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Sebasitão Ventura: A hora do homem de Estado

"A tacanha visão de mundo socialista, que precisa criar inimigos e viver do Estado, está superada"

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institutomillenium

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 13h05.

* Por Sebastião Ventura

Jair Bolsonaro (PSL) é o presidente eleito do Brasil. Como de hábito, o resultado das urnas agrada a muitos e desgosta os vencidos. Democracia é assim mesmo, um eterno processo pulsante de mutação de vontades políticas eventuais. Antes de uma obra-prima pronta e acabada, o espírito democrático representa apenas a possibilidade de melhoramentos imperfeitos em circunstâncias insatisfatórias. E é a soma virtuosa do intercurso geracional que garante a continuidade daquilo que se tem por civilização.

Sim, tivemos um pleito pesado e desgastante. O país estava agudamente polarizado, ensejando discursos inflamados de forte carga emocional. Mas acabou. Temos, agora, que recuperar a serenidade necessária para unir o Brasil em torno de ideias vencedoras e aptas a conduzir a nação na retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento social. Para tanto, está chegada a hora do surgir do homem de Estado, o líder da visão superior capaz de compreender os desafios da contemporaneidade, criando uma narrativa política de inserção do país nos grandes jogos do poder global.

Sem cortinas, não podemos mais aceitar sermos menos daquilo que realmente somos. A tacanha visão de mundo socialista, que precisa criar inimigos e viver do Estado, está superada. Assim está, porque é uma visão do atraso, do subdesenvolvimento e da transformação dos indivíduos em reféns estatais. O socialismo não quer e nunca quis libertar os homens. Ao contrário, usa figuras de linguagem para dominar as mentes e subjugá-las a uma doutrina política de ódio de classes e destruição cultural. E isso estava corroendo o Brasil.

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Os desafios do amanhã são gigantescos, mas perfeitamente administráveis. A receita de sucesso é uma só: temos que voltar a fazer o que é certo. Ora, é urgente a reconstrução de pontes diplomáticas com os Estados Unidos, de forma a reinserir o Brasil nas principais rotas do comércio internacional. O Tio Sam está louco para ter um parceiro forte e confiável nas Américas, aliviando a zona de tensão do eixo Ásia-Pacífico. Para tanto, nosso país precisa recuperar sua credibilidade externa, garantindo estabilidade política, segurança jurídica e fiel cumprimento dos contratos. Fundamentalmente, temos que assumir nossa liderança regional, transformando a América do Sul em um hub de negócios de infraestrutura e tecnologia.

No plano interno, não podemos mais seguir condenando o Brasil à pobreza existencial. Chega de hipotecar o futuro dos brasileiros, pois só a geração de riqueza gera a superação da miséria social. Dessa forma, precisamos instaurar um capitalismo autêntico em nosso país, com regras simples e claras, com justiça célere e com paridade de armas concorrencial no livre mercado. Não podemos mais admitir que bancos públicos sejam utilizados para o enriquecimento dos amigos do rei. Aliás, temos que debater se faz sentido que o Estado seja dono de bancos na atual quadra do desenvolvimento humano. Será que os numerosos e graves esquemas de corrupção envolvendo instituições públicas diversas não nos ensinaram que o Estado é absolutamente incompetente na gestão de atividades econômicas que visem lucro? Até quando vamos confrontar as evidências? Até quando vamos desrespeitar o dinheiro do povo e premiar a corrupção?

Em histórica entrevista para a “Time”, a inteligência superior de Henry Kissinger afirmou que “nós jamais obteremos estabilidade a não ser que tenhamos uma certa filosofia sobre o que estamos tentando fazer”. Naturalmente, uma boa filosofia não basta, pois o exercício do poder exige posicionamento estratégico dentro uma apurada visão da conjuntura. Nesse ponto, nossa evolução institucional tem que ser geométrica. O Brasil tem sido historicamente governado pelo improviso. Não é à toa que os resultados têm sido pífios. Não há milagres na política. Um bom governo exige planejamento, estratégia e execução milimétrica. A complexidade do presente desautoriza as amadoras fórmulas do passado.

Por tudo, a filosofia do homem de Estado deve ser a busca da excelência para a prática do bem em largo alcance. Não há mais porque nos contentarmos com o pouco. O Brasil pode mais e pode melhor. A grandeza de uma nação está na altura dos seus horizontes. E será pensando grande que construiremos um país que comporte os justos sonhos e as merecidas ambições de todos que querem o bem do Brasil.

* Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr. é advogado especializado em direito do estado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Certificado pelo Programa de Negociação de Harvard para Senior Executives. Membro Diretor da Federasul/RS. Escreve sobre questões contemporâneas, envolvendo temas políticos, econômicos e constitucionais.

