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Para especialista, legislação “digital” brasileira é uma das piores do mundo

O acesso à informação se democratizou com a Internet?  E as transformações que a liberdade digital está impondo às novas gerações, com cada vez mais acesso? Essas foram as perguntas que nortearam o especialista em direitos autorais e vice-coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas / RJ, Carlos Affonso Pereira de Souza, e o fundador da Box 1824, empresa que pesquisa tendências […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 20h15.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h18.

O acesso à informação se democratizou com a Internet?  E as transformações que a liberdade digital está impondo às novas gerações, com cada vez mais acesso? Essas foram as perguntas que nortearam o especialista em direitos autorais e vice-coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas / RJ, Carlos Affonso Pereira de Souza, e o fundador da Box 1824, empresa que pesquisa tendências de comportamento de consumo, Rony Rodrigues. Eles participaram do painel Tendências para o futuro,  no XXIV Fórum da Liberdade, sobre o comportamento da geração criada no ambiente digital. A conversa foi mediada pelo jornalista Carlos Alberto Sardenberg.

Souza destacou a precariedade da legislação brasileira, considerada uma das piores do mundo na defesa da propriedade intelectual no ambiente digital: “As leis brasileiras não acompanham a evolução das tecnologias e comportamentos da era digital. Pela nossa legislação, todos que baixam musica pela internet são piratas, o que não é muito eficaz”, disse.

O especialista também chamou a atenção para a dificuldade em fazer com a que geração criada no ambiente digital adapte-se a uma legislação focada na proteção dos direitos autorais. “Isso não quer dizer que se deva abolir a propriedade intelectual, que é o que estimula o artista a produzir. Mas é preciso encontrar um meio termo entre está propriedade e o interesse comum, onde as tecnologias de captação desta produção cultural são ferramentas usuais”, afirmou.

Rony Rodrigues destacou o que pensa e como se comporta a chamada geração Y, forjada no ambiente digital. “Se nos anos 80 a geração X conquistou a individualidade, representada pela chave do seu quarto, do seu espaço, a geração Y recebeu a chave do mundo com a internet”, afirmou. Segundo Rodrigues, os conceitos de nação foram substituídos pelo conceito de planeta, através de códigos globais, que deram origem a uma comunidade mundial. “Com total naturalidade, as pessoas estão procurando afinidades não mais com o vizinho da rua, mas com pessoas do Japão, da África”.

Para Rony o Estado, mais especificamente o sistema de ensino, não está sabendo “conversar” com a chamada “Digital Native”, geração que conheceu a internet antes mesmo de ser alfabetizada. “É preciso trabalhar com o conceito de aprendizado tangencial, utilizando novas plataformas de educação a partir do ambiente digital, como os games”, afirma.

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Souza destacou a precariedade da legislação brasileira, considerada uma das piores do mundo na defesa da propriedade intelectual no ambiente digital: “As leis brasileiras não acompanham a evolução das tecnologias e comportamentos da era digital. Pela nossa legislação, todos que baixam musica pela internet são piratas, o que não é muito eficaz”, disse.

O especialista também chamou a atenção para a dificuldade em fazer com a que geração criada no ambiente digital adapte-se a uma legislação focada na proteção dos direitos autorais. “Isso não quer dizer que se deva abolir a propriedade intelectual, que é o que estimula o artista a produzir. Mas é preciso encontrar um meio termo entre está propriedade e o interesse comum, onde as tecnologias de captação desta produção cultural são ferramentas usuais”, afirmou.

Rony Rodrigues destacou o que pensa e como se comporta a chamada geração Y, forjada no ambiente digital. “Se nos anos 80 a geração X conquistou a individualidade, representada pela chave do seu quarto, do seu espaço, a geração Y recebeu a chave do mundo com a internet”, afirmou. Segundo Rodrigues, os conceitos de nação foram substituídos pelo conceito de planeta, através de códigos globais, que deram origem a uma comunidade mundial. “Com total naturalidade, as pessoas estão procurando afinidades não mais com o vizinho da rua, mas com pessoas do Japão, da África”.

Para Rony o Estado, mais especificamente o sistema de ensino, não está sabendo “conversar” com a chamada “Digital Native”, geração que conheceu a internet antes mesmo de ser alfabetizada. “É preciso trabalhar com o conceito de aprendizado tangencial, utilizando novas plataformas de educação a partir do ambiente digital, como os games”, afirma.

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