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PEC 300 é incompatível com a realidade dos estados

As ameaças de novas greves das forças policiais estaduais pressionam a Câmara dos Deputados a votar a PEC 300, proposta de emenda constitucional que define um piso remuneratório nacional para servidores ativos, inativos e pensionistas, das polícias militar e civil. O projeto propõe um piso salarial de R$ 3.500, valor pago apenas aos policiais do Distrito Federal, remunerados com dinheiro da União. Raul Velloso, especialista do Instituto Millenium, considera a aprovação […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 22h16.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h35.

As ameaças de novas greves das forças policiais estaduais pressionam a Câmara dos Deputados a votar a PEC 300, proposta de emenda constitucional que define um piso remuneratório nacional para servidores ativos, inativos e pensionistas, das polícias militar e civil. O projeto propõe um piso salarial de R$ 3.500, valor pago apenas aos policiais do Distrito Federal, remunerados com dinheiro da União.

Raul Velloso, especialista do Instituto Millenium, considera a aprovação da PEC 300 pouco provável. “O projeto ficou ainda mais inviável após a greve dos policiais da Bahia e a possibilidade de generalização dos movimentos grevistas.” O especialista explica que a paralisação dos policiais baianos e a consequente falta de segurança da população deixou os governadores dos demais estados brasileiros com “medo”.

O cálculo feito pela União, no final de 2011, estipulou um impacto de R$ 46 bilhões na economia, dos quais R$ 12 bilhões seriam custeados pelo governo federal. De acordo com o jornal “o Globo”, a maioria dos governos estaduais ainda não foi consultada nem enviou ao Legislativo a contabilidade do impacto financeiro.

Velloso afirma que o piso de R$ 3.500 é incompatível com o orçamento de diversos estados brasileiros. Para o especialista, a remuneração dos policiais civis e militares deve estar de acordo com as limitações orçamentárias de cada estado. “Cada estado deve pagar o que pode.” Velloso alertou os governadores. “É preciso lutar para que a emenda não seja aprovada, porque depois de aprovada terá que ser implementada.”

As ameaças de novas greves das forças policiais estaduais pressionam a Câmara dos Deputados a votar a PEC 300, proposta de emenda constitucional que define um piso remuneratório nacional para servidores ativos, inativos e pensionistas, das polícias militar e civil. O projeto propõe um piso salarial de R$ 3.500, valor pago apenas aos policiais do Distrito Federal, remunerados com dinheiro da União.

Raul Velloso, especialista do Instituto Millenium, considera a aprovação da PEC 300 pouco provável. “O projeto ficou ainda mais inviável após a greve dos policiais da Bahia e a possibilidade de generalização dos movimentos grevistas.” O especialista explica que a paralisação dos policiais baianos e a consequente falta de segurança da população deixou os governadores dos demais estados brasileiros com “medo”.

O cálculo feito pela União, no final de 2011, estipulou um impacto de R$ 46 bilhões na economia, dos quais R$ 12 bilhões seriam custeados pelo governo federal. De acordo com o jornal “o Globo”, a maioria dos governos estaduais ainda não foi consultada nem enviou ao Legislativo a contabilidade do impacto financeiro.

Velloso afirma que o piso de R$ 3.500 é incompatível com o orçamento de diversos estados brasileiros. Para o especialista, a remuneração dos policiais civis e militares deve estar de acordo com as limitações orçamentárias de cada estado. “Cada estado deve pagar o que pode.” Velloso alertou os governadores. “É preciso lutar para que a emenda não seja aprovada, porque depois de aprovada terá que ser implementada.”

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