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Priscila Pereira Pinto: O que desejamos para o próximo governo

"Será importante, cada vez mais, a fiscalização do gastos de quem foi eleito para representar a população", alerta a CEO do Imil

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Publicado em 29 de outubro de 2018 às 10h29.

Última atualização em 30 de outubro de 2018 às 14h04.

De acordo com alguns especialistas do Instituto Millenium, do ponto de vista econômico, esta foi a eleição mais importante dos últimos anos porque o processo de envelhecimento pelo qual o Brasil está passando representa um dos maiores desafios para o novo governo. Para compensar a perspectiva de uma população economicamente ativa menor e queda na arrecadação, será necessário, além da aprovação da reforma da previdência, a criação de medidas que visem o aumento da competitividade da economia.

A agenda de mudanças já foi iniciada com a terceirização, a nova lei trabalhista, a lei das estatais e a possibilidade de aprovação do cadastro positivo. Mas se o próximo presidente não agir logo no primeiro ano de mandato, teremos uma economia estagnada.

Além de um cenário doméstico desafiador – onde o cumprimento do teto de gastos se faz necessário -, o próximo governo irá encontrar uma América Latina que sofre com riscos políticos e com a deterioração dos preços de suas commodities. O relacionamento do próximo presidente com os nossos vizinhos terá impacto na economia interna.

Em suma, este é o melhor momento para empresas traçarem estratégias para o futuro do Brasil. Entendo que os investidores terão que correr mais riscos se desejarem obter retornos melhores, já que os juros devem permanecer baixos. A economia brasileira exige um desenho estratégico a depender das propostas do vencedor. O custo Brasil está muito atrelado a questões políticas e econômicas, e de quatro em quatro anos vislumbramos como ele pode ser alterado.

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Qual é a receita para um Estado eficiente?
É preciso entender o que acontece na política

É positivo que a sociedade se dê conta que sua atuação no dia a dia da vida política é essencial para o melhor desenvolvimento das politicas públicas, mas deve-se ter atenção às fake news. Esse fenômeno, não necessariamente novo, preocupa cada vez mais governos, organizações internacionais e acadêmicos.

Mensagens falsas na politica são documentadas há séculos. Li recentemente que, em 1564, uma notícia falsa foi usada para tentar sabotar o reinado do espanhol Felipe 2º. Há oitos anos no trono, o monarca descobriu que um boato havia se espalhado sobre seu próprio assassinato. Imediatamente, o rei teve que acionar toda a máquina burocrática dos correios e da transmissão de mensagens para combater a informação que poderia estremecer seu poder.

Fake news estão documentadas na história como ‘notícias falsas’ ou ‘notícias mentirosas’. São mensagens com o propósito de desestabilizar e desmoralizar, disseminadas com frequência nas novas mídias digitais. O cidadão, porém, tem no conteúdo analítico do Instituto Millenium e outras instituições do terceiro setor fontes seguras de informação.

O Brasil que nós queremos é um país com diálogo entre as instituições democráticas, economia menos engessada, notícias factíveis e mais liberdade para o individuo. E será importante, cada vez mais, para o nosso amadurecimento como sociedade, a fiscalização do gastos de quem foi eleito para representar a população. O Instituto Millenium estará acompanhando.

Veja mais no Instituto Millenium

De acordo com alguns especialistas do Instituto Millenium, do ponto de vista econômico, esta foi a eleição mais importante dos últimos anos porque o processo de envelhecimento pelo qual o Brasil está passando representa um dos maiores desafios para o novo governo. Para compensar a perspectiva de uma população economicamente ativa menor e queda na arrecadação, será necessário, além da aprovação da reforma da previdência, a criação de medidas que visem o aumento da competitividade da economia.

A agenda de mudanças já foi iniciada com a terceirização, a nova lei trabalhista, a lei das estatais e a possibilidade de aprovação do cadastro positivo. Mas se o próximo presidente não agir logo no primeiro ano de mandato, teremos uma economia estagnada.

Além de um cenário doméstico desafiador – onde o cumprimento do teto de gastos se faz necessário -, o próximo governo irá encontrar uma América Latina que sofre com riscos políticos e com a deterioração dos preços de suas commodities. O relacionamento do próximo presidente com os nossos vizinhos terá impacto na economia interna.

Em suma, este é o melhor momento para empresas traçarem estratégias para o futuro do Brasil. Entendo que os investidores terão que correr mais riscos se desejarem obter retornos melhores, já que os juros devem permanecer baixos. A economia brasileira exige um desenho estratégico a depender das propostas do vencedor. O custo Brasil está muito atrelado a questões políticas e econômicas, e de quatro em quatro anos vislumbramos como ele pode ser alterado.

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Qual é a receita para um Estado eficiente?
É preciso entender o que acontece na política

É positivo que a sociedade se dê conta que sua atuação no dia a dia da vida política é essencial para o melhor desenvolvimento das politicas públicas, mas deve-se ter atenção às fake news. Esse fenômeno, não necessariamente novo, preocupa cada vez mais governos, organizações internacionais e acadêmicos.

Mensagens falsas na politica são documentadas há séculos. Li recentemente que, em 1564, uma notícia falsa foi usada para tentar sabotar o reinado do espanhol Felipe 2º. Há oitos anos no trono, o monarca descobriu que um boato havia se espalhado sobre seu próprio assassinato. Imediatamente, o rei teve que acionar toda a máquina burocrática dos correios e da transmissão de mensagens para combater a informação que poderia estremecer seu poder.

Fake news estão documentadas na história como ‘notícias falsas’ ou ‘notícias mentirosas’. São mensagens com o propósito de desestabilizar e desmoralizar, disseminadas com frequência nas novas mídias digitais. O cidadão, porém, tem no conteúdo analítico do Instituto Millenium e outras instituições do terceiro setor fontes seguras de informação.

O Brasil que nós queremos é um país com diálogo entre as instituições democráticas, economia menos engessada, notícias factíveis e mais liberdade para o individuo. E será importante, cada vez mais, para o nosso amadurecimento como sociedade, a fiscalização do gastos de quem foi eleito para representar a população. O Instituto Millenium estará acompanhando.

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