 

* Por Sebastião Ventura

Jair Bolsonaro (PSL) é o presidente eleito do Brasil. Como de hábito, o resultado das urnas agrada a muitos e desgosta os vencidos. Democracia é assim mesmo, um eterno processo pulsante de mutação de vontades políticas eventuais. Antes de uma obra-prima pronta e acabada, o espírito democrático representa apenas a possibilidade de melhoramentos imperfeitos em circunstâncias insatisfatórias. E é a soma virtuosa do intercurso geracional que garante a continuidade daquilo que se tem por civilização.

Sim, tivemos um pleito pesado e desgastante. O país estava agudamente polarizado, ensejando discursos inflamados de forte carga emocional. Mas acabou. Temos, agora, que recuperar a serenidade necessária para unir o Brasil em torno de ideias vencedoras e aptas a conduzir a nação na retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento social. Para tanto, está chegada a hora do surgir do homem de Estado, o líder da visão superior capaz de compreender os desafios da contemporaneidade, criando uma narrativa política de inserção do país nos grandes jogos do poder global.

Sem cortinas, não podemos mais aceitar sermos menos daquilo que realmente somos. A tacanha visão de mundo socialista, que precisa criar inimigos e viver do Estado, está superada. Assim está, porque é uma visão do atraso, do subdesenvolvimento e da transformação dos indivíduos em reféns estatais. O socialismo não quer e nunca quis libertar os homens. Ao contrário, usa figuras de linguagem para dominar as mentes e subjugá-las a uma doutrina política de ódio de classes e destruição cultural. E isso estava corroendo o Brasil.

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Os desafios do amanhã são gigantescos, mas perfeitamente administráveis. A receita de sucesso é uma só: temos que voltar a fazer o que é certo. Ora, é urgente a reconstrução de pontes diplomáticas com os Estados Unidos, de forma a reinserir o Brasil nas principais rotas do comércio internacional. O Tio Sam está louco para ter um parceiro forte e confiável nas Américas, aliviando a zona de tensão do eixo Ásia-Pacífico. Para tanto, nosso país precisa recuperar sua credibilidade externa, garantindo estabilidade política, segurança jurídica e fiel cumprimento dos contratos. Fundamentalmente, temos que assumir nossa liderança regional, transformando a América do Sul em um hub de negócios de infraestrutura e tecnologia.

No plano interno, não podemos mais seguir condenando o Brasil à pobreza existencial. Chega de hipotecar o futuro dos brasileiros, pois só a geração de riqueza gera a superação da miséria social. Dessa forma, precisamos instaurar um capitalismo autêntico em nosso país, com regras simples e claras, com justiça célere e com paridade de armas concorrencial no livre mercado. Não podemos mais admitir que bancos públicos sejam utilizados para o enriquecimento dos amigos do rei. Aliás, temos que debater se faz sentido que o Estado seja dono de bancos na atual quadra do desenvolvimento humano. Será que os numerosos e graves esquemas de corrupção envolvendo instituições públicas diversas não nos ensinaram que o Estado é absolutamente incompetente na gestão de atividades econômicas que visem lucro? Até quando vamos confrontar as evidências? Até quando vamos desrespeitar o dinheiro do povo e premiar a corrupção?

Em histórica entrevista para a “Time”, a inteligência superior de Henry Kissinger afirmou que “nós jamais obteremos estabilidade a não ser que tenhamos uma certa filosofia sobre o que estamos tentando fazer”. Naturalmente, uma boa filosofia não basta, pois o exercício do poder exige posicionamento estratégico dentro uma apurada visão da conjuntura. Nesse ponto, nossa evolução institucional tem que ser geométrica. O Brasil tem sido historicamente governado pelo improviso. Não é à toa que os resultados têm sido pífios. Não há milagres na política. Um bom governo exige planejamento, estratégia e execução milimétrica. A complexidade do presente desautoriza as amadoras fórmulas do passado.

Por tudo, a filosofia do homem de Estado deve ser a busca da excelência para a prática do bem em largo alcance. Não há mais porque nos contentarmos com o pouco. O Brasil pode mais e pode melhor. A grandeza de uma nação está na altura dos seus horizontes. E será pensando grande que construiremos um país que comporte os justos sonhos e as merecidas ambições de todos que querem o bem do Brasil.

* Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr. é advogado especializado em direito do estado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Certificado pelo Programa de Negociação de Harvard para Senior Executives. Membro Diretor da Federasul/RS. Escreve sobre questões contemporâneas, envolvendo temas políticos, econômicos e constitucionais.

 

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