar um ponto, que pode ser uma chave por trás de muitas questões quando o assunto é interação com o outro.

A pressão que o universo do trabalho em geral cultiva, aumenta substancialmente a temperatura no ambiente, tornando mais sensíveis as relações interpessoais. Nesse cenário, não é raro que as pessoas acabem deixando um rastro de choques e faíscas ao longo do dia. Por exemplo, quando vamos ter uma conversa com um colega de trabalho com o objetivo de resolver alguma questão, mas no fundo queremos extravasar nosso estresse, raiva ou decepção, qual é o resultado dessa conversa? Nem precisamos dizer que é desastroso, claro. E que não cumpre sua verdadeira função.

Podemos até alegar para nós mesmos que aquela conversa era necessária, que precisávamos falar sobre determinado assunto, mas teríamos conduzido da mesma maneira se tivéssemos consciência da nossa real intenção naquela situação?

A reflexão que proponho é: será que temos clareza da nossa real intenção diante de qualquer interação ou usamos a justificativa de resolver algum assunto, para no fundo abordar questões emocionais, do nosso ego ou buscar autoafirmação?

Estaríamos dispostos a refletir e perceber qual é a nossa verdadeira necessidade antes de interagir com os outros? Certamente esse seria um excelente caminho para percebermos que em alguns casos nos deixamos levar por questões pessoais e colocamos em segundo plano atender às necessidades do trabalho. Isso não contribui para uma comunicação assertiva, que é meta de muitas organizações, pois afeta seus resultados e sua própria sustentabilidade.

Mais uma pergunta que complementa o assunto é: será que estamos dispostos a falar o necessário, mas também a ouvir, entender e esclarecer as situações? Ou apenas a despejamos tudo aquilo que estava represado em nós pois não demos conta de processar?

Se tivermos o olhar atento e buscarmos clareza nas intenções, saberemos conduzir muito melhor as nossas interações. Muitas vezes um ponto de conflito ocorre pela disputa da melhor estratégia, quando na verdade o foco poderia ser simplesmente em atender à necessidade. Parte dessa lógica sobre estratégias e necessidades vem de uma metodologia chamada Triângulo do Desenvolvimento, criada por Gustavo Prudente da Liderança & Cultura Sustentável.

Enfim, a criação de um bom ambiente de trabalho exige que tenhamos uma percepção mais sutil e saibamos identificar nossas reais intenções. Quando não estamos conscientes disso, existe um grande risco de nos surpreendermos com as reações daqueles com quem interagimos e ainda gerarmos frustração por não revelar e tratar daquilo que realmente precisa emergir.

Por Danilo España

Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España deram uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos e visitaram 28 países para entender o que Motiva pessoas. Em seguida fizeram o Caminho de Compostela entrevistando peregrinos sobre Superação. Fecharam a tríade de viagens pesquisando “Resiliência” no projeto que batizaram de “Expedição Perú” Compartilham suas descobertas através de palestras e workshops por todo o Brasil.

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