Sarah Paulin e a política das ideias
A ex-governadora Sarah Palin é a estrela da política americana neste momento. Saída de um estado muito pouco lembrado nas notícias do dia a dia, Alaska, ela surgiu como uma surpresa com a indicação de vice-presidente na chapa do Partido Republicano e foi acusada de várias coisas pelos críticos de esquerda. Diziam que ela não tinha experiência, que era cafona, conservadora demais (pois é contra, entre outras coisas o aborto). […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2009 às 15h11.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 12h44.
A ex-governadora Sarah Palin é a estrela da política americana neste momento. Saída de um estado muito pouco lembrado nas notícias do dia a dia, Alaska, ela surgiu como uma surpresa com a indicação de vice-presidente na chapa do Partido Republicano e foi acusada de várias coisas pelos críticos de esquerda. Diziam que ela não tinha experiência, que era cafona, conservadora demais (pois é contra, entre outras coisas o aborto). Logo ela que tinha sido já prefeita, governava um Estado e ainda foi reguladora da indústria de petróleo. Já Obama tinha nenhuma experiência executiva e muito pouca legislativa… Na campanha, muitos se dividiram se a escolha de Palin foi positiva ou não para McCain, embora estivesse claro que ganhar de Obama que prometia um mundo maravilhoso de mudança fosse quase impossível (ainda mais após um governo mal avaliado como o de George Bush já estava).
Mas Palin deu um passo importante político. Deixou o governo do Alaska e escreveu um livro. Conta os bastidores da campanha, as pressões exercidas pela mídia que lhe era crítica e (por vezes) e detalhes da sua vida e do que acredita. No primeiro dia de lançamento, já foram vendidos 300 mil exemplares. Sarah Palin já apareceu em vários programas de televisão, sendo responsável, entre outros fatos, por levantar a audiência de Oprah como há dois anos não acontecia. O livro se chama Going Rogue. Mas o passo da ex-governadora do Alaska está inserido numa característica interessante dos EUA que é a valorização do livro. Na TV, comentaristas são apresentados na maioria das vezes como “autor do livro tal”. Políticos usam livros como plataforma e contato direto com o eleitor. O próprio Obama teve a maior parte de sua renda econômica declarada dos royalties de direitos autorais de dois livros seus, publicados até no Brasil. Sem dúvida, as obras assinadas por Obama ajudaram o eleitor a conhecer mais sobre um político que iniciou a campanha também amplamente desconhecido.
Será que isso chega ao Brasil, a persuasão pelas idéias na arena política, ou vamos ficar com a degustação fácil que é um filme feito para mistificar, e com orçamento já pago por empresas que se beneficiam muito do governo e governante de plantão?
A ex-governadora Sarah Palin é a estrela da política americana neste momento. Saída de um estado muito pouco lembrado nas notícias do dia a dia, Alaska, ela surgiu como uma surpresa com a indicação de vice-presidente na chapa do Partido Republicano e foi acusada de várias coisas pelos críticos de esquerda. Diziam que ela não tinha experiência, que era cafona, conservadora demais (pois é contra, entre outras coisas o aborto). Logo ela que tinha sido já prefeita, governava um Estado e ainda foi reguladora da indústria de petróleo. Já Obama tinha nenhuma experiência executiva e muito pouca legislativa… Na campanha, muitos se dividiram se a escolha de Palin foi positiva ou não para McCain, embora estivesse claro que ganhar de Obama que prometia um mundo maravilhoso de mudança fosse quase impossível (ainda mais após um governo mal avaliado como o de George Bush já estava).
Mas Palin deu um passo importante político. Deixou o governo do Alaska e escreveu um livro. Conta os bastidores da campanha, as pressões exercidas pela mídia que lhe era crítica e (por vezes) e detalhes da sua vida e do que acredita. No primeiro dia de lançamento, já foram vendidos 300 mil exemplares. Sarah Palin já apareceu em vários programas de televisão, sendo responsável, entre outros fatos, por levantar a audiência de Oprah como há dois anos não acontecia. O livro se chama Going Rogue. Mas o passo da ex-governadora do Alaska está inserido numa característica interessante dos EUA que é a valorização do livro. Na TV, comentaristas são apresentados na maioria das vezes como “autor do livro tal”. Políticos usam livros como plataforma e contato direto com o eleitor. O próprio Obama teve a maior parte de sua renda econômica declarada dos royalties de direitos autorais de dois livros seus, publicados até no Brasil. Sem dúvida, as obras assinadas por Obama ajudaram o eleitor a conhecer mais sobre um político que iniciou a campanha também amplamente desconhecido.
Será que isso chega ao Brasil, a persuasão pelas idéias na arena política, ou vamos ficar com a degustação fácil que é um filme feito para mistificar, e com orçamento já pago por empresas que se beneficiam muito do governo e governante de plantão?