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Oitenta anos atrás, a Segunda Guerra Mundial sofria sua maior reviravolta

No mercado em que vivemos, frequentemente somos desafiados – mesmo que silenciosamente – pela empáfia dos concorrentes

A célebre foto no anúncio do final da Segunda Guerra Mundial (Reprodução/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2021 às 18h16.

*Por: Aluízio Falcão

Em 7 de dezembro de 2020, escrevi o texto abaixo: “Hoje é o aniversário do chamado Dia da Infâmia. Foi a data em que o Império Japonês – aliado dos alemães e italianos na Segunda Guerra Mundial – atacou sorrateiramente a base naval americana de Pearl Harbor, no Havaí. Depois de efetuar várias manobras no Oceano Pacífico, os japoneses foram advertidos pelos Estados Unidos, então neutros no conflito mundial, de que deveriam se retirar no mar próximo à China. Esta contenda diplomática gerou inúmeras negociações, enquanto o Japão preparava-se para um ataque devastador ao local que reunia boa parte do poderio bélico naval dos EUA em sua Costa Leste.

O ataque ardiloso pegou a marinha americana de surpresa e houve mais de 3 500 mortos, além de uma perda substancial de navios, aviões e armas. O presidente americano, Franklin Delano Roosevelt, pediu autorização ao Congresso para entrar na guerra e virou o jogo em favor dos aliados. Pode-se dizer que existem fatos que mudam completamente a história. O que aconteceu neste dia 7 de dezembro de 1941 é um exemplo disso. Até então, os americanos estavam relutantes em entrar numa guerra do outro lado do oceano e encarar o ônus que é perder milhares de vidas em combate. Em seu discurso ao Congresso. Roosevelt disse: “Ontem, 7 de Dezembro de 1941, uma data que viverá na infâmia, os Estados Unidos da América foram súbita e deliberadamente atacados pelas forças navais e aéreas do Império do Japão”.

Primeiro, declarou guerra aos japoneses; depois à Alemanha e à Itália. Sem a entrada dos EUA no conflito, seria impossível prever seu desfecho. O fato é que haveria uma chance enorme de a Alemanha dominar a Europa, como estava ocorrendo naquele ano. Se não tivesse havido este bombardeio e Roosevelt decidido se aliar à Inglaterra e à Rússia, nossos livros de história provavelmente contariam uma narrativa bem diferente da atual. Daí a importância de se lembrar o chamado Dia da Infâmia”. É possível tirar algumas lições deste episódio histórico para a vida corporativa. Talvez a principal delas seja evitar o risco de se deixar levar pela soberba – como fizeram os militares japoneses. Eles consideravam os americanos preguiçosos, pouco inteligentes e inferiores.

Atacaram Pearl Harbor por achar que o país não conseguiria reconstruir rapidamente sua frota no Pacífico, o que daria ao Japão um total controle daquela região oceânica. O troco americano, porém, viria rapidamente, na chamada Batalha de Midway. O Atol de Midway foi visto pelo exército japonês como uma espécie de isca. Haveria um ataque por parte dos nipônicos e uma pequena frota americana seria acionada para defender a base lá instalada. Os japoneses achavam que iriam enfrentar uma força muito menor que a deles e que o ataque seria de surpresa.

Porém, a inteligência militar dos EUA descobriu os planos inimigos e foi preparou a Marinha para a emboscada, com maior poderio bélico que o previsto. Ao final, a frota comandada pelo almirante Chester Nimitz conseguiu uma vitória significativa e virou o jogo contra os japoneses, que foram perdendo terreno até a derrota final, em 1945. Os Estados Unidos se aproveitaram da arrogância dos militares japoneses com aplicação e trabalho árduo, sem se abater pelas derrotas sofridas anteriormente.

No mercado em que vivemos, frequentemente somos desafiados – mesmo que silenciosamente – pela empáfia dos concorrentes. Para piorar, costumamos reagir emocionalmente a esse tipo de provocação. E este é, geralmente, o pior erro que se pode cometer nos negócios e na guerra. As respostas aos cutucões da concorrência devem ser racionais, certeiras e surpreendentes – exatamente como fez a Marinha americana em Midway. Somente assim é que se ganha esse tipo de batalha. Com sangue frio, acurácia e perspicácia.

