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Rodrigo Constantino: “Falta um projeto de país, falta uma visão setorial”

As taxas de investimentos têm sofrido sucessivas quedas durante o governo Dilma Rousseff. No início da gestão da presidente, a taxa de investimento acumulada em quatro trimestres era de 19,46% do PIB e o indicador caiu para 18,83% em junho de 2012. Segundo especialistas, o índice deveria estar pelo menos entre 22% para manter o ritmo de crescimento da economia brasileira. O economista, especialista e membro fundador do Instituto Millenium Rodrigo […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 18h04.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h18.

As taxas de investimentos têm sofrido sucessivas quedas durante o governo Dilma Rousseff. No início da gestão da presidente, a taxa de investimento acumulada em quatro trimestres era de 19,46% do PIB e o indicador caiu para 18,83% em junho de 2012. Segundo especialistas, o índice deveria estar pelo menos entre 22% para manter o ritmo de crescimento da economia brasileira.

O economista, especialista e membro fundador do Instituto Millenium Rodrigo Constantino reconhece que a redução dos investimentos está ligada a fatores externos. “Não dá para ignorar que a economia mundial está desaquecendo e que isso impacta no animo e no espírito animal, como os keynesianos gostam de falar, de todos os investidores inclusive no Brasil”.

Além do desaquecimento da economia global, Rodrigo também associa a baixa de investimentos a política econômica do governo Dilma. “Há um fator interno extremamente relevante que é justamente esse modelo míope e errático do governo”, critica. Constantino chama a atenção para o caráter passageiro das medidas tomadas pela equipe econômica do governo. “O governo tem adotado pacotes totalmente arbitrários. Falta um projeto de país, falta uma visão setorial. São sempre estímulos pontuais e de curto prazo. Isso gera uma insegurança enorme no setor privado”, explica.

O Brasil precisa ter um nível de investimento melhor na opinião de Constantino: “Sem dúvida nenhuma a taxa tem que ser superior a 20%. Seria uma taxa decente para poder gerar um crescimento do PIB de 4,5 ou 5% sustentável”. O economista explica ainda que o ideal seria que o Brasil não dependesse tanto do quadro externo, chegando a uma taxa de investimentos mais próxima de 25% do PIB.

As taxas de investimentos têm sofrido sucessivas quedas durante o governo Dilma Rousseff. No início da gestão da presidente, a taxa de investimento acumulada em quatro trimestres era de 19,46% do PIB e o indicador caiu para 18,83% em junho de 2012. Segundo especialistas, o índice deveria estar pelo menos entre 22% para manter o ritmo de crescimento da economia brasileira.

O economista, especialista e membro fundador do Instituto Millenium Rodrigo Constantino reconhece que a redução dos investimentos está ligada a fatores externos. “Não dá para ignorar que a economia mundial está desaquecendo e que isso impacta no animo e no espírito animal, como os keynesianos gostam de falar, de todos os investidores inclusive no Brasil”.

Além do desaquecimento da economia global, Rodrigo também associa a baixa de investimentos a política econômica do governo Dilma. “Há um fator interno extremamente relevante que é justamente esse modelo míope e errático do governo”, critica. Constantino chama a atenção para o caráter passageiro das medidas tomadas pela equipe econômica do governo. “O governo tem adotado pacotes totalmente arbitrários. Falta um projeto de país, falta uma visão setorial. São sempre estímulos pontuais e de curto prazo. Isso gera uma insegurança enorme no setor privado”, explica.

O Brasil precisa ter um nível de investimento melhor na opinião de Constantino: “Sem dúvida nenhuma a taxa tem que ser superior a 20%. Seria uma taxa decente para poder gerar um crescimento do PIB de 4,5 ou 5% sustentável”. O economista explica ainda que o ideal seria que o Brasil não dependesse tanto do quadro externo, chegando a uma taxa de investimentos mais próxima de 25% do PIB.

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