"Lula é um gigante político, mas moralmente tem sido uma grande decepção."
Em artigo no “New York Times”, Thomas Friedman comenta o acordo Brasil-Turquia-Irã, questionando a iniciativa de uma democracia de envolver outros democratas com “um facínora que nega o holocausto e frauda eleições apenas para provocar os EUA e mostrar que eles também podem jogar o Grande Jogo”. No texto, Fridman cita Karim Sadjadpour do Carnegie Endowment for International Peace, que lembra que por anos os países não-alinhados e em desenvolvimento […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2010 às 17h09.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h49.
Em artigo no “New York Times”, Thomas Friedman comenta o acordo Brasil-Turquia-Irã, questionando a iniciativa de uma democracia de envolver outros democratas com “um facínora que nega o holocausto e frauda eleições apenas para provocar os EUA e mostrar que eles também podem jogar o Grande Jogo”.
No texto, Fridman cita Karim Sadjadpour do Carnegie Endowment for International Peace, que lembra que por anos os países não-alinhados e em desenvolvimento acusaram os EUA de “perseguir cinicamente seus próprios interesses sem considerar os direitos humanos”. Para Sadjadpour, Turquia e Brasil passam a encarar as mesmas críticas que sempre fizeram aos EUA: “A visita de Lula e Erdogan ao Irã aconteceu dias após o Irã ter executado cinco prisioneiros políticos que foram torturados. Eles abraçaram Ahmadinejad como um irmão, mas não disseram uma palavra sobre direitos humanos”.
Para Friedman, Turquia e Brasil são democracias recentes que superaram ditaduras militares, o que torna vexaminoso o fato de agora apoiarem um presidente iraniano que usa o exército e a polícia para esmagar e matar democratas de seu país: “Pessoas que estão procurando a mesma liberdade de expressão e de escolha política que turcos e brasileiros desfrutam hoje”, disse. Friedman observa que Lula sobressaiu-se como líder trabalhista mas hoje vira as costas para os líderes trabalhistas que vêm sendo violentamente reprimidos no Irã.
O artigo ainda traz a opinião de Moisés Naím, editor da “Foreign Policy”: “Lula é um gigante político, mas moralmente tem sido uma decepção. Ele tem apoiado o atropelo da democracia na América Latina”.
Leia o artigo na íntegra, em inglês, aqui.
Em artigo no “New York Times”, Thomas Friedman comenta o acordo Brasil-Turquia-Irã, questionando a iniciativa de uma democracia de envolver outros democratas com “um facínora que nega o holocausto e frauda eleições apenas para provocar os EUA e mostrar que eles também podem jogar o Grande Jogo”.
No texto, Fridman cita Karim Sadjadpour do Carnegie Endowment for International Peace, que lembra que por anos os países não-alinhados e em desenvolvimento acusaram os EUA de “perseguir cinicamente seus próprios interesses sem considerar os direitos humanos”. Para Sadjadpour, Turquia e Brasil passam a encarar as mesmas críticas que sempre fizeram aos EUA: “A visita de Lula e Erdogan ao Irã aconteceu dias após o Irã ter executado cinco prisioneiros políticos que foram torturados. Eles abraçaram Ahmadinejad como um irmão, mas não disseram uma palavra sobre direitos humanos”.
Para Friedman, Turquia e Brasil são democracias recentes que superaram ditaduras militares, o que torna vexaminoso o fato de agora apoiarem um presidente iraniano que usa o exército e a polícia para esmagar e matar democratas de seu país: “Pessoas que estão procurando a mesma liberdade de expressão e de escolha política que turcos e brasileiros desfrutam hoje”, disse. Friedman observa que Lula sobressaiu-se como líder trabalhista mas hoje vira as costas para os líderes trabalhistas que vêm sendo violentamente reprimidos no Irã.
O artigo ainda traz a opinião de Moisés Naím, editor da “Foreign Policy”: “Lula é um gigante político, mas moralmente tem sido uma decepção. Ele tem apoiado o atropelo da democracia na América Latina”.