*Por: Aluízio Falcão

Em 7 de dezembro de 2020, escrevi o texto abaixo: “Hoje é o aniversário do chamado Dia da Infâmia. Foi a data em que o Império Japonês – aliado dos alemães e italianos na Segunda Guerra Mundial – atacou sorrateiramente a base naval americana de Pearl Harbor, no Havaí. Depois de efetuar várias manobras no Oceano Pacífico, os japoneses foram advertidos pelos Estados Unidos, então neutros no conflito mundial, de que deveriam se retirar no mar próximo à China. Esta contenda diplomática gerou inúmeras negociações, enquanto o Japão preparava-se para um ataque devastador ao local que reunia boa parte do poderio bélico naval dos EUA em sua Costa Leste.

O ataque ardiloso pegou a marinha americana de surpresa e houve mais de 3 500 mortos, além de uma perda substancial de navios, aviões e armas. O presidente americano, Franklin Delano Roosevelt, pediu autorização ao Congresso para entrar na guerra e virou o jogo em favor dos aliados. Pode-se dizer que existem fatos que mudam completamente a história. O que aconteceu neste dia 7 de dezembro de 1941 é um exemplo disso. Até então, os americanos estavam relutantes em entrar numa guerra do outro lado do oceano e encarar o ônus que é perder milhares de vidas em combate. Em seu discurso ao Congresso. Roosevelt disse: “Ontem, 7 de Dezembro de 1941, uma data que viverá na infâmia, os Estados Unidos da América foram súbita e deliberadamente atacados pelas forças navais e aéreas do Império do Japão”.

Primeiro, declarou guerra aos japoneses; depois à Alemanha e à Itália. Sem a entrada dos EUA no conflito, seria impossível prever seu desfecho. O fato é que haveria uma chance enorme de a Alemanha dominar a Europa, como estava ocorrendo naquele ano. Se não tivesse havido este bombardeio e Roosevelt decidido se aliar à Inglaterra e à Rússia, nossos livros de história provavelmente contariam uma narrativa bem diferente da atual. Daí a importância de se lembrar o chamado Dia da Infâmia”. É possível tirar algumas lições deste episódio histórico para a vida corporativa. Talvez a principal delas seja evitar o risco de se deixar levar pela soberba – como fizeram os militares japoneses. Eles consideravam os americanos preguiçosos, pouco inteligentes e inferiores.

Atacaram Pearl Harbor por achar que o país não conseguiria reconstruir rapidamente sua frota no Pacífico, o que daria ao Japão um total controle daquela região oceânica. O troco americano, porém, viria rapidamente, na chamada Batalha de Midway. O Atol de Midway foi visto pelo exército japonês como uma espécie de isca. Haveria um ataque por parte dos nipônicos e uma pequena frota americana seria acionada para defender a base lá instalada. Os japoneses achavam que iriam enfrentar uma força muito menor que a deles e que o ataque seria de surpresa.

Porém, a inteligência militar dos EUA descobriu os planos inimigos e foi preparou a Marinha para a emboscada, com maior poderio bélico que o previsto. Ao final, a frota comandada pelo almirante Chester Nimitz conseguiu uma vitória significativa e virou o jogo contra os japoneses, que foram perdendo terreno até a derrota final, em 1945. Os Estados Unidos se aproveitaram da arrogância dos militares japoneses com aplicação e trabalho árduo, sem se abater pelas derrotas sofridas anteriormente.

No mercado em que vivemos, frequentemente somos desafiados – mesmo que silenciosamente – pela empáfia dos concorrentes. Para piorar, costumamos reagir emocionalmente a esse tipo de provocação. E este é, geralmente, o pior erro que se pode cometer nos negócios e na guerra. As respostas aos cutucões da concorrência devem ser racionais, certeiras e surpreendentes – exatamente como fez a Marinha americana em Midway. Somente assim é que se ganha esse tipo de batalha. Com sangue frio, acurácia e perspicácia.

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