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O dever de casa que o Brasil tem que fazer, de acordo com a The Economist

A edição desta semana da The Economist (possivelmente a mais importante revista sobre economia e política do mundo) destaca o Brasil. A revista vê que no que deu certo há uma série de continuidades na economia política brasileira, como o controle inflacionário iniciado em 1994. Outro aspecto positivo foi a adoção das metas inflacionárias, o regime de câmbio flutuante e a Lei de Responsabilidade Fiscal – todas essas conquistas macroeconômicas […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2009 às 20h12.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 12h49.

A edição desta semana da The Economist (possivelmente a mais importante revista sobre economia e política do mundo) destaca o Brasil. A revista vê que no que deu certo há uma série de continuidades na economia política brasileira, como o controle inflacionário iniciado em 1994. Outro aspecto positivo foi a adoção das metas inflacionárias, o regime de câmbio flutuante e a Lei de Responsabilidade Fiscal – todas essas conquistas macroeconômicas ainda da década de 90, embora a LRF tenha entrada em vigor em 2000. Mas na agenda microeconômica ainda há muito que caminhar. “Quando se vai ao nível micro há vários problemas que não foram consertados e que acho que vão ficar ainda mais difíceis para o Brasil. Se eu escolhesse uma reforma para ser feita amanhã eu optaria pela reforma trabalhista“, afirma o correspondente da The Economist no Brasil, John Prideaux, em entrevista ao próprio site da revista. Ele lembra que a legislação trabalhista no Brasil é extremamente rígida e cara. “O resultado disso é não apenas uma dor de cabeça para as empresas, mas um imenso mercado informal”, afirma Prideaux, para quem uma reforma tributária também deve ser priorizada.

Ele considera um grande paradoxo brasileiro a antipatia ao setor privado e a globalização, uma vez que essas duas forças ajudaram o Brasil a crescer recentemente. Prideaux afirma que as privatizações no País foram bem sucedidas, sendo hoje exemplos de eficiência. “Há um grande divórcio entre o que as pessoas falam sobre o mercado privado e as privatizações no Brasil e o que realmente acontece. Acho que isso é um problema para o futuro. O Brasil precisa reconhecer a razão de ter caminhado bem na última década”.

A edição desta semana da The Economist (possivelmente a mais importante revista sobre economia e política do mundo) destaca o Brasil. A revista vê que no que deu certo há uma série de continuidades na economia política brasileira, como o controle inflacionário iniciado em 1994. Outro aspecto positivo foi a adoção das metas inflacionárias, o regime de câmbio flutuante e a Lei de Responsabilidade Fiscal – todas essas conquistas macroeconômicas ainda da década de 90, embora a LRF tenha entrada em vigor em 2000. Mas na agenda microeconômica ainda há muito que caminhar. “Quando se vai ao nível micro há vários problemas que não foram consertados e que acho que vão ficar ainda mais difíceis para o Brasil. Se eu escolhesse uma reforma para ser feita amanhã eu optaria pela reforma trabalhista“, afirma o correspondente da The Economist no Brasil, John Prideaux, em entrevista ao próprio site da revista. Ele lembra que a legislação trabalhista no Brasil é extremamente rígida e cara. “O resultado disso é não apenas uma dor de cabeça para as empresas, mas um imenso mercado informal”, afirma Prideaux, para quem uma reforma tributária também deve ser priorizada.

Ele considera um grande paradoxo brasileiro a antipatia ao setor privado e a globalização, uma vez que essas duas forças ajudaram o Brasil a crescer recentemente. Prideaux afirma que as privatizações no País foram bem sucedidas, sendo hoje exemplos de eficiência. “Há um grande divórcio entre o que as pessoas falam sobre o mercado privado e as privatizações no Brasil e o que realmente acontece. Acho que isso é um problema para o futuro. O Brasil precisa reconhecer a razão de ter caminhado bem na última década”.

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