Os linchadores da Uniban
Ótimo texto de Fernando de Barros e Silva sobre a decisão da Uniban em relação à aluna Geisy Arruda. SÃO PAULO – A notícia da expulsão de Geisy Arruda pela Uniban é estarrecedora. O informe divulgado ontem pela direção da universidade, por meio do qual a aluna ficou sabendo da decisão, é um panfleto obscurantista que requer análise. Ele transforma a incitação ao estupro de uma jovem acossada na universidade […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2009 às 15h01.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 12h53.
Ótimo texto de Fernando de Barros e Silva sobre a decisão da Uniban em relação à aluna Geisy Arruda.
SÃO PAULO – A notícia da expulsão de Geisy Arruda pela Uniban é estarrecedora. O informe divulgado ontem pela direção da universidade, por meio do qual a aluna ficou sabendo da decisão, é um panfleto obscurantista que requer análise. Ele transforma a incitação ao estupro de uma jovem acossada na universidade por algumas centenas de marmanjos em “reação coletiva de defesa do ambiente escolar”.
Eis o que conclui a “sindicância” da Uniban: “Foi constatado que a atitude provocativa da aluna buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar”. Geisy, diz a nota, ensejou “de forma explícita os apelos dos alunos” e foi expulsa por “flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”. O título do informe agrega ao conteúdo um toque de humor negro: “A educação se faz com atitude e não com complacência”. (Assinante Folha e UOL pode ler a íntegraaqui)
A Uniban, com esta atitude, certamente manterá intacto seu ambiente escolar. Intacto e ainda mais restrito. Porque dificilmente alguém se matriculará na universidade após este caso, independentemente da qualidade de ensino da instituição.
Ótimo texto de Fernando de Barros e Silva sobre a decisão da Uniban em relação à aluna Geisy Arruda.
SÃO PAULO – A notícia da expulsão de Geisy Arruda pela Uniban é estarrecedora. O informe divulgado ontem pela direção da universidade, por meio do qual a aluna ficou sabendo da decisão, é um panfleto obscurantista que requer análise. Ele transforma a incitação ao estupro de uma jovem acossada na universidade por algumas centenas de marmanjos em “reação coletiva de defesa do ambiente escolar”.
Eis o que conclui a “sindicância” da Uniban: “Foi constatado que a atitude provocativa da aluna buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar”. Geisy, diz a nota, ensejou “de forma explícita os apelos dos alunos” e foi expulsa por “flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”. O título do informe agrega ao conteúdo um toque de humor negro: “A educação se faz com atitude e não com complacência”. (Assinante Folha e UOL pode ler a íntegraaqui)
A Uniban, com esta atitude, certamente manterá intacto seu ambiente escolar. Intacto e ainda mais restrito. Porque dificilmente alguém se matriculará na universidade após este caso, independentemente da qualidade de ensino da instituição.