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“Queremos dar autonomia ao cidadão para que ele decida por si"

Educamídia ajuda a formar conscientização e senso crítico em jovens num mundo marcado pelo excesso de informação

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institutomillenium

Publicado em 8 de julho de 2019 às 09h36.

As novas tecnologias e plataformas digitais mudaram radicalmente a forma como a sociedade consome informação. Neste contexto, surge também a necessidade de formar cidadãos preparados para lidar com essa transformação de forma ética e responsável. Há três anos, o Instituto Palavra Aberta lançou o Educamídia, que visa promover mais senso crítico e autonomia para que crianças e jovens estejam preparados para as demandas da nova era, além de estimular habilidades para a produção e o consumo de conteúdo. Ouça a entrevista abaixo!

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Em junho, o Educamídia lançou sua plataforma online com explicação sobre a importância da educação midiática e do combate à desinformação nos dias atuais. Além disso, o site tem um amplo material pedagógico para fornecer subsídios e ferramentas para o professor utilizar em sala. O acervo conta também com um curso EAD (Ensino a Distância) de 30 horas, com noções sobre o tema e aplicações em aula baseadas na nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que tornou obrigatória a inclusão do campo jornalístico-midiático na habilidade de língua portuguesa.

“O segundo material que temos são currículos base, formado por três pilares: o ler, aprender e participar. É um guia para o professor tratar o assunto durante a sua aula. 'Ler' é dominar as técnicas de busca, saber diferenciar conteúdo, ter uma análise crítica da informação recebida etc. A partir do momento que houve a fusão dos papéis entre o produtor e o consumidor da informação, é preciso que o aluno aprenda o que significa essa produção, então o segundo pilar, 'escrever', tem muito essa questão da auto expressão, da fluência digital etc. Por último, entra a questão da cidadania, saber como participar do mundo digital com ética e responsabilidade, atuando como um cidadão pleno e competente”, explica Patrícia Blanco, fundadora do Palavra Aberta.

Além da produção online, o projeto busca estimular o engajamento no tema através de cinco grandes eventos de formação de professores, previstos para acontecer em todo o território nacional. A agenda começa em agosto e a expectativa é atingir 5 mil docentes brasileiros pelos próximos dois anos. “Vamos também desenvolver materiais para as famílias, para que toda a sociedade entenda a importância da educação midiática nos dias atuais”, acrescenta.

Educação midiática por quê?
Patrícia reforça que as novas tecnologias trouxeram muitos avanços positivos, como a ampliação do acesso à informação de uma forma “democrática e plural”. No entanto, com as mudanças, também surgiram muitos desafios, entre eles, o excesso de conteúdo sem curadoria que chega a todos os cidadãos.

“Antes, tínhamos um veículo de comunicação formalmente estabelecido, com um editor responsável que separava a informação por hierarquia de importância. Hoje, temos tudo isso misturado na tela da nossa mão. Essa falta de curadoria abriu espaço para entrada de conteúdo sem muita qualidade, notícias falsas e desinformação. Não devemos fechar os olhos para todos os avanços que a tecnologia nos trouxe, mas precisamos utilizar melhor essas ferramentas em prol do bem comum: a partir do momento que aprendemos a diferenciar conteúdos, saber o que é opinião, o que é fato, entender uma análise jornalística, uma matéria, conhecer um post patrocinado, passamos a interpretar e tomar as nossas próprias conclusões. A gente quer dar ao cidadão autonomia para que ele possa decidir por ele mesmo”.

As novas tecnologias e plataformas digitais mudaram radicalmente a forma como a sociedade consome informação. Neste contexto, surge também a necessidade de formar cidadãos preparados para lidar com essa transformação de forma ética e responsável. Há três anos, o Instituto Palavra Aberta lançou o Educamídia, que visa promover mais senso crítico e autonomia para que crianças e jovens estejam preparados para as demandas da nova era, além de estimular habilidades para a produção e o consumo de conteúdo. Ouça a entrevista abaixo!

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Em junho, o Educamídia lançou sua plataforma online com explicação sobre a importância da educação midiática e do combate à desinformação nos dias atuais. Além disso, o site tem um amplo material pedagógico para fornecer subsídios e ferramentas para o professor utilizar em sala. O acervo conta também com um curso EAD (Ensino a Distância) de 30 horas, com noções sobre o tema e aplicações em aula baseadas na nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que tornou obrigatória a inclusão do campo jornalístico-midiático na habilidade de língua portuguesa.

“O segundo material que temos são currículos base, formado por três pilares: o ler, aprender e participar. É um guia para o professor tratar o assunto durante a sua aula. 'Ler' é dominar as técnicas de busca, saber diferenciar conteúdo, ter uma análise crítica da informação recebida etc. A partir do momento que houve a fusão dos papéis entre o produtor e o consumidor da informação, é preciso que o aluno aprenda o que significa essa produção, então o segundo pilar, 'escrever', tem muito essa questão da auto expressão, da fluência digital etc. Por último, entra a questão da cidadania, saber como participar do mundo digital com ética e responsabilidade, atuando como um cidadão pleno e competente”, explica Patrícia Blanco, fundadora do Palavra Aberta.

Além da produção online, o projeto busca estimular o engajamento no tema através de cinco grandes eventos de formação de professores, previstos para acontecer em todo o território nacional. A agenda começa em agosto e a expectativa é atingir 5 mil docentes brasileiros pelos próximos dois anos. “Vamos também desenvolver materiais para as famílias, para que toda a sociedade entenda a importância da educação midiática nos dias atuais”, acrescenta.

Educação midiática por quê?
Patrícia reforça que as novas tecnologias trouxeram muitos avanços positivos, como a ampliação do acesso à informação de uma forma “democrática e plural”. No entanto, com as mudanças, também surgiram muitos desafios, entre eles, o excesso de conteúdo sem curadoria que chega a todos os cidadãos.

“Antes, tínhamos um veículo de comunicação formalmente estabelecido, com um editor responsável que separava a informação por hierarquia de importância. Hoje, temos tudo isso misturado na tela da nossa mão. Essa falta de curadoria abriu espaço para entrada de conteúdo sem muita qualidade, notícias falsas e desinformação. Não devemos fechar os olhos para todos os avanços que a tecnologia nos trouxe, mas precisamos utilizar melhor essas ferramentas em prol do bem comum: a partir do momento que aprendemos a diferenciar conteúdos, saber o que é opinião, o que é fato, entender uma análise jornalística, uma matéria, conhecer um post patrocinado, passamos a interpretar e tomar as nossas próprias conclusões. A gente quer dar ao cidadão autonomia para que ele possa decidir por ele mesmo”.

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