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“Ter atitude antiamericana dá voto”, afirma Rubens Barbosa

Em seu discurso de abertura na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, 24 de setembro, a presidente Dilma Rousseff condenou o programa de espionagem norte-americano com foco no Brasil. A viagem à sede das Nações Unidas, em Nova York, aconteceu após o cancelamento da visita oficial da presidente a Barack Obama, na Casa Branca, em Washington. Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres (1994-1999) e em […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 12h37.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h49.

Em seu discurso de abertura na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, 24 de setembro, a presidente Dilma Rousseff condenou o programa de espionagem norte-americano com foco no Brasil. A viagem à sede das Nações Unidas, em Nova York, aconteceu após o cancelamento da visita oficial da presidente a Barack Obama, na Casa Branca, em Washington.

Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres (1994-1999) e em Washington (1999-2004), afirma que a presidente deu uma reposta à altura da violação da sua privacidade pessoal e do governo, na linha do que fizeram outros chefes de estado, como da Alemanha, França e México.

“O cancelamento da visita de estado a Washington pode ser entendido como uma providência para evitar o risco real de que, enquanto nos EUA, a presidente fosse surpreendida por novas e embaraçosas revelações pela mídia brasileira”, pondera.

Apesar de considerar que Dilma teve uma atitude legítima, Barbosa acredita que o assunto ganhou uma dimensão político-partidária. “Em período eleitoral, dá voto ter atitude antiamericana”, completou.

O diplomata recomenda evitar possíveis radicalismos ideológicos que prejudiquem os projetos globais do Brasil. “Ninguém é ingênuo, e todos sabem que a espionagem não é feita só pelos EUA”, ironiza.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA

Em seu discurso de abertura na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, 24 de setembro, a presidente Dilma Rousseff condenou o programa de espionagem norte-americano com foco no Brasil. A viagem à sede das Nações Unidas, em Nova York, aconteceu após o cancelamento da visita oficial da presidente a Barack Obama, na Casa Branca, em Washington.

Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres (1994-1999) e em Washington (1999-2004), afirma que a presidente deu uma reposta à altura da violação da sua privacidade pessoal e do governo, na linha do que fizeram outros chefes de estado, como da Alemanha, França e México.

“O cancelamento da visita de estado a Washington pode ser entendido como uma providência para evitar o risco real de que, enquanto nos EUA, a presidente fosse surpreendida por novas e embaraçosas revelações pela mídia brasileira”, pondera.

Apesar de considerar que Dilma teve uma atitude legítima, Barbosa acredita que o assunto ganhou uma dimensão político-partidária. “Em período eleitoral, dá voto ter atitude antiamericana”, completou.

O diplomata recomenda evitar possíveis radicalismos ideológicos que prejudiquem os projetos globais do Brasil. “Ninguém é ingênuo, e todos sabem que a espionagem não é feita só pelos EUA”, ironiza.

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